MOCINHA SOFREDORA
FOTOS: BLAD MENEGHEL/RECORD
Michelle Batista interpreta Lia em Gênesis; nobre já teve a sua história contada em série da Record
Gênesis enfrentará mais um momento delicado a partir desta terça (6), quando avançará para a sexta e penúltima fase, que levará o nome de Jacó (Enzo Barone/Miguel Coelho). O filho de Rebeca (Barbara França/Martha Mellinger), entretanto, está longe de ser o principal personagem da história --afinal, Lia (Bruna Perdigão/Michelle Batista) é a protagonista que a Record pediu a Deus.
A produção já havia passado por maus bocados ao trocar os efeitos especiais das três primeiras fases para ganhar um tom mais folhetinesco em Ur dos Caldeus. O público não comprou o triângulo amoroso de Terá (Ângelo Paes Leme), Nadi (Camila Rodrigues) e Amat (Branca Messina), e a emissora viu parte da audiência fugir durante os seus 36 capítulos.
Abraão (Zécarlos Machado), porém, mostrou que era realmente o escolhido de Deus ao se tornar o protagonista da produção e reverter a tendência de queda. O profeta caiu no gosto popular e, também por problemas nos bastidores e atrasos nas gravações, a rede de Edir Macedo não poupou esforços para espichar a quinta fase.
A Record, aliás, está longe de ter uma dor de cabeça com a morte do patriarca no folhetim de Camilo Pellegrini, Stephanie Ribeiro e Raphaela Castro. As fases finais já foram previamente testadas nas minisséries José do Egito (2013) e Lia (2018), ambas com boa repercussão e retorno no ibope.
A personagem de Michelle Batista, sem dúvida, é uma das principais cartas na manga da emissora para voltar a crescer em cima do Jornal Nacional e da malfadada "edição especial" de Império. A filha de Labão (Brenno Leone/Maurício Mattar) é uma representação perfeita daquela mocinha que come o pão que o diabo amassou e dá a volta por cima.
Lia já começou a atravessar uma via-crúcis ao ser desprezada pelo pai, que não tem coragem sequer de olhá-la na cara por conta da semelhança física com a mãe, Adinah (Michelle Batista). Ela também é menosprezada pelos irmãos, principalmente Amir (Luigi Matheus/Paulo Gabriel), que a culpa pela morte prematura da matriarca.
A jovem também foi assediada pelo avô Betuel (Roberto Bomfim) e se tornou uma das principais suspeitas de seu assassinato à sangue-frio. O sofrimento não deve acabar tão cedo, já que ela também será chamada de "feia", "doente" e "raquítica" ao ser oferecida em casamento a um amigo da família nas cenas que serão exibidas a partir de sexta (9).
Ela ainda despertará o interesse de Jacó, que se refugiará em Harã depois de ser ameaçado de morte por Esaú (Breno Morais/Cirillo Luna), mas o rapaz rapidamente se engraçará para o lado de Raquel (Allana Lopes/Thaís Melchior) --sua irmã e principal rival na narrativa.
O telespectador, diga-se de passagem, não deverá se assustar por sentir um déjà vu ao ver Lia ser apedrejada por todos. Tão velha quanto o Velho Testamento, a sua história serviu de inspiração para boa parte das mocinhas "vingativas", como a Clara (Bianca Bin) de O Outro Lado do Paraíso (2018).
O folhetim de Walcyr Carrasco até tropeçou na primeira fase, mas deu a volta por cima e virou um fenômeno a partir do momento em que a jovem escapou do manicômio e voltou a Palmas para dar o troco em seus algozes.
A principal questão para a Record é aprender com os erros da concorrência, dosar o sofrimento de Lia e não cair na tentação de picotar ainda mais os capítulos para espichar Gênesis. Quem sabe, assim, a novela não volta a repetir os bons números que foram inflados pelos efeitos especiais nos primeiros meses de exibição?
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