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JOGOS OLÍMPICOS

Para manter hegemonia, Globo monta operação de guerra para Jogos de Tóquio

DIVULGAÇÃO/GLOBO

Galvão Bueno com uma blusa azul e calça marrom, em um fundo cinza, falando dos Jogos Olímpicos de Tóquio

Galvão Bueno, principal nome da cobertura dos Jogos de Tóquio na Globo, que começa sexta (23)

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 18/7/2021 - 6h50

O Notícias da TV finaliza neste domingo o seu especial de três reportagens sobre a cobertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio na TV brasileira. Principal emissora que vai exibir o maior evento esportivo do mundo, a Globo definiu seus pilares para os trabalhos que se iniciam na próxima sexta: emoção, superação e segurança. O último item é o principal, porque os Jogos acontecem durante uma pandemia da Covid-19.

"A pandemia mexeu completamente no nosso planejamento, que em grandes eventos como os Jogos Olímpicos leva em torno de dois anos de preparação", revelou Joana Thimoteo, diretora de eventos esportivos da Globo, em conversa com a coluna. Remontar um plano de logística foi um desafio para a emissora. Afinal, cobrir Jogos Olímpicos é sempre uma tarefa grandiosa.

Se não houvesse Covid-19, a Globo iria para o Japão com uma equipe de 200 profissionais e com um estúdio especial. Transmissões, programas e reportagem seriam feitos de Tóquio. Narradores como Galvão Bueno, Luiz Carlos Jr. e Luís Roberto estariam no país asiático.

A emissora, no entanto, só retomou o plano de cobertura para os Jogos de Tóquio no fim do ano passado. Ou seja, reduziu em 1/4 o tempo de preparação. "Nos debruçamos sobre nosso planejamento e buscamos alternativas que trouxessem mais segurança para nossas equipes e, ao mesmo tempo, não impactassem na qualidade da entrega do evento para o público", revela Joana.

Para não perder a qualidade, a Globo tomou uma decisão drástica: enviou apenas uma equipe primordial para cobrir com qualidade um grade evento. Repórteres estarão in loco, enquanto narradores e comentaristas ficam no Brasil. Bárbara Coelho e Carol Barcellos são as plantonistas da programação, com entradas ao vivo.

"Outra decisão foi não mandar na equipe ninguém que fizesse parte do grupo de risco, mesmo que já tivesse tomado as duas doses da vacina. Segurança é nossa prioridade número um", reforça Joana Thimoteo.

A emissora montou ainda uma grande operação de guerra para controlar quem entra e quem sai. Contando TV Globo e SporTV, a estimativa é de que 500 profissionais estejam envolvidos na cobertura dos Jogos Olímpicos. Todos ficarão concentrados no Rio de Janeiro. Ainda existem equipes focadas nas transmissões de futebol do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, que não param.

Joana Thimoteo explica o protocolo da equipe no Brasil para impedir surtos:

Durante os Jogos, teremos também um aumento de fluxo de profissionais em nossas redações e estúdios aqui no Brasil e temos protocolos de segurança específicos. Todas as áreas comuns já possuem divisória de acrílico e material de higienização, e o uso de máscara é obrigatório. Essas regras também vão valer, claro, para as novas áreas criadas especialmente para a cobertura dos Jogos, como o Estúdio Olímpico. Na redação, vamos continuar disponibilizando os itens de limpeza e fornecendo máscaras. Vamos oferecer toda a alimentação, que será apenas em locais previamente determinados. Quem tiver necessidade de tirar a máscara de proteção, por força do trabalho, será testado a cada 72h, assim como todos os profissionais que estão vindo de fora do Rio de Janeiro".

