Leve, Salve-se Quem Puder chega ao fim com missão cumprida na Globo

Única novela inédita no ar na Globo, Salve-se Quem Puder chega ao fim na sexta-feira (16) após cumprir a missão de divertir o público durante tempos tão difíceis. Leve e até um pouco absurda, a trama conseguiu repercutir nas redes sociais e segurou a audiência na faixa horária. A escolha do trio de protagonistas e os dilemas dos triângulos amorosos ajudaram a história a ganhar fôlego e conquistar o telespectador.

O folhetim de Daniel Ortiz serviu como válvula de escape e fez o público rir das trapalhadas de Kyra/Cleyde (Vitória Strada), Alexia/Josimara (Deborah Secco) e Luna/Fiona (Juliana Paiva) mesmo em meio à pandemia.

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O autor acertou ao deixar a Covid-19 fora da narrativa --diferentemente do que aconteceu em Amor de Mãe (2019). Exibida entre dois telejornais que trazem notícias pesadas todos os dias, a novela das sete virou um respiro na TV.

Apesar do obstáculo inesperado de ter sido paralisada durante a crise sanitária e precisado retomar as gravações meses depois --seguindo um protocolo com várias restrições de contato físico--, a história voltou ainda melhor na "segunda temporada". Com apenas 53 capítulos para finalizar tudo, a narrativa ficou mais ágil e curiosa --evitando as chamadas "barrigas" (período em que nada de importante acontece na novela).

Despretensiosa, a comédia trouxe ainda vários alívios cômicos, como as desventuras da musa do melô da safadeza Ermelinda (Grace Gianoukas) e as cenas da galinha Filipa. O folhetim até tirou sarro de seus próprios absurdos ao colocar Alexia em algumas "sessões de terapia" com a ave. Zezinho (João Baldasserini) também não dispensou os conselhos da penosa.

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

Mocinhas divertiram com trapalhadas

Sequência de acertos

Durante toda a jornada do trio protagonista, foi perceptível o entrosamento entre Vitória Strada, Deborah Secco e Juliana Paiva. A amizade entre elas parece ter extrapolado a ficção e ajudou a tornar as cenas das mocinhas mais verdadeiras, divertidas e emocionantes.

Emoção, aliás, não tem faltado na reta final da novela, que passou a figurar entre os assuntos mais comentados do Twitter a cada capítulo. Foi assim, por exemplo, no dia em que Luna revelou ser filha de Helena (Flávia Alessandra) e no reencontro entre Kyra e Rafael (Bruno Ferrari). Os internautas têm se comovido com as cenas e comentado cada detalhe nas redes sociais.

Além disso, os vários triângulos amorosos também engajaram muito o público. Fã-clubes foram criados e passaram a defender com fervor cada casal da história.

A repercussão dos imbróglios amorosos surpreendeu até mesmo o autor, que tem a difícil missão de decidir com quem cada protagonista vai ficar. Daniel Ortiz precisará definir nesta semana os casais derradeiros entre os finais alternativos gravados por Vitória Strada e Juliana Paiva.

"Eu sei que quando escolher os casais no último capítulo, parte do público vai ficar triste. Como outra parte vai ficar feliz", comentou o novelista em entrevista ao Notícias da TV.

Todos esses fatores têm contribuído para que a novela das sete atinja bons índices de audiência no horário. A trama está com média geral de 26,5 pontos, e chegou a bater até o ibope de Império e Jornal Nacional algumas vezes. 

A partir do próximo dia 19, a "edição especial" de Pega Pega (2017) entrará na faixa das 19h com o desafio de manter os feitos da antecessora --mesmo com o público já cansado de reprises na TV.