Antivax ou pró-SUS? Ator entrega opção de Fabian de Cheias de Charme após 10 anos

Quase dez anos após a estreia de Cheias de Charme (2012), parte do público noveleiro se pergunta como se posicionariam os astros fictícios da novela das sete no Brasil atual. Ricardo Tozzi, o intérprete de Fabian, aposta que o cantor defenderia o SUS (Sistema Único de Saúde) e dificilmente seria do movimento antivacina.

"Ele era muito humano. Então, acho que ele diria 'vacina, sim' para todo mundo, para que todos ficassem bem", opina Tozzi em entrevista ao Notícias da TV. Agora, sobre o posicionamento político do popstar, o ator prefere não arriscar: "Fabian era meio doido, né? Meio fora da casinha (risos). Então, não tenho a menor ideia". 

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Vaidoso e afetado, o cantor de sertanejo universitário vivia o auge do sucesso, tinha o título de Príncipe das Domésticas por causa da sua legião de fãs da classe trabalhadora e enfrentava um romance turbulento com Chayene (Cláudia Abreu), a vilã cômica do folhetim. 

"Foi muito gostoso fazer [a novela] porque tínhamos muito poder de criação para os personagens, e eu tinha dois [papéis] na trama. Até hoje me chamam de Fabian nas ruas. A novela se comunicou muito com o público", diz o ator, que também interpretava o mocinho Inácio. 

Protagonizada pelas domésticas Maria da Penha (Taís Araujo), Maria do Rosário (Leandra Leal) e Maria Aparecida (Isabelle Drummond), as Empreguetes, a obra faz sucesso até hoje na internet. Há centenas de vídeos virais no TikTok, com milhares de curtidas e visualizações. 

"Cheias de Charme foi um marco. É impressionante como tudo estava alinhado nesta novela. Desde os autores, passando pela direção e elenco, nós formamos uma família e fomos juntos para aquela linguagem um pouco mais colorida", lembra o artista. A novela foi reprisada no Vale A Pena Ver de Novo em 2016 e está disponível na íntegra no Globoplay. 

Reprodução/TV Globo

Chayene e Fabian formavam casal afetado

Carreira no humor

Com 15 anos de carreira na televisão, Tozzi coleciona personagens cômicos. "Eu sou um ator que faz comédia. Gosto de bons personagens e de contar histórias que emocionem, seja na comédia ou no drama. A ligação com o humor talvez aconteça porque eu gosto do lado ridículo das pessoas."

"Quando você expõe esse lado, gera uma identificação. A gente não tem que se levar muito a sério. Talvez por eu me divertir com os personagens, as pessoas também se divirtam comigo", acrescenta ele, que interpretou um vilão em sua última novela, Orgulho e Paixão (2018). 

Recentemente, o ator participou do Vai Que Cola, do Multishow. "Foi um convite muito feliz que eu recebi, pontual, para aquele momento em que a história mudou para o Leblon e precisavam de um personagem novo do bairro", entrega o intérprete de Tomás, um ex-rico endividado. 

Os episódios foram gravados no ano passado já durante a pandemia da Covid-19, com diversos protocolos sanitários. "Só nós estávamos gravando, todo mundo estava parado. Como era um elenco menor, conseguimos fazer 40 episódios. Foi um ato de resiliência, de coragem mesmo, para se comunicar com o público, que estava merecendo receber um pouco de humor", conclui.  

Veja as publicações do ator no Vai Que Cola:

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