REMAKE NA GLOBO
FOTOS: JOÃO MIGUEL JÚNIOR/TV GLOBO
Juma (Alanis Guillen) em sequência da segunda fase de Pantanal, novela das nove da Globo
Sucesso em 1990 na extinta Manchete (1983-1999), a novela Pantanal voltou ao ar em uma nova versão na tela da Globo. Permeada pela forte presença da natureza, a trama das nove traz a saga das famílias Marruá e Leôncio. O folhetim tem como missão encantar o público com a história de amor entre Juma (Alanis Guillen) e Jove (Jesuíta Barbosa).
Originalmente escrita por Benedito Ruy Barbosa, a história é adaptada por Bruno Luperi e tem direção artística de Rogério Gomes. A trama chegou como grande aposta da emissora para espantar a baixa audiência de Um Lugar ao Sol (2021).
Veja abaixo tudo sobre a novela Pantanal, com um guia sobre a trama feito pelo Notícias da TV:
A novela Pantanal ocupa a faixa das 21h na tela da Globo, sendo exibida logo após o Jornal Nacional. O principal telejornal da emissora entrega para a novela diariamente por volta das 21h30.
A saga estreou em 28 de março no horário nobre. A previsão era que a nova versão entrasse no ar duas semanas antes, mas o aumento de casos da Covid-19 no Brasil em janeiro atrasou o cronograma de gravações nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro.
O elenco tem nomes conhecidos do público e grandes astros e estrelas da TV, como Juliana Paes, Osmar Prado, Dira Paes, Renato Góes, Murilo Benício, Juliano Cazarré, José Loreto, Julia Dalavia, Jesuíta Barbosa, Irandhir Santos, Karine Teles, Camila Morgado, Isabel Teixeira, Silvero Pereira, Paula Barbosa, Caco Ciocler, Selma Egrei e Malu Rodrigues.
Alguns atores que estiveram na novela original de 1990 também atuam no remake, como Marcos Palmeira, Almir Sater, Paulo Gorgulho e Enrique Diaz. Já Alanis Guillen chega como grande aposta da novela como a protagonista Juma. E entre os novatos na tela da Globo estão Guito, Gabriel Sater e Bella Campos.
Góes e Palmeira dividem personagem
Criado no lombo do cavalo ao acompanhar Joventino (Irandhir Santos) nas comitiva no interior do país, José Leôncio cresce em meio aos peões e sem o exemplo de uma figura feminina desde a morte precoce da mãe. Ele sofre muito pelo sumiço misterioso do pai.
Foi casado com Madeleine (Bruna Linzmeyer/Karine Teles), com quem teve Jove (Jesuíta Barbosa). Também é pai de Tadeu (José Loreto), fruto do relacionamento com Filó (Letícia Salles/Dira Paes), mas trata o rapaz como afilhado publicamente. Ainda é surpreendido com a chegada de um filho desconhecido, José Lucas de Nada (Irandhir Santos).
Juliana Paes como Maria Marruá
Dócil e dedicada, levava uma vida feliz ao lado do marido Gil (Enrique Diaz) antes de enterrar cada um dos três filhos que tinha. Maria sente como se tivesse morrido com os herdeiros e chega ao Pantanal sem esperança.
Ao engravidar de Juma (Alanis Guillen), recebe a filha com ar de maldição, em um parto na beira do rio com o intuito de colocá-la na canoa e empurrá-la para as águas. O destino, contudo, as une novamente.
Enrique Diaz vive Gil na novela
É um sujeito simples, sem muita de cultura nem modos e com um jeito brando de ser. É honesto e muito decente, tendo se tornado um marido dedicado e atento à Maria Marruá (Juliana Paes). É um homem bom que nasceu em um mundo ruim e perverso. É enganado no Sarandi, no Paraná, onde comete um crime que o leva fugido ao Pantanal ao lado da mulher. Tenta reconstruir sua vida e se alegra com o nascimento de Juma (Alanis Guillen) .
Alanis Guillen vive Juma Marruá
Filha de Maria Marruá (Juliana Paes) e Gil (Enrique Diaz), Juma (Alanis Guillen) é uma mulher de personalidade forte, selvagem e arredia --apesar da pouca idade. Desde cedo, ela aprendeu com a mãe a se defender do "bicho homem", a espécie mais perigosa que habita as redondezas. A história da mocinha é marcada por tragédias antes mesmo de seu nascimento.
Os pais precisaram sair das terras em Sarandi, no Paraná, após o assassinato de dois filhos por pistoleiros. Ainda em luto, Maria descobre estar grávida quando chega ao Mato Grosso do Sul. Sem suportar a ideia de perder outro filho, ela decide abandonar a bebê em uma canoa após o parto sofrido na beira do rio --mas muda de ideia e volta para buscar a caçula.
Juma convive durante pouco tempo com o pai, que acaba assassinado por grileiros. Um pouco mais velha, a protagonista também perde a mãe e passa a sobreviver sozinha.
