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POUCOS APLICATIVOS

Marca de TVs sai do Brasil, mas modelos continuam nas lojas: Vale a pena?

FOTOS: DIVULGAÇÃO

TV Panasonic de 40 polegadas instalada na parede

TV Panasonic de 40": preço alto com oferta limitada de apps pode frustrar o consumidor

EDUARDO BONJOCH

edubonjoch@gmail.com

Publicado em 27/5/2022 - 6h30

Em agosto de 2021, a Panasonic anunciava a saída do mercado brasileiro de televisores. Hoje, depois de nove meses, alguns modelos do fabricante com telas de 32 e 40 polegadas continuam sendo vendidos nas lojas. Mas será que vale a pena investir em uma linha de produtos que foi abandonada pela marca no país?

Alguns fatores ajudam a explicar por que essa não é uma boa opção. E nada tem a ver com a falta de componentes e peças de reposição em caso de defeito, já que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, o fabricante é obrigado a assegurar a troca desses itens durante a vida útil estimada do aparelho, que é de cinco anos.

O Notícias da TV entrou em contato com a Panasonic e com três assistências técnicas autorizadas para tirar a dúvida. Todos os entrevistados confirmaram que, hoje, não há problemas para encontrar peças de reposição de televisores da marca lançados nos últimos cinco anos, como prevê a lei.

O maior perrengue é outro: a ausência de atualizações nos aplicativos dessas smart TVs, que deixam os televisores defasados em relação aos de outras marcas, embora o investimento seja similar. Nas lojas, o consumidor ainda encontra, por exemplo, dois modelos Panasonic de 32" com resolução HD, que custam a partir de R$ 1.200. O mais simples, da linha FS500B, é uma piada quando se fala em apps de smart TV, oferecendo apenas YouTube e Netflix.

Melhorzinho nesse quesito e com preço similar, o televisor de 32" da linha JS500B também acessa o Globoplay e o Prime Video, da Amazon. Com R$ 50 a R$ 200 a mais, o consumidor pode levar para casa uma TV da Semp ou da TCL de mesmo tamanho muito mais completa na parte de aplicativos, prontas para rodar Disney+, HBO Max, Apple TV+ e DirecTV Go.

TVs Panasonic de 40" das duas linhas também são facilmente encontradas em lojas on-line. Nessa categoria, a diferença de preço é maior, o que torna os modelos da marca japonesa ainda menos interessantes. Com preços oscilando de R$ 2.000 a R$ 2.500, essas TVs limitadas na variedade de aplicativos custam cerca de R$ 200 a mais do que um televisor TCL de mesmo tamanho com o atualizado sistema Android TV.

A plataforma smart adotada pelo fabricante é um item que faz muita diferença na hora de acessar os novos apps. Além de Samsung e LG, com padrões próprios, os sistemas Android TV (presente nas marcas TCL, Philips e Philco), Google TV (TCL) e Roku TV (Semp, TCL, Philco e AOC) também recebem atualizações constantes e contam com pequenas variações de aplicativos entre elas.

Como as TVs da Panasonic que ainda estão nas lojas não adotam nenhuma dessas plataformas, a chance de ganharem uma atualização, ainda mais depois que o fabricante desistiu do setor no Brasil, é praticamente zero. Se você já investiu em uma TV da linha JS500B, por exemplo, com plataforma baseada em Linux, a solução é adquirir uma caixinha do tipo TV Box ou outro dispositivo, como o Chromecast, do Google, capaz de rodar apps mais novos.

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Segundo o site Nikkei Asia, a Panasonic vai abandonar a fabricação de TVs de baixo custo no mundo, com margens de lucro reduzidas. A empresa entregou as fábricas da Índia e do Vietnã para a rival TCL. Com o acordo, a ideia é cortar custos em uma categoria em que o desempenho da marca despencou nos últimos anos, porque não conseguiu se adaptar à estratégia agressiva das gigantes chinesas.

De acordo com o site, a Panasonic deve reduzir sua atuação no setor, concentrando os investimentos em televisores mais sofisticados e rentáveis, como as TVs OLED, com foco no mercado japonês. A marca, que já teve mais de 10% de participação no mercado global de TVs, não chegou a 2% em 2020, segundo a empresa de pesquisa britânica Omdia, ficando em 12º lugar no ranking geral.

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