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SÉRIE ITALIANA

Novelão da HBO, My Brilliant Friend traz emoção, aflição e revolta na 3ª temporada

DIVULGAÇÃO/HBO MAX

As atrizes Margherita Mazzuco e Gaia Girace olham para a câmera, com expressão séria, caracterizadas como suas personagens na série My Brilliant Friend

As atrizes Margherita Mazzuco e Gaia Girace na terceira temporada de My Brilliant Friend

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 2/3/2022 - 6h20

Quem acompanhou My Brilliant Friend nas duas primeiras temporadas já está acostumado com o clima de "novelão" da atração: muitos dramas familiares, românticos, brigas e gritarias bem italianas e reviravoltas em relacionamentos são ingredientes fundamentais. Mas agora a série chega à terceira temporada e tudo fica mais sério. Os novos episódios mostram não só desilusões e traições amorosas, mas muitos conflitos políticos e surgimentos de temas como feminismo e comunismo. 

A terceira temporada de My Brilliant Friend estreou na HBO e na HBO Max no Brasil na segunda (28) e é baseada no terceiro livro da tetralogia napolitana de Elena Ferrante --chamado História de Quem Vai e de Quem Fica. Nesse ponto da história, as protagonistas e melhores amigas Lila (Gaia Girace) e Lenú (Margherita Mazzucco) se tornaram mulheres adultas e têm de lidar com questões sérias de suas vidas completamente diferentes.

Após um casamento muito conturbado, Lila se separou, passou a viver com Enzo (Giovanni Buselli) e enfrenta dificuldades. Para criar o filho (cujo pai não colabora), ela trabalha numa fábrica de embutidos, em condições miseráveis e insalubres, que prejudicam sua saúde. 

Já Lenú está noiva de um professor, filho de uma família tradicional italiana, e faz sucesso com a publicação de seu primeiro livro --menos entre sua família e seus antigos vizinhos, que se ressentem por ela ter saído do bairro, estudado e escrito uma história considerada "lasciva". 

Mas as coisas em My Brilliant Friend nunca ficam como estão. Lila tem uma virada quando sua experiência sofrível na fábrica toma grande repercussão na imprensa italiana e entre grupos políticos de esquerda. Esta é a temporada mais política da série, com muitas discussões sobre direitos dos trabalhadores, fascismo e comunismo. 

Enquanto a luta de Lila se torna mais ampla, a de Lenú é mais doméstica. Ela enfrenta o machismo mesmo dentro de um ambiente intelectual, quando se torna mãe e se vê presa à vida de dona de casa, ao passo que seu marido ignora suas vontades e ascende na carreira. O feminismo entra na vida dela como uma forma de entender e enfrentar as dificuldades.

Ao mesmo tempo, um amor do passado está sempre por perto: Nino Sarratore (Francesco Serpico), que também teve um caso com Lila. A relação entre ele e Lenú se torna incerta, turbulenta e aflitiva. 

A terceira temporada caminha pelos anos 1970 e faz um recorte da vida das mulheres e da sociedade naquela época, o que por muitas vezes é difícil de assistir e de engolir hoje, no século 21. Lila e Lenú voltam a se alternar na posição da "amiga genial" da história, sempre ligadas uma à outra. Não faltará emoção e drama para o telespectador ao longo dos oito episódios. 


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