Zaquieu prova que não é trouxa após chacota em Pantanal: 'Homofobia é crime'

Mais empoderado que em 1990, Zaquieu (Silvero Pereira) não abaixará a cabeça para a homofobia dos peões em Pantanal. Ao ser alvo de piadinhas de Tadeu (José Loreto) e José Leôncio (Marcos Palmeira), o mordomo de Mariana (Selma Egrei) deixará uma carta e irá embora da fazenda do rei do gado na novela das nove da Globo.

A fuga de Zaquieu vai provocar mudanças nos peões, que aprenderão a lidar com as diferenças. O personagem de Silvero Pereira ficará magoado com a maneira grosseira com que será tratado pelo pai de Jove (Jesuita Barbosa). José Leôncio ficará irritado ao ser chamado de rei do gado e maltratará o funcionário da ex-sogra.

"Você pensou o quê, Zaquieu? Que ia chegar aqui e a sua vida iria se tornar um conto de fadas do dia para a noite? Que, num passe de mágica, todo mundo te trataria com o devido respeito? Se até o lord Jove penou para encontrar o
lugar...", dirá ele para si mesmo.

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Logo depois, Zaquieu dará de cara com Tadeu, que o chamará de esquisitinho e perguntará se ele não tem espelho em casa. "Eu tenho espelho em casa. Muitos deles, aliás. Já vocês, pelo visto, não tem a menor educação!", responderá.

"Qué que foi? Ocê num vai chorá?", debochará Tadeu. "Foi que eu não estou com paciência para as suas gracinhas. E não vim até aqui para me tornar motivo de chacota dos outros!", dirá ele, que sairá todo ofendido. "Cuidado co jacaré, esquisitinho", avisará Tadeu. Zaquieu dará um salto, apavorado, arrancando risos.

Ele fitará os peões de longe, olhos cheios de ódio, e sairá dali. Na cena seguinte, o mordomo aparecerá na chalana de Eugênio (Almir Sater) com rosto apagado, transformado pela tristeza e por todas as dores e ofensas vividas até ali. Mariana achará um bilhete de despedida do amigo.

"Eu esperava enfrentar alguma resistência, mas confesso que não esperava causar tamanho desconforto pelo simples fato de ser quem eu sou. Não falo exclusivamente da forma rude como o senhor José Leôncio falou comigo. Mas tem certas 'piadas' que eu jurei para mim mesmo que não iria mais tolerar. Pode soar repentino, mas não exagerado que eu, enquanto ser humano, exija ser tratado com o mínimo de dignidade e decência. O que não fui por todos nessa fazenda, E nem tenho esperança de ser", dirá.

"Por isso achei melhor sair à francesa. E, para evitar maiores transtornos, não darei nome aos bois... Nem aos boiadeiros. Espero que a senhora compreenda meus motivos e conduza essa situação com a descrição que ela merece. Zelarei pelo seu palácio como se fosse meu. Pelo tempo que for. Assinado, Zaquieu".

José Leôncio dirá a Mariana que tudo não passa de uma frescura de Zaquieu, e a carioca contará que ele foi vítima de um crime. "Minha mãe está certa. Isso o que fizeram com o Zaquieu chama-se homofobia. E não é frescura ou brincadeira - apesar de ser tratada como tal - é crime... Está na lei!", discursará Irma (Camila Morgado).

Firme, Mariana mandará que o fazendeiro apure o que aconteceu com o seu amigo: "Eu quero que o senhor vá apurar com os seus peões o que aconteceu antes de sair tirando conclusões precipitadas a respeito do Zaquieu. Porque, se eu for, não vai prestar!".

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