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DOCUMENTÁRIO

Primeiro a noticiar morte de Senna, Cabrini volta à curva Tamburello 30 anos depois

Fotos: Divulgação/Record

Roberto Cabrini tem expressão séria no GP de Ímola durante gravação para documentário sobre Ayrton Senna

Roberto Cabrini gravou para o documentário de Senna no circuito de Ímola, onde piloto morreu

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 25/4/2024 - 14h20

Roberto Cabrini voltou a Ímola, na Itália, para rodar o documentário Senna 30 Anos: O Dia que Ainda Não Terminou, que a Record exibe neste domingo (28) para marcar as três décadas da morte de Ayrton Senna (1960-1994). O jornalista foi o primeiro a noticiar que o piloto não havia sobrevivido ao acidente na curva Tamburello --que virou cenário das gravações.

"Voltar à Tamburello trouxe uma série de emoções, como saudade e tristeza pela perda de um amigo querido que sempre representou a busca pela perfeição. Este retorno, 30 anos depois, simboliza ainda o final de uma era no esporte e também o inicio de um trabalho de investigação que jamais se encerrou e continua revelando ângulos de uma tragédia multidimensional", declarou o jornalista ao Notícias da TV.

Em 1994, Cabrini era correspondente internacional da Globo na Europa e, cobria, entre outras coisas, as provas de automobilismo por lá. Assim, tinha desenvolvido uma relação de proximidade com Senna. Como já estava na Itália para o GP de San Marino, ele foi destacado pela emissora para ir até o Hospital Maggiore, em Bolonha, para onde o piloto tinha sido levado.

Lá, percebeu pela movimentação dos médicos que a situação era grave. Acabou responsável por dar a notícia que nenhum brasileiro gostaria de ouvir. "Eu sabia que iria anunciar a morte de Ayrton Senna. Eu estava abalado, do ponto de vista pessoal, mas eu também sabia que havia todo um país à espera das minhas informações", afirmou ao Domingo Espetacular no ano passado.

"Do ponto de vista pessoal, a cobertura da morte do Senna marca o início da minha grande jornada como jornalista investigativo. Nos anos 1970 e 1980, eu atuava no esporte, mas nos anos 90 já havia me tornado correspondente internacional na Europa e já me dedicava também a algumas investigações", continua Cabrini à reportagem.

"Um ano antes da morte de Senna, eu fui responsável por um grande furo, a localização de PC Farias [1945-1996]. Mas é quando ele morre que começa a minha jornada no jornalismo investigativo e nas coberturas de guerra, com a qual tantos prêmios conquistei. A morte do Senna traz para mim muitas leituras. Esse 1º de maio de maio de 1994 traz várias leituras, tanto pessoal como do ponto de visa profissional", aponta o jornalista.

A conexão pessoal com o caso fez com que Cabrini nunca parasse de investigar o que houve com Senna naquela corrida. Ou seja, o documentário é o ápice de uma apuração que já dura 30 anos. A Record promete "a mais completa produção já realizada até hoje sobre os dias que antecederam o trágico acidente que tirou a vida do piloto".

Cabrini caminha pela Tamburello, local do acidente

Ao longo das três décadas, o jornalista colheu uma série de depoimentos que são resgatados em O Dia que Ainda Não Terminou, como uma rara entrevista com a mãe do piloto, Neyde Senna --normalmente avessa a falar.

Também há entrevistas com outros personagens envolvidos naquele 1º de maio: a namorada de Senna, Adriane Galisteu; o médico italiano Giovanni Gordini, primeiro a atender o piloto; e Betise Assumpção, assessora de Ayrton na época, que fala pela primeira vez tudo o que viu e ouviu no dia fatídico.

Galvão Bueno, amigo pessoal de Senna e voz da corrida que acabou em tragédia, também gravou uma participação no documentário --o narrador foi liberado pela Globo para conversar com Cabrini sobre o piloto.

O próprio Cabrini abriu seu arquivo pessoal e recuperou momentos inéditos, que revelam um Senna bem diferente daquele conhecido pelo público. Ao longo de quatro meses de pesquisas intensas, ele gravou para o documentário em quatro países diferentes: Brasil, Itália, San Marino e Inglaterra.

Senna 30 Anos: O Dia que Ainda Não Terminou também resgata a inesquecível trajetória do piloto de Fórmula 1, para mostrar como o legado de Ayrton ainda persiste, mesmo três décadas depois de sua morte. Um documento que promete desvendar o homem por trás da lenda. 

Os principais momentos do documentário serão exibidos no Domingo Espetacular, no ar a partir das 19h45. À meia-noite, o Câmera Record exibe o especial na íntegra. Senna 30 Anos também estará disponível no PlayPlus, plataforma de streaming da emissora.


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