Em ano com queda nas vendas, mercado de TVs só cresce entre as telas de 65" a 70"

O ano de 2021 não tem muito o que ser comemorado pelo mercado de TVs. Segundo a GfK, houve queda nas vendas dos modelos 4K de todos os tamanhos na comparação com o período de janeiro a novembro de 2020. A única exceção ficou com os aparelhos de 65 a 70 polegadas, que tiveram um aumento de 170% no volume de vendas e de 175% no faturamento.

Para Fernando Baialuna, diretor de negócios e varejo da GfK, vários fatores ajudam a explicar o resultado da pesquisa. "Quando a pandemia se agravou em 2020, houve uma antecipação na troca de televisores para melhor equipar o lar durante o maior pico de isolamento", explica ele. "E, em 2021, o setor viveu um período de entressafra, que deve acabar no segundo semestre de 2022 com a chegada da Copa do Mundo durante a Black Friday, em novembro."

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Ele atribui o crescimento nas vendas de TVs com tela grande a uma mudança de comportamento do consumidor. "Na hora de escolher um modelo premium para a casa, o fator de maior importância é o tamanho da tela, que está à frente das funções de Smart TV e até da qualidade da imagem", afirma.

E, como a segunda tela da residência foi substituída pelo tablet ou smartphone, o investimento em um televisor grande, a partir de 65 polegadas, passa a ser ainda mais relevante. Ao mesmo tempo, as maiores quedas nas vendas foram registradas entre as TVs de 32 a 43 polegadas e 43 a 55 polegadas, 28,6% e 22,7% na comparação com 2020.

TVs de tela grande têm mais recursos 

A partir de R$ 3,8 mil

Quem decide comprar uma TV a partir de 65 polegadas precisa preparar o bolso: são modelos que custam a partir de R$ 3,8 mil e podem ter tecnologias diferentes para a formação das imagens. Este é o valor inicial para as telas com resolução 4K (ou Ultra HD), quatro vezes superior à das TVs Full-HD, que exibem imagens com maior detalhamento e profundidade, mesmo quando se está perto do televisor.

As TVs a partir de 55 polegadas também costumam trazer funções especiais para games e sofisticados recursos de inteligência artificial. Na lista, estão comandos de voz, simulações com boa qualidade de imagens 4K ou 8K, dependendo do modelo, a partir de conteúdos de resolução inferior e até a presença de ajustes automáticos de som e imagem.

Graças aos novos processadores, a experiência com inteligência artificial torna-se mais completa nas TVs maiores. Cada cena é analisada e corrigida individualmente pelo televisor, que faz ajustes de contraste, cor e brilho para oferecer a melhor imagem sem que o telespectador precise se preocupar com nada.

Com um sensor de luz integrado à inteligência artificial, o televisor também ajusta o brilho de acordo com a atração e a luminosidade do ambiente. Como as alterações são feitas de forma dinâmica, o contraste também pode mudar imediatamente quando uma luz é acessa na sala escura, por exemplo.

Os ajustes automáticos de áudio destacam a voz em um telejornal e os efeitos sonoros em uma cena de ação. E se o aspirador de pó for ligado durante o filme, o próprio televisor se encarrega de aumentar o volume para não atrapalhar o som dos diálogos.