DIA INTERNACIONAL DA MULHER
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Peggy Olson (Elisabeth Moss) em cena de temporada final de Mad Men; de mera secretária a publicitária
O papel da mulher na sociedade se transformou neste século, e as obras televisivas acompanharam essa evolução. Personagens de séries como Big Little Lies e Grace and Frankie são exemplos de como o espaço feminino nessas narrativas mudou. Agora elas podem ser protagonistas com visões próprias, sem necessariamente estarem atreladas à presença de uma figura masculina para terem voz.
Diferentemente da dona de casa Lucy (Lucille Ball) em I Love Lucy (1951-1957), que era vista basicamente no ambiente doméstico, produções mais recentes retratam suas mulheres como personagens em nível de igualdade com os homens.
Em Mad Men (2007-2015), Peggy Olson (Elisabeth Moss), por exemplo, deu um chega para lá nos machistas da agência Sterling Cooper e se tornou a primeira mulher redatora do time de criação. E isso em plenos anos 1960.
As mulheres da terceira idade também não são mais retratadas somente como avós fofas e superprotetoras. Em Grace e Frankie, as personagens de Jane Fonda e Lily Tomlin arregaçaram as mangas e começaram a empreender em algo voltado para pessoas da mesma faixa etária.
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado neste domingo (8), o Notícias da TV relembra a trajetória de personagens da ficção que têm algo a ensinar para a mulher moderna de hoje:
reprodução/AMC
Peggy Olson teve grande evolução em oito anos de Mad Men: de secretária a publicitária
Em Mad Men (2007-2015), Peggy começou a série como secretária do protagonista Don Draper (Jon Hamm) na agência de publicidade Sterling Cooper. Em um dos episódios da primeira temporada, ela se destacou com ideias revelantes para uma campanha de batom e virou a única redatora no time de criação da agência.
No 12ª episódio da sétima temporada da série, há uma cena da personagem que virou referência para os fãs de Mad Men: Peggy aparece com uma caixa de papelão nas mãos, se mudando para uma agência de publicidade maior e com mais prestígio. Uma conquista para quem começou como assistente do chefão.
reprodução/hbo
Celestre Wright (Nicole Kidman) e seu marido Perry (Alexander Skarsgård); abusos constantes
A série Big Little Lies, da HBO, é repleta de personagens femininas fortes, mas Celeste Wright (Nicole Kidman) é a que mais tem a ensinar para a mulher moderna. Ela sobreviveu aos constantes abusos do marido, Perry (Alexander Skarsgård).
Atormentada pela violência física e psicológica cometida por seu companheiro, a personagem de Nicole também assistiu à cena de seu assassinato. Foi somente depois desse episódio dramático que ela se tornou consciente dos traumas da relação e reconheceu que nada do que aconteceu tinha sido sua culpa.
reprodução/prime video
Midge Maisel (Rachel Brosnahan) em cena de stand-up; momento catapultou sua carreira
Miriam "Midge" Maisel (Rachel Brosnahan), de The Marvelours Mrs. Maisel, tinha a vida perfeita para uma mulher dos anos 1950: jovem judia, bonita, de família rica, casada com um homem bem relacionado e mãe de dois filhos pequenos. Mas sua história mudou de rumo quando o marido a deixou para ficar com a secretária.
Embrigada, Midge foi a um clube de comédia para espairecer, mas decidiu subir no palco e contar tudo o que havia acontecido. Com muito humor e deboche, a futura comediante chamou a atenção de Susie Myerson (Alex Borstein), que a abordou com um convite para fazer stand-up profissionalmente. A série está na terceira temporada, e Midge agora já é uma humorista estabelecida no mercado.
reprodução/netflix
Frankie (Lily Tomlin) e Grace (Jane Fonda) se tornaram amigas e parceiras de negócios
Após uma vida formada, com filhos e casamento duradouro, as protagonistas de Grace and Frankie, Grace (Jane Fonda) e Frankie (Lilly Tomlin) descobriram algo que acabou totalmente com a visão de mundo delas: seus maridos são gays e decidiram deixá-las para ficarem juntos.
Após o baque da descoberta, elas se encontraram em uma posição de solidão afetiva e sexual. Ousadas, decidiram lançar uma linha de produtos eróticos focados em mulheres da terceira idade. A série já está em seu sétimo ano, e elas em nada se parecem com as personagens perdidas que começaram a história.
reprodução/nbc
Mesmo com a rejeição dos pais, Rosa Diaz (Stephanie Beatriz) assumiu sua bissexualidade
A detetive da comédia Brooklyn Nine-Nine era uma mulher fechada emocionalmente, que trocava poucas palavras com seus colegas de delegacia. No decorrer da história, o público descobriu que a personagem é bissexual, mas tinha dificuldades de se assumir para a família.
Quando Rosa Diaz (Stephanie Beatriz) finalmente abriu o jogo com seus pais, sua família não aceitou sua sexualidade. Porém, a negativa familiar não se tornou um empecilho para viver sua vida de maneira aberta. Rosa encontrou apoio nos amigos policiais e decidiu começar a namorar mulheres mesmo sem a aprovação dos pais.
reprodução/the cw
Demorou quatro temporadas para que Rebecca (Rachel Bloom) reconhecesse seus erros
A protagonista de Crazy Ex-Girlfriend (2005-2019) parecia ser problemática desde o começo da narrativa: trabalhava demais, era dependente emocional e largou sua vida como sócia de uma firma de advogacia em Nova York para se mudar para a Califórnia só porque encontrou uma paixão antiga na rua.
Rebecca Bunch (Rachel Bloom) começou a entender o cerne dos motivos que a fazem agir de maneira tão obssessiva e obcecada: ela tem síndrome de borderline, um transtorno mental que desestabiliza o humor. Depois de encontrar ajuda profissional e reconhecer que muitos erros foram cometidos por conta de sua doença, Rebecca encontrou a redenção no episódio final da premiada comédia.
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