OS TRAPALHÕES
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Renato Aragão isolado em seu sítio; Os filmes do intérprete de Didi farão parte da programação do SBT
O SBT anunciou nesta quinta-feira (27) que vai exibir o filme Os Saltimbancos Trapalhões (1981) em sua programação. A produção, que conta com Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum (1941-1994) e Zacarias (1934-1990), no elenco, fez sucesso na Globo por 20 anos (entre 1974 e 1995). Considerado um marco da bilheteria nacional, o filme vai passar pela primeira vez na história na emissora de Silvio Santos.
O feito só foi possível após o SBT comprar um pacote de 35 filmes da Europa Filmes datados entre os anos de 1965 e 1999. O longa será exibido na Tela de Sucessos do dia 4, na faixa das 23h15.
Com pouco mais de 5,2 milhões de telespectadores, Os Saltimbancos Trapalhões ainda consta na lista das 20 maiores bilheterias do cinema brasileiro.
A trama conta a história de quatro funcionários humildes que se tornam a grande atração do circo Bartholo, graças à incrível capacidade de fazer o público rir. Entretanto, os amigos lidam com a inveja do mágico Assis Satã, interpretado por Eduardo Conde (1946-2003), e da ganância de Barão Bartholo, vivido pelo ator Paulo Fortes (1923-1997), o dono do circo.
O filme é uma adaptação para o cinema do musical de 1977 Os Saltimbancos, com trilha sonora de Chico Buarque. A ideia de produzir o longa partiu do próprio Renato Aragão, que tornou a peça teatral uma superprodução cinematográfica com cenas gravadas até mesmo em Hollywood.
Chico Buarque foi uma das primeiras pessoas a saber do conceito e da concepção da obra. Ele não só aprovou, como no filme foram mantidas duas canções originais escritas por ele: História de uma Gaita e Minha Canção.
Apesar da surpreendente notícia de que o SBT irá exibir o filme de forma inédita em sua programação, os direitos sobre os filmes dos Trapalhões ocorre após a rescisão de contrato de Renato Aragão, o eterno Didi, com a Globo.
O humorista foi demitido da emissora no dia 30 de junho do ano passado --em meio à pandemia do coronavírus-- após 44 anos trabalhando para a família Marinho. A decisão de não renovar o contrato foi parte da nova política de corte de gastos da Globo.
Nem mesmo no Criança Esperança, projeto que ajudou a criar na emissora, ele foi incluído. A última obra do veterano na casa foi no remake de Os Trapalhões, em 2017, que só durou uma temporada.
"Criei o Criança Esperança, que também foi uma maravilha. Depois a Turma do Didi (1998-2010). Fiz muita coisa, tive muita alegria na TV Globo, não tenho nada de ruim para falar", declarou o humorista na época, em entrevista ao colunista do UOL Mauricio Stycer.
Graças à política de corte de gastos, a Globo encerrou o contrato, não só de Renato Aragão, mas de grandes estrelas da emissora, como Miguel Falabella, Aguinaldo Silva, Zeca Camargo, Vera Fischer, Tony Ramos, Tarcísio Meira e Glória Menezes. Aragão protagonizou 42 longas, produzidos entre 1965 e 2017.
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