PREPARAÇÃO INTENSA
DIVULGAÇÃO
Paula Barbosa fez aulas de equitação para remake de Pantanal, previsto para estrear em março
Logo que foi escalada para o remake de Pantanal, Paula Barbosa maratonou os capítulos da novela exibida pela TV Manchete (1983-1999) em 1990. Agora, a atriz já se dedica às gravações e espera para poder viajar para o Mato Grosso do Sul em abril. A neta do autor Benedito Ruy Barbosa ainda diz não se preocupar com as possíveis comparações com Giovanna Gold, responsável por viver Zefa na primeira versão da trama: "Quero criar a minha Zefa, não quero fazer cópia de nada".
A artista se emocionou muito ao ser chamada para atuar na readaptação do folhetim que mudou a história da própria família. "Eu vi no YouTube bastante coisa. Na verdade, reassisti a novela inteira. Mas foi lá atrás, parei porque agora precisa começar um novo trabalho. É um Pantanal 30 anos depois. Apesar de tudo, são personagens que já foram feitos. Acho que tem que se desligar do que foi feito e começar uma nova história", opina em conversa com o Notícias da TV.
Paula ainda elogia o trabalho do primo Bruno Luperi em reescrever a trama do avô: "Há algumas pequenas mudanças pra trazer pra atualidade, mas mantendo a essência. Pantanal mantém aquela coisa gostosa de uma região que continua isolada do mundo atual, muito ligada à natureza, a questão do tempo, que é diferente do tempo de quem vive nessa loucura do dia a dia".
[As versões] São bem parecidas, é muito interessante você ver como a novela ainda é atual, principalmente as questões de família e relações. Quem assistiu 30 anos atrás, vai assistir agora e vai continuar se vendo em muitas situações. É muito atual apesar de ter passado há muito tempo.
A atriz conta que ainda não teve oportunidade de conversar com Giovanna Gold sobre o papel como Zefa, mas leu declarações da veterana sobre o trabalho: "Achei o máximo ela falando que foi fazer uma participação, e a personagem foi acontecendo. É muito interessante, porque você vê que foi uma coisa dada pela criação dela para o autor. E meu avô, vendo o trabalho dela, foi tendo ideias e criando novas coisas pra Zefa".
Com outros remakes no currículo --Paraíso (2009) e Meu Pedacinho de Chão (2014)--, Paula não se preocupa com as comparações que podem ser feitas entre as versões. "Nem que a gente queira escolher ir pro mesmo caminho do ator que fez, vai conseguir fazer igual. São atores diferentes fazendo a mesma coisa, então cada um coloca a sua particularidade", ressalta.
Eu quero criar a minha Zefa. Não quero fazer cópia de nada, embora eu goste muito do que ela [Giovanna] fez e criou. Porém, dando a minha visão daquilo, o meu jeito de fazer aquilo. A ideia é fazer uma Zefa diferente.
"Afinal, se passaram 30 anos. Algumas coisas mudam. Eu quero manter a essência da pureza da Zefa, da pegada divertida que a Giovanna também deu. Tenho minhas ideias para me diferenciar, eu espero que todo mundo goste. Mas a comparação é inevitável, não tô muito preocupada com isso. A gente fica ansioso para ver o que vai sair dessa nova versão."
REPRODUÇÃO/MANCHETE
Giovanna Gold e Marcos Palmeira em Pantanal
Paula não economiza na hora de falar sobre a personagem que interpreta no remake, que tem previsão de estreia para 14 de março. "A Zefa não tem grandes questões psicológicas, não é pesada nesse sentido. Porém, ela é uma mulher que perdeu a mãe cedo e viveu com o pai. Até que o pai morreu afogado, uma tragédia. Mas ela leva a vida dessa maneira leve, consegue encarar a vida de uma maneira natural", adianta a atriz.
