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FIM DA LINHA

De BBB a Neymar: 5 curiosidades da Panasonic, que deixa mercado de TVs

FOTOS: REPRODUÇÃO

Pedro Bial na tela de TV Panasonic se comunica com os participantes do BBB 13

TV Panasonic no BBB 13; fabricante forneceu câmeras para transmissão em 3D

EDUARDO BONJOCH

edubonjoch@gmail.com

Publicado em 13/8/2021 - 6h30

Depois da Sony, que saiu do mercado brasileiro de TVs em março, agora é a vez de a Panasonic abandonar o setor, após 40 anos fabricando televisores em Manaus. A empresa também informou que deixará a linha de áudio residencial. Segundo o comunicado oficial, a ideia é fortalecer outras frentes de negócio nas quais o fabricante continua a crescer, como máquinas de lavar, geladeiras, cuidados pessoais, baterias e soluções corporativas.

Ao contrário da Sony, que vendeu sua fábrica de TVs para a Mondial, a unidade de Manaus da Panasonic manterá suas atividades. De acordo com o fabricante, a produção de micro-ondas, produtos automotivos e componentes eletrônicos seguirá normalmente.

A notícia não chega a surpreender. Pressionadas pelas empresas coreanas e chinesas, como Samsung, LG e TCL, que dominam o mercado de TVs, as marcas japonesas amargavam prejuízos e baixas margens de lucro no setor há alguns anos.

Mas nem sempre foi assim. Nestes 40 anos fabricando eletrônicos no Brasil, a Panasonic viveu dias de glória com o videocassete e as TVs de plasma. Mais recentemente, marcou presença como anunciante do BBB, fornecendo tecnologia para a transmissão do reality em 3D, e teve até Neymar como garoto-propaganda.

Acompanhe cinco curiosidades da marca ao longo destes anos:

Videocassetes 'mexidos'

Nos anos 1980, ter um videocassete Panasonic era sonho de consumo dos brasileiros. Os primeiros modelos da marca, que se tornou líder no segmento, chegaram ao país de maneira informal, ainda no final da década de 1970. Como o sistema de cor brasileiro era diferente dos utilizados na Europa, no Japão e nos Estados Unidos, os aparelhos importados só conseguiam reproduzir imagens em preto e branco nas TVs vendidas por aqui.

O problema foi resolvido quando técnicos brasileiros descobriram que, se trocassem o filtro de cor do videocassete, as cores apareceriam no televisor. Surgiu então o N-Linha, fase intermediária para o desenvolvimento do PAL-M, sistema adotado mais tarde como padrão para produzir videocassetes no Brasil.

Algumas assistências técnicas se especializaram neste tipo de serviço e ganharam muito dinheiro modificando o sistema de cor dos videocassetes importados. Uma das empresas mais tradicionais na época, a Tecnovideo, de São Paulo, chegava a converter 30 videocassetes Panasonic por dia em 1979.

Defensora dos plasmas

Nenhum fabricante acreditou e investiu tanto nas TVs de plasma quanto a Panasonic. Precursora no segmento de telas finas, a tecnologia chegou ao mercado brasileiro em 1998 custando o preço de um carro zero, mas foi se popularizando anos mais tarde.

A partir de 2008, o reinado do plasma nas telas grandes começou a ser ameaçado pela tecnologia LCD. A disputa tornou-se ainda mais acirrada com a evolução destas telas para as TVs de LED, mais eficientes e econômicas do que a geração anterior. Mesmo assim, a Panasonic continuou a investir nos plasmas, com uma linha grande de modelos à venda e fazendo barulho com protótipos gigantes de até 150 polegadas em feiras internacionais.

Com o tempo, a TV de LED provou que veio para ficar. A ausência do chamado efeito burn-in, que provocava manchas nas TVs de plasma após a reprodução de cenas estáticas, e a facilidade para produzir telas de resolução maior a um custo menor fizeram com que todos os outros fabricantes desistissem de vez desta tecnologia.

Em 2012, as vendas de TVs de plasma no mundo já eram muito pequenas. Dois anos mais tarde, foi a vez de a própria Panasonic abandonar esta tecnologia e focar exclusivamente nas TVs de LED.

BBB em 3D

De 2013 a 2015, o apresentador Pedro Bial passou a se comunicar com os participantes do BBB em TVs da Panasonic, que virou anunciante do reality. No primeiro ano com a marca no ar, edição que teve a advogada Fernanda Keulla como vencedora, o modelo escolhido era uma TV de LED com 55 polegadas. Outro recurso do produto também chamava a atenção: a possibilidade de ver imagens em terceira dimensão com o uso de óculos especiais.

O mercado vivia a febre passageira das TVs 3D e, pela primeira vez, assinantes de planos HD da operadora Net com pay-per-view do BBB puderam acompanhar o programa ao vivo em terceira dimensão em TVs compatíveis. Para que isso fosse possível, a Panasonic forneceu três câmeras que já captavam as imagens no formato.

Neymar garoto-propaganda

A partir de 2010, o jogador Neymar se tornou garoto-propaganda da Panasonic no Brasil e, no ano seguinte, o acordo passou a ser global. Até 2017, ele esteve à frente de diversas comerciais da marca, principalmente na área de TVs.

A figura do craque ajudou a vender TVs do fabricante durante anos, principalmente nos dois eventos esportivos realizados no Brasil: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio em 2016, dos quais a marca também foi patrocinadora oficial. Em 2018, Neymar assinou com a TCL.

TV OLED que quase ninguém viu

Sim, a Panasonic tem TVs 4K com tecnologia OLED no Brasil desde 2017. Mas, diferentemente da LG, a presença do fabricante no segmento sempre foi tímida. No próprio site estão anunciados dois modelos, com 55 e 65 polegadas, mas eles não são encontrados à venda em nenhuma loja de varejo on-line.

As TVs com tecnologia de pixels orgânicos são diferentes das outras porque não precisam de iluminação interna (backlight) para gerar as imagens na tela. Isso acontece porque cada pixel orgânico consegue emitir a própria luz. É um processo eficiente e pontual, capaz de apresentar brilho preciso ou a escuridão total de uma cena noturna com ótimo contraste.


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