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30 ANOS DA MORTE

Após viver Ayrton Senna no teatro, Hugo Bonemer vira Piquet em série da Netflix

Divulgação/Caio Gallucci

Vestido com macacão vermelho de piloto de Fórmula 1, Hugo Bonemer segura um volante imaginário e grita

Hugo Bonemer deu vida ao piloto brasileiro no espetáculo teatral Ayrton Senna, o Musical

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 1/5/2024 - 18h00

Há exatos 30 anos, em 1º de maio de 1994, Ayrton Senna (1960-1994) morria em um trágico acidente na curva Tamburello, do Grande Prêmio de Ímola. Na época, Hugo Bonemer tinha apenas seis anos e só se lembra de cair no choro por ter visto o pai e o irmão mais velho às lágrimas --embora não entendesse muito bem o que estava acontecendo. Três décadas depois, o piloto virou uma parte essencial da vida e da carreira do ator.

É que, em 2017, Bonemer foi escalado para interpretar o ídolo brasileiro no espetáculo Ayrton Senna, o Musical. Ele também está no elenco de Senna, série da Netflix que vai contar a vida do piloto --desta vez, na pele de Nelson Piquet, um dos rivais do ícone tanto dentro quanto fora das pistas. O papel de Ayrton ficou com Gabriel Leone, com quem Hugo já havia contracenado na temporada 2013 de Malhação (1995-2020).

"Contar o outro lado da história é um dos grandes objetivos de todo ator. Já contei pelo lado do Senna, e agora tenho o do Piquet, o que enriquece muito a minha experiência. Estou virando um entendido do assunto", conta o ator de 36 anos em conversa com o Notícias da TV.

Como a produção da Netflix é cercada de contratos de confidencialidade, Bonemer não pode falar muito sobre o que vem por aí --até terça (30), aliás, ele sequer estava liberado para contar quem seria seu personagem na produção. Sem dar spoilers, o artista adianta como construiu sua versão de Piquet:

Ele é uma figura que, na época, não tinha a sua vida pessoal tão exposta. A pergunta que eu mais me fiz durante o processo foi: como será que é ver outra pessoa, mais nova do que você, chegar depois e fazer mais sucesso?

O ex-participante do Show dos Famosos admite que Senna foi um divisor de águas em sua carreira. "Pela primeira vez, eu senti o que é interpretar um ícone, uma dessas grandes figuras da história mundial. O Senna é o tipo de papel que todo ator procura, porque ele se conecta muito rápido com o emocional do público. Se o objetivo do ator é fazer as pessoas se emocionarem, com um papel desses você já tem 90% do trabalho feito."

"O musical mudou minha vida em vários aspectos. Foi um trabalho importante, que me reposicionou no mercado. O Senna trouxe para mim um senso de disciplina maior, foi o que ficou do personagem. Era um musical tão físico, meio circense, que eu acabei muito mais disciplinado", lembra o ator.

"E, ao mesmo tempo, me fez questionar muito com qual velocidade eu quero as coisas na minha vida. Porque a gente não pode esquecer que o Senna é um exemplo de muitas coisas positivas, mas também é um símbolo de... Ele morreu numa corrida, né? Então, passei a me questionar sobre essa sede de pódio também. Fiquei mais tranquilo, mais calmo com meus objetivos."

De volta aos palcos

Com a série Senna já toda gravada --ele trabalhou no meio do ano passado--, Hugo Bonemer atualmente se dedica aos ensaios de Querido Evan Hansen, seu primeiro musical desde que encerrou Senna.

"É emocionante demais voltar ao teatro. Como é gostoso estar em uma sala de ensaio! Se bobear, gosto mais de ensaiar do que de apresentar (risos). É muito bom explorar essa história, a narrativa. E é tão bom fazer. Todas as outras áreas artísticas que eu exploro têm um resultado muito mais demorado. Voltar ao teatro é poder ter a resposta imediata do público."

A nova produção não poderia ser mais diferente de Senna: conta a história de Evan (Gab Lara), um jovem tímido e vítima de bullying que, por um acaso do destino, é confundido com o melhor amigo de Connor (Bonemer), um rapaz depressivo e que acaba tirando a própria vida.

Mas, ao perceber que a confusão pode lhe render boas oportunidades, inclusive uma proximidade com Zoe (Thati Lopes), irmã do morto, o protagonista embarca na mentira --e acaba se enrolando em uma bola de neve que foge totalmente de seu controle.

"É uma história muito atual, sobre uma geração que não se conecta mais uns com os outros porque estão todos conectados ao celular, eles fazem tudo pela internet", adianta Hugo. "É sobre pessoas que criam vidas imaginárias nas redes sociais. O musical fala sobre as mentiras que a gente inventa."

A estreia de Querido Evan Hansen está marcada para 13 de junho no Rio de Janeiro e 2 de agosto em São Paulo. Os ingressos já estão à venda.

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