RIVAIS NAS ELEIÇÕES?
REPRODUÇÃO/TV GLOBO E INSTAGRAM
Luciano Huck e Lula; apresentador se manifestou sobre a anulação das condenações do ex-presidente
Luciano Huck se manifestou nesta segunda-feira (8) sobre a decisão do ministro Luiz Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), de anular todas as condenações de Luiz Inácio Lula da Silva relacionadas à Lava Jato e deixá-lo elegível para disputar a Presidência em 2022. Possível adversário do ex-presidente no pleito do ano que vem, o apresentador da Globo afirmou que "figurinha repetida não completa o álbum", em referência às chances do petista levar a melhor.
O titular do Caldeirão ressaltou que respeita a decisão do STF, mas reforçou sua visão sobre Lula, no qual nunca votou, conforme já disse em mais de uma oportunidade.
"No Brasil, o futuro é duvidoso e o passado é incerto. Na democracia, a Corte Suprema tem a última palavra na Justiça. É respeitar a decisão do STF e refletir com equilíbrio sobre o momento e o que vem pela frente. Mas uma coisa é fato: figurinha repetida não completa álbum", escreveu o apresentador no Twitter.
O tuíte de Huck teve muita repercussão. Alguns internautas lembraram que, apesar de hoje criticar o governo de Jair Bolsonaro, ele apoiou o então candidato do PSL nas eleições contra o petista Fernando Haddad, em 2018. A maioria dos usuários da rede social reprovou o comentário do marido de Angélica.
A decisão de Fachin afeta quatro ações da Lava Jato que envolvem o nome de Lula: tríplex do Guarujá, sítio em Atibaia, sede do Instituto Lula e doações ao mesmo instituto. O ministro da Suprema Corte anulou todas as decisões feitas pela 13ª Vara Federal de Curitiba, considerada incompetente para o caso, desde as denúncias até as condenações.
Huck ainda não definiu se será candidato à Presidência no ano que vem. O comunicador, que ficou perto de disputar o pleito de 2018, mas desistiu, sempre participa de debates com entidades e lideranças políticas, já apoiou candidatos e é um dos responsáveis por patrocinar o RenovaBR, grupo que defende a "renovação política" e conseguiu eleger 147 políticos para cargos legislativos e executivos municipais em 2020.
Ele também dá seus pitacos sobre política nas redes sociais quase que diariamente e tem se posicionado sobre a condução de Bolsonaro no combate à pandemia e aos problemas econômicos, sociais e ambientais do país. Em 2020, ele disse que o que faz ser apontado como candidato a ser chefe do executivo é o fato de ser "um cidadão ativo, que nos últimos 20 anos tem rodado esse país de ponta a ponta" e que se dá bem com militares, políticos, empresários e moradores de comunidades.
Como adiantou o Notícias da TV, executivos da Globo e membros da família Marinho estão pressionando Huck a adiar sua entrada na política para assumir o lugar que Fausto Silva deixará vago no ano que vem. Tentam convencê-lo de que sua eventual candidatura à Presidência poderá ser muito prejudicial à emissora e que chegou o momento de o apresentador ocupar o horário mais nobre do entretenimento dominical, de se tornar o "rei dos domingos".
A Globo prefere Huck longe do Palácio do Planalto. Para a emissora, ao final de um processo de transformação interna sem precendentes, não será interessante ser associada a um candidato em confronto eleitoral direto com o presidente Jair Bolsonaro, que a vê como inimiga política.
Além disso, é unanimidade dentro da Globo que o apresentador é o "substituto natural" de Fausto Silva, que decidiu deixar a emissora após 32 anos. O Domingão é uma das maiores receitas e um dos mais lucrativos programas da grade.
Veja o tuíte de Luciano Huck:
No Brasil, o futuro é duvidoso e o passado é incerto. Na democracia, a Corte Suprema tem a última palavra na Justiça. É respeitar a decisão do STF e refletir com equilíbrio sobre o momento e o que vem pela frente. Mas uma coisa é fato: figurinha repetida não completa álbum.
— Luciano Huck (@LucianoHuck) March 8, 2021
Inscreva-se no canal do Notícias da TV no YouTube e confira o nosso boletim diário com os principais destaques do dia
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.