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BRENDA SABRYNA

Atriz busca vídeos no YouTube para gravar aborto clandestino de Topíssima

Reprodução/Record

Jandira (Brenda Sabryna) em cena de Topíssima: personagem morreu em aborto clandestino - Reprodução/Record

Jandira (Brenda Sabryna) em cena de Topíssima: personagem morreu em aborto clandestino

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 11/7/2019 - 5h20

O capítulo de ontem (10) de Topíssima culminou em um momento dramático. Grávida na adolescência e enganada por Vitor (Vitor Novello), Jandira (Brenda Sabryna) foi fazer um aborto em uma clínica clandestina e acabou morrendo. Aos 21 anos, a intérprete da personagem buscou uma referência inusitada para as cenas dramáticas: vídeos da internet.

"Eu não conversei com nenhuma jovem [que tenha feito um aborto]. Pesquisei no YouTube pessoas que deram seus relatos sobre coisas assim e fui assistindo ao que elas falam. Busquei entender como são essas meninas que passaram por isso. E também confiei muito no texto da Cristianne [Fridman, autora]", diz ela.

Para a atriz, a discussão mais importante levantada pela morte de sua personagem não é sobre o aborto, mas sim sobre a necessidade de haver mais conversa entre pais e filhos. Afinal, Jandira não conseguiu falar abertamente sobre a gravidez com Madalena (Denise Del Vecchio) e Zeca (Paulo César Grande).

"Faltou diálogo entre a Jandira e a mãe. Talvez se ela tivesse se aberto mais, se a mãe desse mais abertura para elas conversarem sobre essa situação, ela ainda estaria viva", filosofa Brenda. "Acho importante debater tudo isso, porque muita gente na vida real tem morrido como a Jandira."

Montanha-russa

A morte da personagem põe um ponto-final em uma história marcada por altos e baixos. Jandira começou Topíssima esbanjando alegria, louca para acompanhar Gabriela (Rafaela Sampaio) nas festas da faculdade. Depois que conheceu Vitor, porém, foi se afundando cada vez mais em situações assustadoras.

"O meu maior desafio para viver a Jandira foi essa montanha-russa, porque ela começou a trama muito para cima, espevitada, engraçada, e virou uma personagem depressiva, cheia de problemas, que chora o tempo todo", enumera a atriz.

divulgação/record

O diretor de Topíssima, Rudi Lagemann, dirige Brenda Sabryna na cena da morte de Jandira

Mas Brenda já está acostumada a fazer personagens desafiadoras. Na série Dupla Identidade (2014), da Globo, ela foi uma das vítimas do psicopata Edu (Bruno Gagliasso) --e teve de fazer cenas pesadas aos 16 anos. Em Os Dez Mandamentos (2015), interpretou uma serva que era constantemente humilhada. E em Malhação - Viva a Diferença (2017), viveu uma estudante racista.

"Posso dizer que as personagens difíceis me procuram, sim. E são as que eu mais gosto de fazer. Acho que ser ator e fazer um personagem que não te desafie não vale a pena", resume a jovem.

Abortar ou não?

Ciente do peso que sua posição midiática lhe confere, Brenda Sabryna prefere não opinar sobre a legalização ou não do aborto. "Não tenho uma opinião formada sobre isso, até porque acho que os dois lados estão certos em algum ponto. Não concordo com o aborto em si, porque é um ser humano que você está matando. Mas, em casos de estupro, eu acho certo. E, ao mesmo tempo, é o corpo da mulher, é melhor fazer em uma clínica legal, onde as pessoas não morram por isso, né?", diz.

"É uma coisa muito delicada, e eu nunca passei por isso. Acho que só quem já passou por uma situação delicada dessas é que sabe", desconversa a atriz. E se ela engravidasse, o que faria no lugar de Jandira? "Eu não abortaria", finaliza. 

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