Sem ressaca pós-Game of Thrones, HBO emplaca quatro dramas de sucesso

Em 19 de maio, a HBO deu adeus a Game of Thrones (2011-2019), a série mais épica de todos os tempos. Depois desse baque, uma ressaca? Nada disso. O canal emplacou quatro hits, de Chernobyl (minissérie) a séries novatas (Gentleman Jack e Euphoria), passando por Big Littles Lies, que na segunda temporada cresce em audiência episódio após episódio.

Sim, a HBO norte-americana não atinge mais os de 10 milhões de telespectadores, em média, que assistiram aos últimos episódios de Game of Thrones. Porém, na volta aos padrões considerados normais, o canal conseguiu um feito: ganhar público em todas as suas atrações mais recentes, principalmente na dupla exibida nas tradicionais noites de domingo.

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Vencedora do Emmy 2017 de minissérie, Big Little Lies virou um fenômeno. Mesmo sem fonte de inspiração, pois as páginas do livro na qual a atração se baseia já se esgotaram, os produtores do drama bolaram uma boa trama e inventaram uma personagem para Meryl Streep. Deu certo! A série só melhora.

No domingo (7), o antepenúltimo episódio da temporada foi visto por 1,77 milhão de pessoas nos Estados Unidos, segunda melhor marca de toda a série, só perdendo para o fim da primeira temporada. Desde a estreia do novo ano, a audiência aumenta a cada episódio. Se somadas as pessoas que viram o quinto capítulo em outras plataformas da HBO, a audiência chega a 2,8 milhões.

Já Euphoria é um sucesso no chamado delayed viewing (quem assiste aos episódios após a exibição na TV), dobrando os números de audiência. O capítulo exibido no dia 7 atingiu pela primeira vez a marca de 600 mil telespectadores, um aumento de 24% em comparação com o episódio anterior. Os números não são fracos, se levado em conta que a série vai ao ar nos EUA às 22h de um domingo, um horário ruim.

Tanto Big Little Lies quanto Euphoria estão em evidência nas redes sociais e na mídia. A primeira pela trama insana e pelo show de Meryl Streep, em papel de vilã. A segunda por sua audácia de mostrar um festival de pênis, sem cerimônias, e retratar o ponto de vista de adolescentes com uma vida repleta de drogas e decepções.

Suranne Jones em Gentleman Jack e Jessie Buckley em Chernobyl; sucessos surpreendentes

Surpresas

Nos EUA, a HBO escolheu as noites de segunda como uma nova faixa para séries top de linha, um espaço necessário para as novas atrações que vêm por aí --as noites de sexta são outra opção. Chernobyl e Gentleman Jack formaram uma dobradinha que deu o que falar. No Brasil, elas foram exibidas às sextas.

Grande surpresa do ano, Chernobyl arrebentou com a encenação visceral do infame desastre nuclear ocorrido na antiga União Soviética. Uma das favoritas ao Emmy de melhor minissérie, ela estreou com uma audiência de 700 mil pessoas e chegou ao fim com 1 milhão de telespectadores. O drama provou o quão eficiente é a divulgação boca a boca ou pelas redes sociais.

Por sua vez, Gentleman Jack caiu nas graças dos especialistas por contar com puro esmero a vida de Anne Lister (1791-1840), tida como a primeira lésbica moderna. A atuação de Suranne Jones conquistou o público e mídia. Na pele de Anne, ela protagonizou um belo romance lésbico. A série foi renovada para o segundo ano.