UNIVERSO CINEMATOGRÁFICO DOS HERÓIS
DIVULGAÇÃO/DISNEY+
Anthony Mackie em Falcão e o Soldado Invernal; ator assumiu o posto de Capitão América
O MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) não para de se expandir. Com a introdução de novos super-heróis em 2021, a empresa começou a abraçar a diversidade e apresentar um pouco mais do mundo real em suas histórias. Personagens membros da comunidade LGBTQIA+, com deficiência e orientais ganharam espaço nas telonas e tiveram a oportunidade de representar certas minorias.
Além dos personagens inéditos, velhos conhecidos dos fãs do MCU receberam mais destaque neste ano. Sam Wilson (Anthony Mackie) superou o racismo em Falcão e o Soldado Invernal para assumir o manto do Capitão America. Enquanto isso, Loki (Tom Hiddleston) conseguiu admitir o gênero fluido durante sua série solo, depois de anos de opressão no cinema.
Para explicar este "fenômeno" da Marvel em 2021, o Notícias da TV conversou com o historiador e sociólogo Eduardo Molina. O professor explica por que a empresa decidiu abraçar a diversidade apenas neste ano:
A comunidade LGBTQIA+ ganhou mais força nesses últimos anos. Eu acho que eles conseguiram conquistar o seu espaço, e a partir daí, a cultura pop como um todo resolveu começar a dar mais voz para eles. E criar espaços para que eles pudessem se identificar também.
No entanto, Molina faz uma ressalva. Como acontece com todo produto, a questão econômica é importante. A Marvel sabe do potencial financeiro de um novo mercado. Enquanto a empresa presta um serviço com as histórias de representatividade, também consegue capitalizar com as mesmas tramas.
Apesar da motivação capitalista da companhia dos heróis, a introdução de novos personagens representando minorias têm importante função na sociedade. "Reforça uma ideia de igualdade. A cultura pop se tornou um fator fundamental para expor essas questões e fazer com que a população reflita mais sobre seu papel no meio disso tudo", esclarece o sociólogo.
Com a introdução de um herói asiático em Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis e a exibição de um beijo gay no filme dos Eternos, o MCU parece ter rompido todas as barreiras da diversidade. Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), Echo (Alaqua Cox) e Makkari (Lauren Ridloff) também contribuíram em termos de representatividade, com a reprodução de deficiências.
No entanto, mesmo com a introdução de personagens mais realistas, a Marvel ainda precisa abordar outros assuntos para representar cada segmento da população. Molina adianta qual deve ser o próximo passo da empresa:
Eu acho que a série da Kamala Khan, a Ms. Marvel, vai vir para quebrar um pouco dessa ideia preconceituosa que nós do ocidente temos com o pessoal do oriente. Nos quadrinhos, a personagem, filha de paquistaneses, sofre muito por ser mulher e muçulmana nos Estados Unidos. A produção deve trazer essa discussão, mas nas HQs o foco é religiosidade.
Com a série da Ms. Marvel programada para 2022, o próximo ano também deve contar com outra representação de minoria: o povo indígena. Ainda sem data de estreia, Echo pode explorar esta questão social em território estadunidense.
De origem indígena, Maya Lopez (Alaqua Cox) apareceu pela primeira vez em Gavião Arqueiro. Com poucas informações sobre o spin-off, o historiador acredita que a trama deve abordar a situação desta população: "A questão indígena nos Estados Unidos é muito forte. Existe um problema sério lá. Os americanos não sabem o que fazer com esta população".
Confira abaixo ao anúncio da série Echo:
#Echo da Marvel Studios, uma Série Original que estreia em breve. Só no #DisneyPlus. #DisneyPlusDaypic.twitter.com/0TeK92gPat
— Disney+ Brasil (@DisneyPlusBR) November 12, 2021
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