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ENTRE CIGARROS E SEGREDOS

Pesadelo da Globo e de artistas, Maria Zilda vira metralhadora de verdades

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Montagem de fotos com a atriz Maria Zilda sorridente em uma imagem e fumando um cigarro em outra

Espontânea e verdadeira, Maria Zilda diverte seguidores com lives sinceronas no Instagram

VINÍCIUS ANDRADE

vinicius@noticiasdatv.com

Publicado em 23/9/2020 - 7h15

O momento em que Maria Zilda Bethlem acende o cigarro durante uma live é o prenúncio de uma revelação bombástica, provocação ou simplesmente de uma história divertida sobre os bastidores da TV. Metralhadora de verdades até então secretas, a atriz criou um programa de entrevistas no Instagram para conversar com amigos e colegas de trabalho. Mas esses encontros virtuais descontraídos viraram um pesadelo para alguns artistas e até para a Globo.

Atriz que fez praticamente uma novela por ano entre as décadas de 1970 e de 2000, Maria Zilda virou uma contadora de causos na web. Maitê Proença, Ary Fontoura, Raul Gazolla e atores novatos já foram alvos de comentários sincerões da veterana de 66 anos.

Em um dos capítulos mais recentes dessas revelações, a atriz soltou que Maitê gosta muito de dinheiro e que "ela só faz live se pagarem".

Dias depois, em uma entrevista para o canal de Antonia Fontenelle no YouTube, Maria Zilda explicou que a colega não foi lhe cobrar satisfações porque "é chique" e que o comentário só foi feito porque era verdade mesmo, não um juízo de valor ou um "falar mal".

"Ela [Maitê] é muito gentil, educada, mas a única coisa que aconteceu foi que eu liguei para ela, como liguei para 80 atores, e nenhum deles me mandou ligar para a secretária. Ela mesma falou que só faz quando pagam, a não ser para divulgação porque está transformando os livros em e-book. Me deu uma explicação e pronto", ponderou a veterana em vídeo divulgado no último sábado (19).

Em uma de suas primeiras lives, feita com Elizângela, Maria Zilda resolveu contar sobre uma conversa que teve com Ary Fontoura quando eles trabalharam juntos pela primeira vez na novela Nina, em 1977. Segundo a atriz, o colega revelou que era "viado".

Para a jornalista Fabíola Reipert, do quadro A Hora da Venenosa, da Record, pessoas próximas ao ator negaram que ele tenha se assumido gay e disseram que a colega de profissão poderia estar sem assuntos nas lives e que, por isso, estava querendo falar sobre isso.

Mas temas não faltam nas conversas. Divertida, sem filtros e sincerona, Maria Zilda deixa seus convidados dispostos a se abrirem sem julgamentos. A Raul Gazolla, ela disse que nunca foi adepta do beijo técnico, elogiou o bumbum do ator e admitiu que agora está "recolhida" no quesito relacionamentos, mas que já pegou tanto na vida que até cansou.

Cansada de fazer novela

Maria Zilda tem muita experiência na arte de atuar, tendo vivido o seu auge nos anos 1980. Entre os papéis mais marcantes na TV estão a Verônica de Vereda Tropical (1984), a Vânia Guerra dos Sexos (1983) e a Léa de Caras & Bocas (2009).

 Maria Zilda como a personagem Emma, em Êta Mundo Bom! (2016) (Foto: Divulgação/TV Globo)

Fora das novelas desde 2016, quando fez Êta Mundo Bom!, a atriz disse que se cansou de fazer novelas porque não tem mais paciência com a nova geração. "Os jovens que trabalhavam ficavam fazendo Snapchat no celular durante a gravação. Em dia de cena, eles não estavam nem aí. Aí, quando chegava a hora de gravar, eles perguntavam para mim: 'Onde eu fico, hein?' e 'O que eu falo mesmo, hein?'", desabafou ela em uma de suas lives.

Sem paciência com quem está começando, a veterana contou o que respondia aos novatos: "Eu dizia: 'Acho que você deveria ficar em casa'". Desde então, Maria Zilda participou da série Magnífica 70, da HBO, em 2018. No ano seguinte, atuou em Chuteira Preta, disponível no Prime Video, Pico da Neblina, também da HBO.

A própria Globo virou assunto nas lives. Ao reclamar dos pagamentos que a emissora faz para os atores pelas reprises dos folhetins, a atriz citou que a TV tinha uma empresa na América Central para intermediar a venda desses produtos e, assim, repassar valores menores para o elenco. Além disso, ela e Elizângela falaram que o canal Viva paga "esmolas" pelas tramas reprisadas na TV paga.

O Notícias da TV procurou a Globo e questionou se em algum momento houve uma empresa na América Central para negociar a venda de programas, como novelas, para outros países. "A Globo não vende as novelas através de empresas com sede no exterior", enfatizou. Sobre as reprises, a emissora defende que "efetua todos os pagamentos referentes aos direitos conexos".

Veja a conversa da live de Maria Zilda com Elizângela sobre a Globo no vídeo abaixo, a partir dos 29 minutos:

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Maria Zilda começou a fazer as lives no Instagram durante a quarentena. As gravações de novelas já voltaram, as apresentações virtuais no YouTube reduziram a frequência, mas atriz continua firme e forte com as suas "lives da alegria" e as conversas irreverentes.

Antonio Fagundes, Miguel Falabella, Tony Ramos, Marcos Caruso, Marcos Pasquim, Nelson Freitas, Mateus Solano, Lucélia Santos, Patricya Travassos, Fafy Siqueira, Cininha de Paula, Marco Pigossi, Claudia Mauro, Carolina Ferraz, Giuseppe Oristanio, Evandro Mesquita, Tonico Pereira e Letícia Spiller foram alguns dos nomes que trocaram ideias com Maria Zilda online.

Outras lives ainda virão, provavelmente com outros segredos e mais cigarros. A atriz diz que fuma cinco cigarros por dia, mas que não pensa em parar. "Em meio a uma pandemia, em que não se pode namorar, abraçar os amigos, não vou poder fumar um cigarrinho? Vai torturar sua avó", brincou ela ao ser questionada sobre o vício durante uma conversa online.


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