Quem foi para o Japão ficou em quarentena de sete dias no Brasil antes de embarcar. Após a chegada em Tóquio, ficam mais quatro dias no hotel. Entre o quarto e o 14º dia, só é possível circular entre as arenas de competição. A Globo alugou carros particulares para todos os profissionais. Na redação da emissora em Tóquio, a Globo vai seguir os mesmos protocolos adotados no Brasil, com higienização diária, divisórias de acrílico nos postos de trabalho e a obrigatoriedade de uso de máscara.

Equipe da TV aberta

No SporTV, a promessa é de 840 horas de cobertura com quatro canais lineares. No Globoplay, haverá 45 sinais livres enviados pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) com todas as modalidades. Na TV aberta, a prioridade é mostrar os eventos em que o esporte brasileiro tem chance de medalha.

"Se tiver brasileiro na disputa, pode ter certeza de que o evento estará na tela da Globo. O Brasil é protagonista da nossa transmissão. Os principais esportes em que o Brasil têm tradição, além das provas em que atletas brasileiros têm chance de medalha, estarão na nossa programação. E, é claro, as cerimônias de abertura e encerramento", diz a Comunicação da Globo sobre as prioridades. Por dia, serão 12 horas no ar --entre 22h30 e 11h45. Os telejornais da madrugada e manhã da Globo serão reduzidos. 

Na divisão de narradores por esporte, Galvão Bueno vai narrar os jogos de futebol da Seleção Brasileira masculina e feminina, além de comandar a Cerimônia de Abertura com Marcos Uchôa na próxima sexta-feira (23), a partir das 8 da manhã. Cléber Machado ficará à disposição para as coberturas.

Luis Roberto também entra nesse esquema horário, mas fará prioritariamente eventos de vôlei --para repetir o sucesso e elogios que teve nos Jogos do Rio-2016. Uma novidade é a escalação de Everaldo Marques, em sua primeira cobertura de Jogos Olímpicos na Globo. O ex-ESPN vai comandar as transmissões de skake e surfe, as novidades em modalidades de 2020. Rogério Corrêa e Rembrandt Júnior completam o time.

Para comentar, a Globo se reforçou. Além de ex-atletas que já fazem parte de seu núcleo esportivo, como Nalbert, Hortência Marcari, Daiane dos Santos, Gustavo Borges e Carlão, chegaram nomes como Fabiana Claudino, Thaísa Daher, Sheila Castro, César Cielo, Jade Barbosa, Emmanuel Rego, Diego Hypolito e Joanna Maranhão, Bob Burnquist, Cristiane Rozeira, Miguel Pupo, Aleio Muniz, entre outros. Serão 100 comentaristas de 50 modalidades diferentes.

O Japão transportado para a Globo

Mesmo sem estar no Japão majoritariamente, a Globo teve uma ideia de tentar se transportar ao país asiático. Para isso, montou um espaço tecnológico nos Estúdios Globo com soluções virtuais para dar a sensação de que sua equipe está no país em fato. Transmissões e programas esportivos, como o Globo Esporte e o Esporte Espetacular, serão comandados deste espaço. 

"Faremos as pessoas se sentirem na sede dos Jogos Olímpicos. Teremos muitas soluções virtuais no estúdio. Câmeras instaladas no alto de um prédio em Tóquio vão transmitir imagens ao vivo da capital japonesa para os cerca de 80 metros quadrados de telões de LED do estúdio, que darão a impressão de que trouxemos o Japão para cá", comenta Joana Thimoteo.

A executiva não nega que existe uma preocupação por tudo o que ocorre no mundo. Ao mesmo tempo, afirma que existe uma missão para a Globo cumprir. E seus profissionais querem muito fazer um bom trabalho, dentro de todos os cuidados.

"A grande diferença será em uma edição muito simbólica, sem público, e os atletas representando essa reunião dos povos em um tempo tão difícil. São essas histórias de resiliência, superação, emoção, força de vontade que contaremos nas mais de 200 horas de transmissões da TV Globo e nos quatro canais do SporTV com o melhor das Olimpíadas em mais de 840 horas de transmissão", conclui Joana.


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