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Turismo em alta

Quanto custa visitar Chernobyl, cenário da minissérie fenômeno da HBO?

Imagens: Divulgação/HBO

Personagens da minissérie Chernobyl, da HBO, observam fumaça em reator que explodiu em 1986 - Imagens: Divulgação/HBO

Personagens da minissérie Chernobyl, da HBO, observam fumaça em reator que explodiu em 1986

FERNANDA LOPES

Publicado em 5/6/2019 - 5h27

O sucesso da minissérie Chernobyl, da HBO, atiçou a curiosidade de telespectadores do mundo inteiro. Tanto que as visitas ao local abandonado, próximo à usina onde aconteceu o maior desastre nuclear da história, tiveram um aumento repentino desde a estreia da atração, no início de maio. A minissérie reconstitui de diversas perspectivas as consequências terríveis da radioatividade para o povo da então União Soviética.

A região, que hoje faz parte da Ucrânia, ficou conhecida mundialmente após a tragédia de abril de 1986, quando um reator nuclear explodiu na usina de Chernobyl, matou vários funcionáriso e bombeiros em poucos dias e deixou milhares de pessoas irremediavelmente contaminadas pela radioatividade. Ao longo dos anos, estima-se que mais de 100 mil pessoas tenham sentido os efeitos do envenenamento, como deformações e diagnósticos de câncer.

A minissérie da HBO registra, entre acontecimentos reais e personagens fictícios, os acontecimentos daquela época, por diferentes perspectivas: a dos trabalhadores da usina, dos bombeiros e suas famílias, dos especialistas em física e engenharia nuclear e dos membros do governo soviético.

Com atuações elogiadas, reconstituição histórica irretocável e trama instigante, Chernobyl recebeu elogios da crítica e tem nota 9,7 no IMDB, maior que sucessos como Game of Thrones e Breaking Bad, por exemplo.

Operarário retira detritos da explosão em Chernobyl em cena da minissérie homônima da HBO

Turismo de tragédia

Com tanta repercussão desde a estreia da minissérie, em 6 de maio, a Ucrânia tem recebido muito mais turistas do que o normal, interessados em conhecer o cenário dessa tragédia. De acordo com a agência Reuters, houve um aumento de 40% no turismo em Chernobyl a partir da exibição da minissérie.

Para chegar ao local do desastre nuclear, os turistas precisam entrar em contato com empresas registradas pelo governo ucraniano e agendar suas visitas com antecedência. Os valores para um dia custam em média US$ 100, cerca de R$ 386.

As visitas partem de Kiev, capital da Ucrânia (só para dar uma ideia, uma passagem de São Paulo para Kiev fica entre R$ 4.000 e R$ 5.000, dependendo da época do ano). Uma van leva os turistas até Chernobyl, a cerca de duas horas de distância.

Ao chegar no local, é preciso passar todos os pertences por máquinas de Raio X e ficar atento às regras. É obrigatório ir com roupas que cubram os braços e pagar um seguro saúde, de US$ 10 (cerca de R$ 38). Além disso, há uma série de proibições. Por exemplo, não é permitido tocar em nada, comer, beber ou fumar ao ar livre e sair das trilhas definidas pelos guias.

Nas cidades de Chernobyl e Pripyat, que abrigavam trabalhadores da região e foram totalmente evacuadas nos anos 1980, o que se vê são cenários de abandono. Os turistas podem entrar em apartamentos, escolas, centros comunitários e chegar perto da usina onde a tragédia aconteceu.

Parque abandonado na cidade de Pripyat que faz parte da visita guiada ao local do desastre

Desde 2002 o turismo é aberto em Chernobyl e considerado seguro pelo governo ucraniano. Após a morte de milhares de pessoas, hoje a radioatividade lá é baixa, comparada à quantidade de um raio-x comum.

A minissérie da HBO explica o que aconteceu na época e como o governo soviético foi negligente em relação ao desastre e à população. O quinto e último episódio irá ao ar nesta sexta (7), às 21h.

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