SILVERO PEREIRA
JOÃO MIGUEL JÚNIOR/ TV GLOBO
Na atual versão de Pantanal, Zaquieu (Silvero Pereira) tem mais embates com os peões
Zaquieu (Silvero Pereira) já mostrou que não está disposto a engolir desaforos no remake de Pantanal, novela das nove da Globo. O mordomo de Mariana (Selma Egrei) levou na mala para a fazenda de José Leôncio (Marcos Palmeira) sua irreverência, o que já tem provocado reações dos mais conservadores da fazenda, como Tadeu (José Loreto), que foi homofóbico com o rapaz. Para Silvero Pereira, o personagem vai lutar mais por seus direitos nesta versão da história do que na original de 1990.
"Zaquieu dessa versão vem mais empoderado. Ele tem muito orgulho de quem é", diz o intérprete do mordomo em entrevista ao Notícias da TV. Silvero contou que nos próximos capítulos, mesmo diante das violências verbais enfrentadas, o rapaz não irá baixar a cabeça e irá de enfrentamento, o que é positivo para a luta LGBTQIA+.
"Acredito que essa sinopse e novo tom de interpretação ao personagem podem trazer identificação de luta e reforçar a importância de lutar por nossa existência e aceitação", opina.
A saída do mordomo da fazenda, entretanto, vai mexer com o cenário e provocar reflexões entre os moradores do Pantanal. Após pensar que se trata de frescura, José Leôncio (Marcos Palmeira), por exemplo, alertará os peões de que a conduta preconceituosa é crime, ameaçando mandar Tadeu para a cadeia.
Mais para frente, o mordomo deverá ganhar uma história só sua ao se apaixonar por um peão. Na versão original, Zaqueu (sem "i"), como era chamado o personagem interpretado por João Alberto Pinheiro, chegou a se declarar para o peão Alcides (Ângelo Antônio). No entanto, o romance não rolou, já que o capataz era mesmo apaixonado por sua patroa. O mordomo, à época, acabava sempre virando piada entre os outros peões da fazenda.
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Zaquieu (Silvero Pereira) em Pantanal
Engajado na causa, Silvero que também levou representatividade ao público ao viver Nonato em A Força do Querer, avalia que em Pantanal, a discussão da reação de muitos personagens a Zaquieu vai além do preconceito. "Existe ali também a ignorância, o pré-conceito, ou seja, a formulação de uma informação sem conhecimento de causa e efeito. Acho que esses são pontos importantes a discutir em sociedade hoje", defende o ator, em relação ao lugar de aceitação e respeito.
Para ele, há uma evolução, de maneira geral, no mercado audiovisual quando o assunto são questões LGBTQIA+, principalmente no que diz respeito à representatividade dos personagens. No entanto, ele acredita que o setor ainda não dispõe de proporcionalidade em relação à empregabilidade e à escuta da comunidade na construção das representações.
"Ainda temos produções e textos que deveriam ser revisados e respeitados quando se pretende produzir sobre o assunto", afirma Silvero. Ele chamou esta falta de avanço de "deseducação". "Isso é uma dívida que a sociedade ainda tem impregnada nos comportamentos cotidianos", refletiu o ator, que interpretará uma fada-madrinha em um musical sobre crueldade no ambiente escolar no ano que vem.
Escrita por Benedito Ruy Barbosa, a novela Pantanal foi exibida em 1990 pela extinta Manchete (1983-1999). O remake da Globo é adaptado por Bruno Luperi, neto do criador da história, e ficará no ar até outubro. Em seguida, a Globo vai estrear Travessia, trama de Gloria Perez.
Leia os resumos dos próximos capítulos da novela Pantanal.
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