Para superar a perda dos pais e passar pelos momentos difíceis, a moça se apega a Deus. Zefa ainda encara as dúvidas do primeiro amor e teme estar em pecado quando se encanta por Tadeu, que será vivido por José Loreto.
"Ela acaba com essas questões internas, fala até: 'Eu nunca fui beijada, nunca deixei homem nenhum me beijar, me tocar'. É uma questão de princípio dela. 'Eu vou dormir com alguém depois que eu casar, que eu fizer o que é certo'. O certo na cabeça dela, claro. Ela fica com esse questionamento, mas morre de vontade", entrega a artista de 35 anos.
Ela tá apaixonada, quer viver tudo isso. Mas tem medo de fazer coisa errada, de ficar grávida e sozinha. Ela é uma mulher consciente disso. Acho que, até por ter perdido a mãe cedo e depois o pai, ela sabe dessas coisas do mundo. Não quer que se aproveitem dela.
Paula também revela com qual característica da personagem mais se identifica. "Zefa fala o que pensa, é aquela que te põe a verdade na cara. Não é porque ela é bocuda ou metida, ela vê uma situação e simplesmente fala. Esse é o lado divertido dela, porque você não espera certas coisas. É o que vai dando o tom da Zefa. Mas, às vezes, ela pega em assunto muito tenso", afirma a intérprete.
"Eu fui uma criança e adolescente que sempre falei o que me veio a cabeça. Eu sempre me meti em assuntos que não são da minha conta. Se eu via uma briga, eu ia lá me metia. Minha família me tachou de bocuda, respondona, malcriada. E eu simplesmente era que nem a Zefa. Eu via e falava, era o que eu achava certo", compara a atriz.
Zefa entra na história no capítulo 55 e participa do núcleo de Tenório (Murilo Benício), Guta (Julia Dalavia) e Maria Bruaca (Isabel Teixeira), que se revolta ao descobrir que o marido tem outra família no Rio de Janeiro e contrata uma empregada para cuidar da casa.
"A Zefa entra naquela casa que é muito maluca, acontece muita coisa, e ela fica confusa com aquilo, acaba dando uns conselhos para a patroa, para a própria Guta, mesmo sem pedir. No começo, acaba gerando algumas situações desagradáveis, mas depois a Zefa vira até uma parceira da Bruaca, uma confidente", explica.
Para atuar em Pantanal, Paula precisou usar aplique longo nos cabelos e se dedicar às aulas de montaria. "A equitação é divertida, eu gosto dessas novidades. Eu não tenho medo de andar a cavalo, acho que isso ajuda. Eu adoro experimentar essas coisas diferentes da minha rotina", afirma.
"Quanto à mudança no visual, a maior mudança foi o aplique que coloquei no cabelo. É bem longo, mas eu já havia colocado com a Gina bastante cabelo. Eu tava com o cabelo bem curtinho... Adoro mudar o visual pros personagens, porque é sempre a Paula fazendo um personagem. Visualmente ajuda o trabalho do ator mudar o visual de um personagem pro outro. Já fica mais fácil de as pessoas distanciarem de mim e dos meus outros trabalhos."
A atriz ainda fica atenta para não cometer erros ao adotar o sotaque de Zefa. "É minha terceira personagem com sotaque caipira. Meu cuidado é para diferenciar desses outros trabalhos que fiz, para ficar de acordo com a região, ficar mais real possível. Esse trabalho de preparação é um que eu gosto muito e é muito intenso, tem que mergulhar", arremata.
Ver essa foto no Instagram
Inscreva-se no canal do Notícias da TV no YouTube e assista a vídeos sobre TV, novelas e celebridades.
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Novela Pantanal: Resumo dos capítulos da novela da Globo - 6 a 8/10
Quinta, 6/10 (Capítulo 166)
Renato ficou furioso com a morte de Tenório e prometeu matar o peão que atirou em seu pai. Enquanto isso, Marcelo conversou com Guta sobre a morte do vilão, a qual ele considera mal contada. O ... Continue lendo
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.