Pega-pega em esgoto: Emilio Dantas entrega cilada de A Força do Querer

Enquanto parte do elenco de A Força do Querer (2017) embarcou para gravar no Pará, Emilio Dantas entrou pelo cano. Intérprete do traficante Rubinho, o ator precisou se esgueirar dentro de um bueiro na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, para rodar as sequências em que o marido de Bibi (Juliana Paes) escapa da prisão.

"A maior dificuldade, para mim, foi a prática (risos). A gente fez a primeira fuga ali no Zé Orelha [comunidade na zona oeste da capital fluminense], atrás dos Estúdios Globo, e já foi uma maratona. Depois outra na Tavares Bastos [na zona sul do Rio de Janeiro] e, na terceira, eu estava dentro do esgoto real da Cinelândia", relembra o galã em entrevista ao Notícias da TV.

Ele e Paolla Oliveira, que deu vida à policial militar Jeiza, passaram boa parte da trama brincando de pega-pega. Os artistas, aliás, reprisaram os seus personagens de Além do Tempo (2015) para reforçar que os dois viviam como cães e gatos --desde outras encarnações.

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A rixa, porém, era restrita aos roteiros de Gloria Perez. Emilio revela que o clima nos bastidores sempre foi muito bom e que boa parte do elenco se encontrava uma vez por semana para aliviar a tensão em um estúdio de gravação musical próximo à Globo.

"Nós montamos uma banda, e passávamos umas cinco horas cantando e celebrando que estávamos juntos naquele projeto. Era o jeito de exorcizar as energias que não eram para estar conosco", pondera o companheiro de Fabiula Nascimento.

Rubinho (Emilio Dantas) sai do bueiro em A Força do Querer

Outros tempos

O ator acredita que a produção passará ilesa em meio à onda de conservadorismo, mesmo que a história toque em assuntos polêmicos da sociedade brasileira. "Mesmo quem apoia a violência ou o preconceito não deixa de raciocinar. Muitas vezes, eles fincam uma opinião por orgulho, ou mesmo por não ter desenvoltura [para mudar de ideia]", afirma.

Ele avalia que a pandemia de coronavírus (Covid-19) e as medidas de isolamento social obrigaram as pessoas a finalmente parar e conversar. "Para quem teve a possibilidade de ficar quarentenado, a crise trouxe mais entendimento do que desentendimento. Pais e filhos começaram a se ouvir, as pessoas puderam sair de dentro de seus casulos", filosofa.

O maior trunfo da novela das nove, segundo o ator, é convidar as pessoas para esse diálogo. "Nós temos, sim, mais dificuldades hoje em dia, mas temos muita arma para batalhar e resistir. Nós precisamos mesmo conversar. A palavra é a ferramenta [ideal] para expressar o que estamos sentindo", considera Dantas.

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