Morte de Quanto Mais Vida, Melhor entrega perrengue e cena repetida '100 vezes'

Em Quanto Mais Vida, Melhor!, a Morte (A Maia) surge como uma verdadeira deusa, com todos os tamanhos, diversos tipos de roupa e nos lugares mais inusitados. Tudo isso requer efeitos especiais e jogo de cintura da intérprete da figura mitológica, que logo na primeira novela de sua carreira precisou aprender a contracenar com um fundo verde para poder se transformar na força da natureza que é vista na novela das sete da Globo. 

"Quem vê na TV não imagina a dificuldade que é fazer essas cenas, que são muito técnicas e exigem movimentos minuciosos. Cada sequência daquela, a gente vê rapidinho, mas demora de quatro a seis meses para ficar pronta. É muita repetição, é um tiro no escuro, porque você tem que trazer atuação em uma profundidade e ao mesmo tempo desconstruir esse lugar mecânico que é o chroma key", descreve a atriz em entrevista ao Notícias da TV.

Nas primeiras cenas da ceifadora de almas, exibidas no início da trama de Mauro Wilson, ela apareceu cercada por nuvens e com uma estatura gigante. Na ocasião, a entidade se apresentou aos protagonistas e lhes deu uma segunda chance. Em determinado momento, quando os quatro tentavam entender com quem estavam falando, apareceu apenas um enorme olho da poderosa. Tal sequência, segundo Maia, foi repetida exaustivamente.

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"Essa cena eu repeti mais de cem vezes. Era uma coisa muito chique, aquela câmera robô de milhões, que tinha de piscar naquele exato momento, é muito técnico. Quando vejo todo o trabalho meus olhos se enchem de lágrimas, orgulho e tesão de ter feito e ter eternizado essa personagem que estreou já fazendo sucesso", descreve ela.

Parte desse êxito, de acordo com a artista, tem a ver com o fato de que ela começou a ser reconhecida nas ruas de Portugal, país onde atualmente mora, além de já ter presenciado algumas reações engraçadas do público.

Fui no Brás produzir meu show, porque fiz um festival LGBTQIA+ em São Paulo, e as pessoas estavam se escondendo, fazendo brincadeiras. Foi um assédio que eu não esperava, muita gente me reconhecendo e pedindo fotos. Esses dias fui a uma churrascaria e me reconheceram. As pessoas aqui em Portugal já me reconhecem, isso é muito legal e é sinal de que o trabalho está legal.

Entretanto, A Maia relata que, originalmente, a Morte teria um papel um pouco mais contido na história e apareceria apenas no Céu, de onde daria recados para os protagonistas. A atriz diz que bateu o pé para que a personagem aparecesse mais no mundo mortal -- ela já deu as caras até em um jogo de futebol de Neném (Vladimir Brichta). 

"A princípio ela não viria para a Terra, ficaria só no Céu e apareceria esporadicamente. Fomos criando, bati com o diretor e disse que cada aparição da morte fosse 'a aparição', porque não é uma personagem cotidiana. Ela está ali também para aconselhar e guiar como um anjo, anjo da morte", destaca. 

Troca-troca insano

No folhetim, a Morte armou uma bela peça e trocou os corpos de Paula (Giovanna Antonelli), Neném, Flávia (Valentina Herszage) e Guilherme (Mateus Solano). Com isso, ela pretende fazê-los aprender na marra a terem empatia e a compreenderem o real valor da vida.

A situação trará uma serie de complicações, como Paula tendo que aprender a lidar com uma bola e Flávia desmaiando dentro de um centro cirúrgico. Ao mesmo tempo, abrirá os olhos dos personagens. Guilherme, por exemplo, enfim perceberá como sua mãe sempre foi uma pessoa controladora e cruel.

"É o momento em que sinto uma virada: 'Ou vocês aprendem dessa vez, ou não sei o que farei com vocês'. Acho que deveria ser um exercício diário de todos nós. Faço muito isso, de me colocar em outra experiência, sair da minha zona de conforto. Acho que essa troca de corpos é muito isso. Sinto que será um grande momento na novela", opina A Maia.

Quanto Mais Vida, Melhor! deve deixar a programação da Globo em maio, quando abrirá espaço para Cara e Coragem, novela que abordará o universo dos dublês e será protagonizada por Paolla Oliveira, Marcelo Serrado e Taís Araujo.

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