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FENÔMENOS POR ACASO

Hits da Netflix: O que La Casa de Papel e Emily em Paris têm em comum

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Montagem com fotos das atrizes Úrsula Corberó em La Casa de Papel e Lily Collins na série Emily em Paris

Úrsula Corberó em La Casa de Papel e Lily Collins na série Emily em Paris; diferentes, mas iguais

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 11/1/2022 - 6h15

Dois dos maiores sucessos da Netflix, La Casa de Papel (2017-2021) e Emily em Paris têm mais em comum do que apenas a repercussão mundial e uma legião de fãs --e de críticos. As duas séries, apesar de temáticas e visuais completamente diferentes, foram parar na plataforma de streaming "por acaso".

A produção espanhola sobre um grupo de ladrões que decide assaltar a Casa da Moeda nasceu como uma série da rede Antena 3 e, acredite se quiser, foi um completo fracasso de audiência --a ponto de a TV cortar o número de episódios encomendados para encerrar a trama o quanto antes.

A Netflix comprou os direitos de exibição mundial e, contrariando todas as expectativas, viu a atração virar um fenômeno logo na estreia da primeira parte. Os fãs ficaram tão curiosos para acompanhar o resto da trama (que já tinha sido exibida na Espanha) que a plataforma decidiu contratar a cantora Sandy para uma campanha antipirataria. Confira:

Sem poder ignorar os números de La Casa de Papel mundialmente, a Netflix encomendou uma nova leva de episódios, contratando elenco e roteiristas para voltarem a trabalhar em aventuras inéditas. O sucesso se repetiu, e a série acabou com 26 capítulos extras, chegando ao fim em dezembro do ano passado --quatro anos após seu cancelamento original.

Emily em Paris, que se tornou a comédia de maior audiência da plataforma em 2020 e que na segunda-feira (10) foi renovada para mais duas temporadas, nem sequer deveria ter sido exibida pela Netflix. Assim como a atração dos ladrões espanhóis, a série estrelada por Lily Collins foi criada para um canal de TV.

As desventuras da norte-americana atrapalhada na capital da França foram desenvolvidas pelo criador Darren Star (de Sex and the City) para o Paramount Network, da ViacomCBS. A primeira temporada, inclusive, estava toda gravada e pronta para ir ao ar quando a pandemia estourou.

Só que o canal decidiu abrir mão da exibição de séries originais --atualmente, sua única produção ficcional é Yellowstone, a maior audiência da TV. Como Emily apela para um público totalmente oposto ao da atração com Kevin Costner (uma é jovem e moderninha, a outra é rural e com um público mais velho), os executivos do Paramount Network desistiram de estrear a novata.

A Netflix, que tinha paralisado todas as suas produções por causa da crise de saúde mundial, passou a buscar séries e filmes já gravados para preencher uma esperada lacuna de lançamentos. Encontrou na mocinha de Lily Collins um bom passatempo para manter parte de seu público entretido até a estreia de suas originais mais esperadas, como Stranger Things e The Witcher.

Só que Emily e sua turma superaram as expectativas dos chefões da Netflix e alcançaram números impressionantes. Também conseguiram indicações importantes ao Globo de Ouro e ao Emmy, apesar da trama bobinha e despretensiosa. Com apoio de crítica e público, ganhou uma segunda temporada --essa, sim, desenvolvida sob o olhar da plataforma-- e, apenas duas semanas depois da estreia dos novos episódios, assegurou mais dois anos.


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