A personagem encontra um pouco de alento ao se apaixonar por Jove (Jesuíta Barbosa). Surge entre eles um amor puro, fruto do encontro improvável e natural que marca para sempre o destino de todos. Mas as diferenças culturais e sociais tornam a relação complicada e bastante improvável.
A personagem foi vivida por Cristiana Oliveira na primeira versão. Antes da escalação de Alanis Guillen para o remake, Benedito Ruy Barbosa afirmou que gostaria de ver Vanessa Giácomo como a protagonista. Mas a atriz recusou o papel e justificou a decisão: "Eu não me sinto à vontade para fazer uma personagem que é virgem, que tem 20 anos".
Jesuíta Barbosa interpreta Jove
Filho de Madeleine (Karine Teles) e José Leôncio (Marcos Palmeira), Jove (Jesuíta Barbosa) nasce no Pantanal, mas é levado ainda bebê para o Rio de Janeiro. Inteligente e irreverente, ele cresce achando que o pai morreu. Quando jovem, vai para o Mato Grosso do Sul atrás do patriarca e descobre que é o oposto dele. Lá, conhece e se apaixona por Juma (Alanis Guillen).
Bruna e Karine vivem Madeleine
Filha de Antero Novaes (Leopoldo Pacheco) e Mariana (Selma Egrei), Madeleine é provocante, subversiva, sensual e não dá a mínima para normas ou qualquer convenção social. Mesmo com a marcação acirrada da mãe, a loira vive rodeada de amigos e pretendentes e arrebata corações por onde passa. Não tem medo de nada e faz de tudo para conseguir o que quer.
Na juventude, se apaixonou e casou com José Leôncio (Renato Góes/Marcos Palmeira), com quem teve Jove (Jesuíta Barbosa). Mas não se adaptou ao Pantanal e fugiu com o filho de volta para o Rio de Janeiro.
Malu e Camila dividem a personagem Irma
Primogênita de Antero Novaes (Leopoldo Pacheco) e Mariana (Selma Egrei), Irma vive sob os firmes cabrestos impostos pela mãe e não tem muita liberdade. Sempre muito obediente, sofre desde a juventude com o recato autoimposto.
A ruiva carrega ainda o fardo de servir de exemplo para Madeleine (Bruna Linzmeyer/ Karine Teles). Enquanto a caçula responde aos pais com rebeldia, Irma se embrenha cada vez mais no jogo da mãe. Ela ainda entra em atrito com a irmã ao se interessar por José Leôncio (Renato Góes/Marcos Palmeira).
Leticia Salles e Dira Paes em fases como Filó
Após ser expulsa de casa pela mãe aos 12 anos, Filó (Leticia Salles) encontra abrigo em uma currutela. Durante uma comitiva de José Leôncio (Renato Goes/Marcos Palmeira), ela passa uma noite com o peão e engravida de Tadeu (José Loreto). A ex-prostituta chega grávida na fazenda do protagonista, onde passa a viver e trabalhar como empregada. É uma mulher religiosa e faz de tudo para proteger o boiadeiro.
Entre as tramas exploradas na história está a transformação de Maria Marruá em onça-pintada. Filha da personagem, Juma herda a habilidade de virar bicho, assim como a mãe. Em teaser divulgado nas redes sociais, Juliana Paes explica a lenda que toma conta do imaginário popular do Pantanal:
Ela se transformou em uma onça para salvar a vida da filha. E no dente. Quem viu, viu. Quem viu pode espalhar essa lenda, que saiu rodando por aí que nem rastro de pólvora. Reza a lenda que em noite de lua cheia Maria Marruá sai para caçar o alimento para sua cria. E seu território vai até onde seu esturro pode chegar. Maria Marruá defende com unhas e dentes o que é seu. Ou com garras e presas, como juram por aí.
A Globo montou uma grande estrutura em Aquidauana, no interior do Mato Grosso do Sul, para gravar as cenas da novela no Pantanal. A cidade, de 50 mil habitantes, virou palco para um "Projac rural", com fazendas servindo de camarim, base de apoio e hotel para elenco e equipe. Foram mais de cem pessoas envolvidas na produção.
"Foram seis fazendas que deram suporte direto para as gravações, sendo três delas usadas como locação, com tudo que fosse fundamental para as nossas cenas", explicou o cenógrafo Alexandre Gomes de Souza em entrevista divulgada pela Globo à imprensa.
Já os cenários fixos e áreas internas, como o interior da casa de José Leôncio, a tapera da família Marruá e o galpão dos peões, foram montados nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro.
A história da novela Pantanal é adaptada por Bruno Luperi, neto do autor Benedito Ruy Barbosa --que escreveu a versão de 1990. O novelista só autorizou a produção do remake se o parente reescrevesse a obra, e assim o escritor recebeu a bênção do avô para a adaptação.
"Nunca imaginei reescrever Pantanal, não busquei isso. A Globo também queria que eu escrevesse justamente por entender o universo do meu avô. Cresci no pé da cama dele ouvindo suas histórias. E mergulhar no texto da novela foi quase uma terapia para mim porque entendi muito dos valores da nossa família, vivências de infância", conta Luperi.
