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PROBLEMÃO

Netflix prevê escassez de conteúdo no início de 2021 por causa de pandemia

Divulgação/Netflix

Com o nariz sangrando, a atriz Millie Bobby Brown estende a mão para a frente para usar os poderes da Eleven de Stranger Things

Millie Bobby Brown em cena de Stranger Things: quarta temporada foi interrompida por pandemia

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 16/7/2020 - 22h00

Depois de minimizar os problemas que teria com a pandemia do novo coronavírus, a Netflix mudou o discurso e já admite que vai sofrer com a escassez de conteúdo no primeiro semestre de 2021. Grandes séries que seriam lançadas nesse período tiveram suas gravações interrompidas e, agora, só devem chegar à plataforma depois de julho.

É o caso da quarta temporada de Stranger Things, que deveria ser gravada entre janeiro e agosto deste ano para ser lançada no início do ano que vem. Os trabalhos foram paralisados em março, e não há previsão de voltar ao estúdios. Ou seja, as aventuras de Eleven (Millie Bobby Brown) e sua turma vão demorar mais do que o esperado --o terceiro ano, vale lembrar, foi lançado em 4 de julho do ano passado.

Ficar quase dois anos fora do ar é um problema para qualquer produção, até as mais bombadas --ninguém quer ser esquecido pelo público. E, no caso de Stranger Things, há um obstáculo a mais: o elenco adolescente cresce muito rápido, os atores já estão bem diferentes de quando a série começou, e a longa pausa nas gravações pode gerar erros de continuidade na história.

Na carta em que apresentaram os resultados trimestrais para os acionistas, os diretores da plataforma ressaltaram que o longo tempo de gestação de seus projetos os livrou de uma crise a curto prazo. "Nosso planejamento para lançamentos de séries e filmes originais em 2020 continua, em sua maior parte, intacto", informaram nesta quinta-feira (16).

No entanto, como ninguém esperava que a pandemia durasse tanto tempo, os efeitos a longo prazo passarão a ser sentidos no ano que vem. "Para 2021, de acordo com nosso plano atual, é esperado que as produções paralisadas resultem em um 'peso' maior [com mais conteúdo] na segunda metade do ano no que se refere aos nossos grandes títulos", admitiu a plataforma no comunicado.

"Apesar disso, prevemos que o número total de produções originais para o ano que vem será maior do que o de 2020. Vamos aumentar nosso conteúdo com filmes adquiridos, como The Trial of the Chicago 7, de Aaron Sorkin, e Bob Esponja: O Incrível Resgate (lançamento global, exceto para Estados Unidos e China). Também compramos temporadas completas e inéditas de séries como Cobra Kai e Emily in Paris, estrelada por Lily Collins", minimizou.

Os diretores da Netflix insistem, no entanto, que se sairão melhor do que os rivais na crise do audiovisual provocada pelo coronavírus. "A pandemia e as pausas na produção estão impactando nossos concorrentes igualmente. Mas, por causa da nossa grande biblioteca de conteúdo, com milhares de títulos e muitas recomendações, acreditamos que a satisfação dos assinantes continuará alta."


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