Bruna Linzmeyer se prepara para começar a gravar Pantanal em julho

Há dois meses, Bruna Linzmeyer se dedica à preparação para a novela Pantanal. O remake da Globo só deve estrear no ano que vem, mas a previsão é a de que o elenco comece a gravar em julho. Leituras dos capítulos estão sendo feitas nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, com participações presenciais e virtuais. No entanto, a atriz não revela ainda qual papel fará na saga de Benedito Ruy Barbosa, adaptada pelo neto do autor Bruno Luperi.

A atriz estará na primeira fase do folhetim e dá poucas pistas sobre sua personagem. Ela fará cenas em externas no Rio de Janeiro e também em meio à natureza no Mato Grosso. Em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do  jornal O Globo, a intérprete conta como está se preparando para o trabalho:

Não comecei ainda a preparação com a equipe da novela. Estou fazendo uma por minha conta há dois meses: construindo a personagem, no momento de perceber o que ela tem de diferente de mim e o que eu preciso trabalhar. Nem sempre é do dia para a noite que alguma coisa se constrói. É um trabalho de formiguinha. Estou com o Antonio Tigre, que é um professor de ioga que me prepara fisicamente. Leila Mendes é fonoaudióloga e prepara a voz. E tenho feito reuniões com a preparadora de elenco. Trabalhamos corpo e voz, a construção dessa personagem. É muito difícil explicar sem poder dizer o que é.

A novela teve o início de sua produção adiado por conta da segunda onda da Covid-19, e a previsão de estreia, que era para o segundo semestre deste ano, passou para 2022 após a exibição da inédita Um Lugar ao Sol.

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Osmar Prado, já confirmado para o folhetim, interpretará o Velho do Rio, papel que foi recusado por Antonio Fagundes. Marcos Palmeira viverá José Leôncio, Julia Dalavia será Guta, Juliana Paes interpretará Maria Marruá. No passado, Cassia Kis fez a personagem. José Loreto e Dira Paes também foram escalados para a produção.

A atriz Alanis Guillen, 23 anos, que deu vida à protagonista Rita em Malhação - Toda Forma de Amar (2019), é apontada como a nova Juma, mas a emissora ainda não confirma a escalação.

Desde que Benedito Ruy Barbosa anunciou no Fantástico que estava "de olho" e em busca de uma Juma Marruá para o remake, a procura pela atriz ideal virou pauta não apenas entre os executivos da teledramaturgia da Globo, mas também nas redes sociais.

Por ser um remake de uma trama que fez muito sucesso em 1990 com Cristiana Oliveira no papel de Juma, uma mulher que vira onça, a emissora aposta alto nesse projeto. 

Diabo sem gênero

Na entrevista concedida ao Globo, Bruna também falou sobre o curta-metragem Alfazema, de Sabrina Fidalgo, que está no Festival Finos Filmes, do Museu da Imagem e do Som de São Paulo: "Eu sou uma... Diabo, diaba, diabe. Eu pensei bem e acho que é um diabe, com 'e' no fim, porque não tem um gênero. Não importa ali se é uma mulher ou um homem. E talvez não seja nada disso", comenta a atriz, que completa:

É uma personagem estranha: cabelo grudado no rosto... Eu gosto do que é esquisito, do que é estranho. Tenho prazer nisso. Mas eu sou esse contraponto de Deus. Tenho particular prazer em fazer personagens que não são completamente lineares, que eu possa inventar absolutamente qualquer coisa para ele e ninguém vai achar absurdo, sabe? Esse tipo de personagem me encanta! Eu acho mais difícil fazer a mocinha da novela, para o meu tipo, para o meu estilo de personalidade. Eu gosto do deslocamento.

O projeto cinematográfico traz também Elisa Lucinda, que encarna Deus, uma mulher negra e lésbica. "Quando a gente pensa na amplitude do que Deus significa na vida das pessoas, de acordo com a religião em que eu cresci, que é católica, Deus acolhe todo mundo. São muitas facetas. Acho poderoso quando a diretora as coloca na cena. Ela joga com estes signos: Deus, diabo, anjo, sexualidade, gêneros... Ela é inteligente neste sentido. O deslocamento faz a gente se identificar com alguma facilidade", declara Bruna.