O clima familiar na nova versão ainda é marcado pela atuação de Paula Barbosa, também neta de Ruy Barbosa e prima de Luperi. A atriz interpreta Zefa na adaptação.
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A música permeia toda a narrativa, e a trilha sonora da novela Pantanal é formada majoritariamente por composições nacionais. Além de atuarem, Almir Sater e Renato Teixeira também darão voz a algumas canções na trama da Globo.
O tema de abertura será o mesmo da primeira versão: a canção Pantanal, composta pelo produtor Marcus Viana. Em 1990, a banda Sagrado Coração da Terra era a responsável pela música. Agora, a Globo escolheu Maria Bethânia e Almir Sater para a regravação do novo arranjo.
Também fazem parte da trilha sonoro artistas como Alceu Valença, Roberta Miranda, Belchior (1946-2017) e Jair Rodrigues (1939-2014).
Na trama, o público ainda verá Eugênio (Almir Sater), Joaquim (Renato Teixeira), Quim (Chico Teixeira), Tibério (Guito) e Trindade (Gabriel Sater) em rodas de viola.
A trama é dividida em duas fases e começa com a história de Joventino (Irandhir Santos) e seu filho, José Leôncio (Renato Góes/Marcos Palmeira).
No Pantanal, o peão aprende a respeitar a natureza e vira uma lenda da região por conseguir amansar bois selvagens no "feitiço". Até que um dia Joventino desaparece misteriosamente, deixando o filho sozinho e preocupado.
Após cinco anos, José Leôncio faz uma viagem para o Rio de Janeiro e se apaixona por Madeleine (Bruna Linzmeyer/Karine Teles). Os dois se casam, e a jovem muda para o Pantanal --onde dá à luz Jove (Jesuíta Barbosa). Mas a patricinha não se adapta ao interior e ainda cria uma inimizade com Filó (Leticia Salles/Dira Paes), funcionária da casa do peão, mãe de Tadeu (José Loreto) e antiga amante de Zé Leôncio.
Com saudade da vida urbana, Madeleine foge com o filho ainda bebê e volta para a mansão da família Novaes no Rio de Janeiro. Jove é enganado pela mãe e cresce acreditando que o pai havia morrido.
Longe do herdeiro, José Leôncio descobre que também é pai de Tadeu --a quem passa suas terras, valores e tradições. Mas, da porta para fora, o peão trata o rapaz apenas como afilhado.
A novela tem uma passagem de 20 anos entre as duas fases. Jove descobre que o pai não morreu e viaja até o Mato Grosso do Sul para conhecê-lo. Mas a relação com Zé Leôncio logo torna-se conflituosa por conta das diferenças na criação dos dois.
Além disso, o herdeiro de Madeleine sente ciúme da relação do peão com Tadeu. A família ainda enfrenta outro baque com a chegada de José Lucas de Nada (Irandhir Santos), um terceiro filho do protagonista.
É também na segunda fase da história que Jove conhece Juma Marruá (Alanis Guillen). O jovem rapidamente se encanta pela mocinha, mas as diferenças culturais também abalam esse amor.
Leia Mais: Pantanal: Juma e Jove têm destinos entrelaçados desde o nascimento; entenda
Pantanal também traz no enredo a figura do Velho do Rio (Osmar Prado), uma entidade sobrenatural, como o protetor da natureza, responsável por cuidar das terras, dos animais e zelar pelas relações interpessoais na região. O encantado assume a forma de uma sucuri na maior parte da história, mas também se apresenta na forma humana.
Vários artistas que ficaram marcados pela atuação na novela original já não estão mais entre nós, como Cláudio Marzo (1940-2015), Sérgio Mamberti (1939-2021), Rômulo Arantes (1957-2000), João Alberto Pinheiro (1960-1992), Oswaldo Loureiro (1932-2018), Sérgio Britto (1923-2011), Alexandre Lippiani (1964-1997), Buza Ferraz (1950-2010) e Flora Geny (1929-1991).
Na estreia em 1990, o folhetim marcou 7 pontos no Ibope na Grande São Paulo, mas depois dos primeiros capítulos começou a ter picos de 30 pontos. O último capítulo registrou 31 pontos, enquanto a Globo anotou 21 no confronto direto. Pantanal teve média geral de 22 pontos, a maior da história da Manchete.
O remake escrito por Bruno Luperi tem correspondido às expectativas da Globo de levantar o ibope do horário nobre depois de uma sequência de reprises durante a pandemia da Covid-19 e Um Lugar ao Sol, que amargou o título de novela menos vista na faixa das 21h.
O capítulo de estreia da nova versão de Pantanal superou a audiência de todos os episódios da novela antecessora. O novo folhetim da Globo bateu 28,3 pontos na Grande São Paulo, enquanto o maior índice de Um Lugar ao Sol foi de 25,4 pontos.
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