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Christian Serratos como Selena para série da Netflix; segunda temporada com reflexão sobre morte de um ídolo
A segunda temporada de Selena: A Série, na Netflix, traz o desfecho trágico de Selena Quintanilla (1971-1995), cantora latina assassinada pela presidente de seu fã-clube. Ela morreu cedo, aos 23 anos, vítima de uma tragédia quando estava no auge da carreira. A produção chegou ao streaming na semana em que o Brasil se despediu de Paulo Gustavo (1978-2021). Quem conferir os episódios certamente fará uma reflexão sobre a morte prematura de ícones.
Selena: A Série estreou na plataforma em dezembro último com a promessa de homenagear a trajetória da artista que hoje é idolatrada por sua contribuição para a música. A primeira parte teve boa recepção, e o título entrou no Top 10 em 23 países, entre eles o Brasil. Os primeiros episódios narraram a infância e o início da ascensão da jovem estrela.
Disponível desde 4 de maio, a nova temporada encaminha o telespectador para a intimidade de Selena (Christian Serratos). Em nove episódios, o público é levado para os dilemas que a jovem enfrentou fora dos palcos. A começar pelo casamento às escondidas com Chris Perez (Jesse Posey).
O romance havia sido proibido pelo pai, Abraham Quintanilla (Ricardo Chavira), o que fez a jovem ir a um cartório e oficializar a união sem a presença da família. A série destaca que ela não fez isso por rebeldia. Fez por ter certeza de seu amor. Tão certa, que dias antes de morrer, havia decidido começar a tentar engravidar. Queria ser mãe.
Com a carreira decolando, Selena conquistou o grande sonho de gravar um disco em inglês. Ela era rainha da música tejana e cantava em espanhol, mas nunca escondeu seu desejo de avançar para um novo mercado. A produção da Netflix narra que ela estava no caminho de um novo triunfo, mas não foi fácil.
Enfrentou opiniões controversas dos executivos de sua gravadora e foi parar até em aulas de canto a pedido deles. Ela cantava desde a infância e havia conquistado um Grammy de melhor álbum de música latina pelo disco Selena Live!, em 1994. A jovem até desanimou, mas seguiu em frente de cabeça erguida, pois estava certa da realização de mais um projeto.
A compositora foi inspiração para toda uma geração de meninas. Em um dos episódios, a série narra uma história real contada por Beyoncé Knowles, que a encontrou casualmente em um shopping quando criança. Na produção, a hoje estrela do pop é interpretada por Giovanna Bush. A sequência mostra a menina encantada ao se deparar com o ídolo.
Um outro ponto de destaque de Selena: A Série é a mente empreendedora da artista. Apesar de satisfeita na vida pessoal e profissional, ela queria mais. Sempre criativa e responsável pelo figurino de seus shows, decidiu tirar um sonho antigo da gaveta: ter a própria linha de roupas. Mas ela não queria um simples desfile e umas peças à venda.
Sozinha, ela idealizou um espaço feminino que unia loja de roupas e um salão de beleza, uma boutique. Inicialmente, não conseguiu convencer pai e marido a apostarem no negócio. Mas adquiriu a bênção deles após insistir que aprendeu com a família a "não desistir dos sonhos".
Selena tinha muitas ideias, projetos e desejos. Tinha sede de viver, assim como Paulo Gustavo. Nos últimos dias, quando a classe artística prestou homenagem para o humorista, muitos exaltaram sua energia, criatividade e ânsia pela vida.
Mônica Martelli, a amiga fiel, o definiu como "gênio". Mariana Xavier destacou que ele "tinha pressa de viver". Em 2006, o comediante conquistou o Brasil com um monólogo inspirado na própria mãe, Déa Lucia. Em sua engenhosidade artística, ela virou dona Hermínia. Nascia a franquia Minha Mãe É Uma Peça.
Quando soube que a mãe gostava de cantar, o intérprete não perdeu tempo e viajou o Brasil com o espetáculo Filho da Mãe - O Show, em que se apresentava ao lado de sua musa inspiradora. Gustavo era movido pela intensidade e assim figurou no teatro, cinema e televisão.
Em entrevista para o Fantástico, Anderson Baumgartner, seu empresário, revelou que o artista deixou uma série e um filme escritos. Era, realmente, incansável. Na vida pessoal, sua realização se dividia em três: Thales Bretas, o marido, e Romeu e Gael, seus filhos. O homem que exaltou o amor morreu vítima de uma tragédia chamada coronavírus.
Selena, a estrela latina, também foi vítima de algo terrível. Ela foi morta por um tiro dado por Yolanda Saldívar, sua melhor amiga e responsável por gerenciar seu fã-clube oficial. Assim como um vírus inimigo que paira pelo ar, a assassina da cantora estava ali à espreita.
A atração da Netflix foi feita com o aval da família Quintanilla. Por isso, não é de se espantar que Yolanda (Natasha Perez) não tenha ganhado destaque na produção. Ela aparece de forma reduzida, mas crucial, pois o público capta a informação de que ela se fez presente, quase como infiltrada, na vida da famosa.
De fã virou a fiel escudeira, amiga e confidente. Estava presente nos shows, na boutique e nos momentos com o marido e em família. Seu mundo ruiu quando foi acusada de desviar dinheiro dos negócios da cantora. Mesmo com documentos que comprovavam o roubo, Selena inicialmente defendeu a fiel funcionária diante de seu pai. No entanto, decepcionada com os fatos, preferiu se afastar da mulher.
Abalada psicologicamente ao se ver longe da amiga, a quem sempre tratou com idolatria, Yolanda se desesperou. A fã atraiu a cantora para seu quarto de hotel na promessa de lhe devolver alguns documentos da empresa. Selena: A Série não vai até a cena da morte. Apenas o tiro é ouvido.
Na sequência, a repercussão da morte da artista é exibida em sequências que vão do desalento da família ao choro copioso dos fãs. Tudo para retratar a comoção com a perda prematura de um ídolo. Selena tinha muito mais para realizar. E como prova a atual série da Netflix, seu legado perdura. Em uma de suas últimas entrevistas ela declarou: "Eu só quero ser lembrada como alguém que deu tudo de si". Assim é com os ídolos. Assim é com Paulo Gustavo.
Veja vídeos da segunda temporada de Selena: A Série:
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