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BRIGA JUDICIAL

Adriana Araújo reclama de injustiça e discriminação e processa a Record

DIVULGAÇÃO/RECORD

Adriana Araújo usa uma blusa azul com calça preta e sorri para a câmera. Ela está na redação da Record, onde trabalhou entre 2006 e 2021.

Adriana Araújo na Record: jornalista ficou 15 anos na emissora e entrou com processo na Justiça

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 23/8/2021 - 7h00

Uma das principais jornalistas da Record entre 2006 e 2021, Adriana Araújo decidiu processar a emissora na Justiça do Trabalho. O processo foi interpelado no fim de junho, três meses após ela oficializar sua saída. A apresentadora pede o reconhecimento de vínculos trabalhistas e alega que foi vítima de discriminação e injustiça por parte de sua antiga empregadora.

O valor a ser recebido por Adriana, caso ela ganhe da Record, vai depender dos pontos aprovados pelo juiz. A ex-âncora do Jornal da Record não pediu um valor-base no processo com quantia milionária. Segundo apurou o Notícias da TV, o caso está na 63ª Vara do Trabalho de São Paulo, e duas audiências já ocorreram entre Adriana e a emissora de Edir Macedo.

A jornalista alega que não fez parte do processo massivo de assinatura da carteira de trabalho que a Record começou a colocar em prática no segundo semestre de 2016. Durante todo o seu período na Record, Adriana Araújo foi contratada como PJ (Pessoa Jurídica). O termo é usado para definir um profissional que realiza suas atividades sem vínculo empregatício.

Ou seja, diferentemente do que ocorre com um empregado, a relação de trabalho não segue as regras da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Quem presta serviço como PJ deve ter um CNPJ ativo e emitir notas fiscais mensalmente. Essa prática faz o profissional ganhar mais dinheiro livre de impostos, mas retira uma série de benefícios, como 13º salário e férias remuneradas.

Nos últimos anos, a Record deixou de contratar profissionais como PJs e passou a registrá-los na carteira. O objetivo era evitar novos processos trabalhistas, como os movidos por atores que tinham deixado a emissora. Mas nem todos tiveram seus contratos alterados, e Adriana Araújo foi uma delas.

A apresentadora diz que foi discriminada nesta escolha, porque cumpriu tudo o que a emissora lhe mandou fazer, mesmo sem concordar. Entre as determinações, está a sua saída do Jornal da Record em 2020 para assumir o Repórter Record Investigação depois de criticar abertamente a falta de ação do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia do novo coronavírus.

Ela chegou a ter uma crise de choro e teve suas férias antecipadas. Adriana também criticou a emissora pela cobertura da pandemia. A orientação interna era para tratar o assunto de forma mais suave que outras emissoras. 

Na sua justificativa, a Record alega que Adriana Araújo sempre ganhou um alto salário e era uma das estrelas da emissora. Para testemunhar ao seu favor, os advogados da TV convocaram quatro ex-chefes de Adriana. Todos eles participaram de uma audiência em 10 de agosto. Ainda não há previsão de quando o caso será julgado.

Procurada desde a última quinta-feira (19) pelo Notícias da TV, Adriana Araújo e seus advogados não responderam aos contatos feitos pela coluna. Caso respondam, este texto será atualizado.

A carreira de Adriana Araújo na Record

Adriana Araújo chegou na Record em janeiro de 2006 --ela saiu da Globo para ser âncora do JR ao lado do veterano Celso Freitas. Três anos depois, foi deslocada para ser correspondente em Nova York, nos Estados Unidos, pois a emissora havia contratado Ana Paula Padrão para assumir o principal telejornal da casa.

Entre 2009 e 2013, a mineira passou por diferentes áreas na emissora. Foi repórter especial, sendo enviada para cobrir o resgate dos mineiros do Chile, em 2010, e o acidente nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011.

Também esteve nos Jogos Olímpicos e Pan-Americanos, comandou entrevistas e debates eleitorais, além de fazer reportagens especiais e apresentar o Domingo Espetacular.

Com a saída de Ana Paula Padrão da Record, Adriana retornou ao posto de âncora do JR em 26 de março de 2013. Ela se manteve como titular do telejornal ao lado de Celso Freitas. Depois de sete anos na bancada, foi deslocada para o Repórter Record Investigação.

Recentemente, a jornalista lançou a autobiografia Sou a Mãe Dela, publicada pela Globo Livros. No livro, ela relata como o pai biológico de sua única filha, Giovanna, quis trocar de bebê na maternidade após descobrir que a menina tinha nascido com uma doença congênita.

Na televisão, o nome de Adriana Araújo apareceu em negociações com a Band para apresentar o Jornal da Noite recentemente. 


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