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FIM DA LINHA

Netflix rejeita série adulta dos Power Rangers e mata franquia depois de 31 anos

Geoffrey H. Short/Netflix

David Yost e Walter Jones apertam suas mãos e sorriem nos bastidores do especial Power Rangers: Agora e Sempre

David Yost (Billy) e Walter Jones (Zack) no especial Power Rangers: Agora e Sempre (2023)

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 11/6/2024 - 18h04
Atualizado em 11/6/2024 - 18h17

Sucesso na TV desde 1993, com mais de 970 episódios produzidos e um faturamento estimado em US$ 8,7 bilhões (R$ 46,6 bilhões), Power Rangers sofreu um golpe capaz de fazer o que nem Rita Repulsa conseguiu: destruir os heróis multicoloridos. A Netflix desistiu de produzir uma nova série, voltada para um público mais adulto --aquele que cresceu com a franquia nas últimas décadas.

O projeto estava em desenvolvimento na plataforma de streaming desde 2020 e contava com Jenny Klein (de Daisy Jones & The Six) como showrunner. Ela estava trabalhando sob a supervisão de Jonathan Entwistle (de The End of The F***ing World), contratado para ser a mente criativa de todo um universo dos Power Rangers no streaming.

A ideia era que Entwistle capitaneasse séries live-action, animações e filmes dos heróis para a Netflix. Além de produtos mais maduros, voltados para adultos e que seguiriam uma narrativa mais complexa, como a que é feita nos quadrinhos dos personagens, também seriam desenvolvidas atrações para o público infantil, que sempre foi o alvo principal da franquia.

De acordo com o site TVLine, a Netflix desistiu de todos os projetos. Apesar de ela não ter revelado seus motivos para mudar de ideia, um bom indício pode ser a repercussão de Power Rangers Fúria Cósmica (2023), última temporada da franquia, lançada com exclusividade pela plataforma em setembro.

A atração foi vista por apenas 5,3 milhões de contas entre sua estreia e 31 de dezembro, segundo dados divulgados pelo próprio streaming no fim de maio. Para piorar, ela não apareceu no Top 10 semanal de séries em língua inglesa mais assistidas da plataforma em nenhum momento.

Já o especial Agora e Sempre, que havia sido disponibilizado em abril do ano passado com relativo sucesso (conseguiu 12,2 milhões de horas assistidas até junho), não surgiu no listão de audiência do segundo semestre, o que significa que foi visto por menos de 100 mil contas no período. A falta de retenção de público certamente acendeu um sinal de alerta na Netflix.

A Hasbro, fabricante de brinquedos que comprou os direitos da franquia Power Rangers em 2018, busca agora uma nova produtora disposta a produzir outras séries dos heróis. No ano passado, a empresa abriu mão da eOne, seu braço no audiovisual, em meio a uma mudança de gestão, o que dificulta a possibilidade de parcerias.

Caso nenhuma produtora mostre interesse em levar os Power Rangers de volta à televisão, será difícil para a Hasbro mantê-los em um lugar de destaque --vale lembrar que, para a empresa, o maior interesse é vender brinquedos. Se não conseguir uma série, ela pode apenas fazer comerciais dos novos produtos à venda.

Lançados em 28 de agosto de 1993, os Power Rangers se mantiveram no ar desde então, sempre com temporadas inéditas. Apenas em 2010, quando a Disney devolveu os direitos dos heróis para a Saban (que havia criado a franquia), não foram exibidos episódios novos, mas uma versão remasterizada da primeira fase. Sem nenhuma série em produção no momento, a marca vai encarar o maior hiato de sua história --se não for cancelada de vez.


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