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LUTO

Tarcísio Meira morre aos 85 anos após seis dias internado com Covid-19

JOÃO MIGUEL JÚNIOR/TV GLOBO

Tarcísio Meira posa para foto caracterizado como Lorde Williamson da novela Orgulho e Paixão (2018)

Tarcísio Meira como Lorde Williamson em Orgulho e Paixão (2018), sua última novela na Globo

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 12/8/2021 - 11h09

Tarcísio Meira morreu aos 85 anos em decorrência da Covid-19 nesta quinta-feira (12). O ator estava intubado desde 6 de agosto, quando deu entrada no hospital Albert Einstein, em São Paulo, ao lado de Glória Menezes, que também passou por tratamento contra a doença.

A informação da morte foi confirmada pelo assessor do artista ao Notícias da TV. Meira estava hospitalizado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da unidade médica e recebeu tratamento de diálise contínua. Já a atriz teve apenas sintomas leves e apresentou evolução no quadro clínico. 

Mocita Fagundes, mulher de Tarcísio Filho, disse que os sogros contraíram o vírus por um descuido. A publicação foi apagada do Instagram horas depois.

O casal recebeu a segunda dose da vacina contra o coronavírus em abril. No entanto, o estado do veterano se agravou. Meira já teve uma infecção pulmonar, que acarretou na saída da novela Orgulho e Paixão (2018), seu último trabalho na Globo.

O ator tinha mais de 60 anos de carreira. Na Globo, trabalhou em mais de 60 programas, entre minisséries, especiais e novelas. Ele deixa a mulher Glória Menezes, com quem estava casado desde 1962, e o primogênito Tarcísio Filho.

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

Meira e Glória em Espelho Mágico (1977)

Vida e carreira

Nascido em São Paulo, Tarcísio Pereira de Magalhães Sobrinho tomou emprestado da mãe o sobrenome Meira. Na juventude, ele pretendia ser diplomata. No entanto, desistiu da ideia ao ser reprovado na primeira prova que fez para o Instituto Rio Branco, em 1957.

Começou a vida artística no teatro em A Hora Marcada (1957). Atuou ainda em peças como Chá e Simpatia (1957) e Quando as Paredes Falam (1957), até ser convidado para dividir o palco com Sérgio Cardoso (1925-1972) em Soldado Tanaka (1959).

Foi para a televisão em 1961, na extinta TV Tupi, onde contracenou pela primeira vez com Glória Menezes em Uma Pires Camargo (1961). Os dois se casaram no ano seguinte e estavam juntos desde então.

Tarcísio e Glória fazem parte da história da dramaturgia nacional. Em 1963, o casal trocou a Tupi pela Excelsior, na qual participou da primeira novela diária da televisão brasileira, 25499 Ocupado. Na emissora, atuou em mais nove novelas, entre elas Ambição (1964), A Deusa Vencida (1965) e Almas de Pedra (1966), todas de Ivani Ribeiro (1922-1995).

O casal estreou na Globo em 1967, na novela Sangue e Areia, escrita por Janete Clair (1925-1983). O casal esteve presente em mais um momento marcante da história da TV no Brasil. Exibido em 31 de março de 1972, O Caso Especial Meu Primeiro Baile foi o primeiro programa inteiramente gravado em cores a ser exibido na televisão brasileira.

Ao longo de mais de 50 anos na líder de audiência, ele atuou em folhetins como Irmãos Coragem (1970), Espelho Mágico (1977), Guerra dos Sexos (1983), Roda de Fogo (1986), De Corpo e Alma (1992), Fera Ferida (1993), Pátria Minha (1994), Torre de Babel (1998), Páginas da Vida (2006), A Favorita (2008), Insensato Coração (2011) e A Lei do Amor (2016).

JOÃO MIGUEL JÚNIOR/TV GLOBO

Tarcísio e Glória atuaram A Lei do Amor (2016)

Também estrelou minisséries como Meu Destino é Pecar (1984), Grande Sertão: Veredas (1985), O Tempo e o Vento (1985), Desejo (1990), Hilda Furacão (1998), A Muralha (2000), Um Só Coração (2004) e Afinal, o Que Querem as Mulheres? (2010). Além de aparecer em 31 peças de teatro e 22 longas-metragens, entre eles Casinha Pequenina (1963), A Idade da Terra (1981), O Beijo no Asfalto (1981) e Amor Estranho Amor (1982).

O casal queridinho da dramaturgia ainda estrelou Tarcísio & Glória (1988), série criada por Daniel Filho, Euclydes Marinho e Antonio Calmon, que inaugurou uma linha de coprodução na Globo. Os atores também eram os produtores do programa, e Meira chegou a dirigir alguns episódios.

Em setembro de 2020, após 53 anos de contrato, eles foram dispensados do quadro fixo de funcionários da emissora. "Acredito que ela [Globo] tinha decidido seguir novos caminhos. Então, decidiu assim, tudo bem. Eu tinha um contrato que perdurou por 54 anos, ou quase isso, e chegou ao fim. Acho que prestamos muitos serviços à Globo e ela resultou na classe artística em geral", disse o veterano na época ao Balanço Geral (Record).



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