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Indicada a prêmios

De criminosa a jovem mimada: 2018 foi o ano da ladra de cena Julia Garner

Divulgação/Netflix/Bravo

Julia Garner em momentos opostos da carreira: a durona Ruth em Ozark e a patricinha Terra em Dirty John - Divulgação/Netflix/Bravo

Julia Garner em momentos opostos da carreira: a durona Ruth em Ozark e a patricinha Terra em Dirty John

JOÃO DA PAZ

Publicado em 18/12/2018 - 5h12

Em 2018, Julia Garner demonstrou em cinco séries diferentes porque é uma das principais atrizes jovens de Hollywood. Aos 24 anos, ela foi capaz de fazer desde uma criminosa durona em Ozark a uma patricinha mimada em Dirty John. Por essas duas séries, ganhou reconhecimento, com indicações ao SAG Awards e ao Critics' Choice.

Por Ozark, ela briga por estatuetas nas duas premiações. É no drama da Netflix que a atriz exibe seus dotes de ladra de cena e ofusca os protagonistas da maçante história sobre lavagem de dinheiro. Julia dá vida à caipira criminosa Ruth Langmore, que com apenas 19 anos se arrisca em falcatruas paralelamente ao seu emprego de lavadora de prato de um restaurante chinfrim.

Nesse drama, Julia tem a oportunidade de exibir seu talento com caras e bocas que criam uma personagem fascinante, o único motivo justificável para mergulhar nos longos episódios de Ozark. Com um sotaque sulista carregado e um look de calça jeans e camisa de Tupac, Ruth brilha sempre que aparece.

Na grata surpresa Dirty John (inédita no Brasil), do canal Bravo, Julia é crucial. Seu papel na trama baseada em fatos reais é o da mimada Terra Newell, filha mais nova da decoradora de interiores Debra (Connie Britton). A jovem é contra o namoro da mãe com um rapaz totalmente suspeito e vai atrás para provar que esse homem não é quem diz ser, um médico carinhoso e prestativo.

A atriz entrou como coadjuvante no Critics' Choice e concorre nas categorias de atriz de minissérie ou filme (Dirty John) e drama (Ozark). Já no SAG, premiação do sindicato dos atores que não distingue protagonistas de secundários, ela disputa a estatueta de melhor atriz ao lado de nomes fortes como Sandra Oh (Killing Eve), Elisabeth Moss (The Handmaid's Tale) e Robin Wright (House of Cards).

divulgação/paramount/netflix/fx

Julia Garner em três atos: nas minisséries Waco e Maniac e na temporada final de Americans

Poligamia e meiguice
O ano de 2018 começou para Julia Garner com Waco, minissérie sobre David Koresh (1959-1993), sujeito líder da seita Ramo Davidiano que dizia ser a reencarnação de Jesus Cristo. No drama do canal Paramount (inédito no Brasil), a atriz viveu Michelle Jones, adolescente com quem Koresh (Taylor Kitsch) teve relações sexuais.

Em Maniac (Netflix), Julia dá vida à meiga Ellie Landsberg, uma personagem que marca presença até quando não aparece, por ter uma influência pesada na vida de sua irmã, Annie (Emma Stone).

Em total contraponto à Ruth de Ozark, Ellie é dócil, inocente, uma garota bobinha que apenas quer ter a atenção da irmã, passar mais tempo juntas. Vê-la em Ozark e Maniac é ter a certeza de que Julia pode convencer atuando como duas pessoas totalmente diferentes.

Já na última temporada de The Americans (2013-2018), a atriz reviveu sua personagem recorrente no aclamado drama. Em dois episódios, ela voltou a ser Kimberly Breland, filha de um agente da CIA (central de inteligência americana) com quem Philip Jennings (Matthew Rhys) tinha uma relação (fingida) de amor e (verdadeira) de interesse.

Tanto destaque assim não deixará Julia desempregada em 2019. Ela está confirmada no elenco de Modern Love, a Sex and the City (1998-2004) da Amazon. A série terá um elenco estrelar, com Tina Fey, Anne Hathaway, Andy Garcia, entre outros.

Julia também está cotada para protagonizar um filme sobre o produtor Harvey Weinstein, que caiu em desgraça no ano passado após dezenas de denúncias de assédio sexual. A atriz faria o papel de uma de suas assistentes.

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