Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Threads
BlueSky
Instagram
Youtube
TikTok

INÍCIO DA VOTAÇÃO

Veja cinco indicações corajosas que o Emmy precisa fazer neste ano

Montagem/Divulgação/NBC/HBO

Mandy Moore aparece com visual e figurino de idosa em This Is Is; ao lado, Gaia Girace de bandana amarela em My Brilliant Friend

Mandy Moore na quarta temporada de This Is Us e Gaia Girace no segundo ano de My Brilliant Friend

JOÃO DA PAZ

Publicado em 2/7/2020 - 6h25

Começa nesta quinta (2) a votação para o Emmy de 2020. Até o próximo dia 13, os mais de 24 mil integrantes da Academia de Televisão americana vão escolher quem vai concorrer às estatuetas da cerimônia a ser realizada em setembro. Nomes como Mandy Moore (This Is Us) e a série My Brilliant Friend (HBO) seriam indicações corajosas e merecidas.

Mandy enfrenta fortes candidatas para achar um espaço na categoria melhor atriz de drama. O obstáculo de My Brilliant Friend é cultural, pois há entre os americanos uma barreira contra séries faladas em outro idioma que não o inglês.

Veja por que essas e outras três indicações desafiam a coragem dos votantes da academia. Os indicados serão conhecidos no dia 28 deste mês:

Mandy Moore

A quarta temporada de This Is Us (Fox Premium, Prime Video) confirmou Mandy Moore como uma das melhores atrizes da TV na atualidade. Na pele de Rebecca Pearson em diferentes linhas do tempo, ela provoca lágrimas e mais lágrimas nos telespectadores. Especialmente neste quarto ano, Mandy excedeu nas cenas comoventes em que Rebecca apresentou os primeiros sinais de perda de memória.

Mas a atriz tem de cruzar os dedos e torcer para que a disputa por uma indicação seja tão lotada quanto no ano passado. Dessa forma, ela poderia ganhar uma das possíveis sete vagas. Se forem seis, seguindo o padrão desta década, Mandy corre o risco de ficar de fora. A concorrência é muito acirrada, fazendo jus ao rótulo de categoria mais disputada do Emmy.

Os nomes que Mandy enfrenta são Jodie Comer e Sandra Oh (Killing Eve), Jennifer Aniston (The Morning Show), Olivia Colman (The Crown), Laura Linney (Ozark), Elisabeth Moss (The Handmaid's Tale) e Viola Davis (How to Get Away with Murder).

My Brilliant Friend

Com uma mudança no regulamento que permite agora oito indicados na briga por melhor drama, há esperança para My Brilliant Friend? A segunda temporada da série italiana foi um primor, a melhor coisa que a HBO fez desde a sétima temporada de Game of Thrones (2011-2019). Contudo, mesmo com mais vagas, o entrave do idioma pode afugentar os votantes que preferem um drama americano ou no máximo originário do Reino Unido (falado em inglês, basicamente).

Sem dúvida, My Brilliant Friend é uma das dez melhores séries da última temporada. Merece um lugar entre os indicados, o que já seria uma vitória. Mas há ao menos seis séries quase certas entre as indicadas (Succession, Ozark, The Crown, Better Call Saul, The Handmaid's Tale e The Morning Show). E as duas vagas restantes ficam em aberto. Existiria espaço para o drama italiano?

divulgação/AMC

Rhea Seehorn simplesmente roubou a cena na quinta temporada do drama Better Call Saul


Rhea Seehorn

A categoria melhor atriz coadjuvnte de drama será basicamente de Meryl Streep (Big Little Lies), mas Rhea Seehorn é digna de uma menção por simplesmente ter tomado conta da quinta temporada de Better Call Saul (Netflix).

A até então certinha advogada Kim Wexler escancarou sua face obscura, armando trambiques lado a lado com o marido Saul Goodman (Bob Odenkirk). Ela deixou florescer o que sempre admirou em Saul, a habilidade de se safar de encarrascadas dando um bico na ética e na moral.

Rhea nunca foi indicada ao Emmy. E ela merece estar neste ano, mesmo que seja apenas para aplaudir Meryl Streep recebendo seu quarto Emmy, o primeiro por uma série. Quem pode ameaçar uma das maiores divas de Hollywood são Helena Bonham Carter (The Crown) e Julia Garner (Ozark).

Em Defesa de Jacob

Pelo desempenho no Globo de Ouro com The Morning Show, a Apple pode ficar tranquila que a série de Jennifer Aniston e Reese Witherspoon vai beliscar umas indicações nas categorias de drama no Emmy. E nas disputas de minissérie, Em Defesa de Jacob serve como aposta do streaming Apple TV+ para surpreender as rainhas desse filão (leia-se HBO e Netflix)?

Diferentemente de drama e comédia, a categoria melhor minissérie terá só cinco indicações, o que deixa a briga mais concorrida. Estrelada por Chris Evans, o Capitão América do cinema, Em Defesa de Jacob cumpre todos os requisitos de uma produção grandiosa, sem dever nada à concorrência.

Mas não será fácil. Só a HBO tem três produções fortíssimas (Watchmen, The Plot Against America, I Know This Much Is True). A Netflix tem Inacreditável. Vale mencionar ainda Little Fires Everywhere (da Hulu, disponível no Brasil pelo Prime Video) e Mrs. America (FX, inédita por aqui). Uma indicação de Em Defesa de Jacob seria um ato corajoso mesmo.

Love Life

O badalado streaming da Warner tem o seu primeiro teste no circuito de premiações hollywoodianos. A comédia Love Life, estrelada por Anna Kendrick, foi lançada no fim de maio pelo HBO Max e virou um sucesso instantâneo. A série está com a segunda temporada confirmada.

Uma espécie de Modern Love, do Prime Video, só que (bem) melhor, Love Life acompanha as aventuras amorosas da jovem Darby em Nova York, assim como explora sua relação com a mãe e melhor amiga.

As categorias de comédia são mais imprevisíveis do que as de drama, e o Emmy vez ou outra surpreende com uma indicação que ninguém esperava (vide Schitt's Creek, no ano passado). Love Life se encaixaria muito bem nesse quadro.

Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.