FILHA VETADA
REPRODUÇÃO/SBT
Silvia Abravanel e Silvio Santos no programa dele em março de 2019; filha foi proibida de voltar ao SBT
O drama vivido por Silvia Abravanel em abril por causa da Covid-19 fez Silvio Santos proibira filha de voltar ao SBT. A apresentadora do Bom Dia & Cia está curada depois de passar 11 dias internada, mas foi vetada pelo próprio pai de pisar na emissora até estar completamente imunizada contra a doença.
"Ele não quer me deixar trabalhar. Como fiquei hospitalizada, ele falou: 'Não quero você na televisão enquanto não tomar a segunda dose'", entrega Silvia para o Notícias da TV. Ela deve receber a primeira vacina em breve, pois tem 50 anos e faz uso de anticoagulante por ter tido embolia pulmonar em 2017.
"Meu coração está minúsculo, menor do que a ponta do alfinete. Sinto saudade da minha família Bom Dia & Cia. Sinto saudade do público, das crianças e de estar nos lares das famílias. Faço o que amo", declara.
Em 2020, a pandemia afastou a comunicadora de seu programa de março a novembro. Desde então, ela comandava o matinal seguindo o rígido protocolo de segurança contra o coronavírus. No entanto, em março último, foi preciso parar tudo novamente por ordem da direção após uma pessoa da equipe testar positivo. "Tomaram essa decisão para resguardar a todos", relembra.
Silvia, então, partiu para o sítio da família para ficar isolada com as filhas Luana, de 23 anos, e Amanda, de 15. Uma assessora da apresentadora e as cuidadoras das meninas acompanharam o trio, pois a primogênita da artista é portadora de galactosemia --condição caracterizada pela incapacidade do organismo de metabolizar a galactose em glicose.
Infelizmente, foi em seu refúgio que a herdeira de Silvio Santosteve contato com o vírus. Segundo ela, lamentavelmente, uma funcionária da propriedade se expôs e, sem saber, contagiou todo o grupo que estava em quarentena no local. Começou aí o pesadelo da família. "Acabei formando um covidário dentro da minha casa", lamenta ela.
"Quando testei positivo [em 28 de março], eu desabei. Fiquei apavorada. Foi uma coisa assustadora", admite. Rapidamente, o alarde psicológico passou, pois era preciso tomar conta das meninas, que também estavam com coronavírus.
"Cuidei muito delas. Não deixava ter febre, alimentava muito bem, dava muito líquido, monitorava a saturação e a temperatura umas seis vezes por dia. Ficava diretamente com elas", relembra.
Incansável no cuidado com as filhas, Silvia sentiu com mais força os sintomas do vírus. Ela confessa que se privou do sono por se preocupar com a prole. "Acho que foi isso que deu uma queda na minha imunidade", relembra.
Em 5 de abril, a também empresária foi internada após uma piora em seu estado de saúde. Nos três dias que antecederam a ida à emergência, ela ficou letárgica e desmaiou. "Cai de repente. Em 20 minutos minha saturação caiu de 93 para 87. Cheguei ao hospital sem saber como eu estava", detalha.
Foi um susto para todo mundo. Você fica com medo mesmo sabendo que está bem assistida. Essa é uma doença traiçoeira, porque não é de dia a dia, é de minuto a minuto. Você está bem agora e em cinco minutos passa mal.
A diretora de TV ficou 11 dias lutando contra a Covid-19 e respondeu bem ao tratamento sem a necessidade de intubação. "Colocaram um cateter dentro do meu coração para a medicação ir mais rápido, porque a pneumonia estava evoluindo muito. Eu já tive pneumonia e embolia; por isso, os médicos não podiam deixar o vírus evoluir", observa.
Ainda na unidade hospitalar, Silvia precisou monitorar o tratamento das filhas à distância. Felizmente, uma das cuidadoras das garotas apresentou rápida melhora e pôde zelar por elas até a alta da comunicadora, em 16 de abril. "Foi uma recuperação até rápida. Meu organismo reagiu bem, graças a Deus. Estou viva!", comemora.
O coronavírus, no entanto, deixou sequelas na artista. Olfato e paladar ainda não retornaram 100%. Além disso, ela teve a audição afetada. "Fiquei sem ouvir durante bastante tempo. Agora que voltou", constata.
"Ainda sinto cansaço e estou um pouco sequelada. Tenho bastante falta de memória. Estou até engraçada, porque me comparo com a Dory, do filme Procurando Nemo [2003]. Fico engraçada porque não lembro o que a pessoa falou há cinco minutos, não lembro o lugar que acabei de passar... Essa doença acomete muita coisa neurológica. Os médicos falam que é aguardar a melhora com o tempo. Não tem o que fazer", relata.
O grupo contaminado no sítio de Silvia se recuperou da enfermidade. Apenas Amanda também apresenta um pouco de cansaço após a cura. Mas, agora, o momento é de gratidão. Do período turbulento no hospital, a filha número dois de Silvio Santos relembra que precisou ser forte pelas herdeiras e pela família Abravanel.
Eu procurava deixar todo mundo tranquilo. Não assustei ninguém. Eu conversava com meus pais todos os dias. Mas eu falava mais por mensagem, porque ficava cansada. São cinco irmãs, mais meu pai e minha mãe, ou seja, sete pessoas. Eu mandava um áudio só porque falar com todo mundo era muito cansativo (risos). É uma família grande, graças a Deus.
Entre as mensagens que mandava para Silvio Santos, a apresentadora entrega o alerta que fez para o próprio pai. Ela admite que o veterano não retornou para o SBT pois as irmãs se uniram para mantê-lo em casa. "Eu falava para ele: 'Por favor, não é brincadeira. Eu estava bem até outro dia'. Essa doença é rápida. Não é uma gripezinha", desabafa.
Segundo ela, o temor do clã Abravanel é o assédio ao dono do Baú caso ele decida voltar ao SBT agora que está vacinado. "A gente está vendo aí essa terceira onda. Muita gente vai querer abraçar. E é assim: quando você vê, já abraçou. As pessoas não vão resguardá-lo como tem que resguardar. Então, se ele puder ficar mais um tempo em casa, a gente agradece", finaliza.
Veja publicações de Silvia Abravanel sobre a cura da Covid-19:
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