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MORFAR O TCHAN!

Carla Perez era Rita Repulsa? Curiosidades de Power Rangers, que completa 30 anos

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM e FOX KIDS

Montagem com fotos de Carla Perez, dançarina do Tchan, e Carla Perez, atriz que viveu Rita Repulsa em Power Rangers

Carla Perez e a vilã Rita Repulsa: ex-dançarina do Tchan é homônima da feiticeira intergaláctica

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 28/8/2023 - 6h20

Fenômeno entre crianças e adolescentes nos anos 1990, a série Power Rangers completa 30 anos nesta segunda (28). Apesar de não fazer o mesmo sucesso do passado, a franquia continua viva --a próxima temporada, Fúria Cósmica, estreia na Netflix em 29 de setembro.

Para celebrar a data, o Notícias da TV separou 30 curiosidades sobre Power Rangers que você talvez não soubesse. Como o fato de Carla Perez ter atuado na produção norte-americana como a vilã Rita Repulsa. Ou quase isso...

Conheça 30 curiosidades nos 30 anos de Power Rangers:

1. O produtor Haim Saban teve a ideia de criar a série durante uma viagem ao Japão. Ele ligou a TV, se deparou com Bioman (1984) e, mesmo sem falar uma palavra de japonês, ficou encantado com a história dos guerreiros coloridos que formavam um robô gigante. Decidiu comprar os direitos da produção e adaptá-la, com atores norte-americanos, mas aproveitando parte das gravações orientais --como as cenas de luta, já que os capacetes dos heróis ocultavam os rostos de seus intérpretes.

2. Na negociação com a Toei, responsável pela produção japonesa, Saban adquiriu também a exclusividade sobre o mercado ocidental. É por isso que séries como Changeman (1985) e Flashman (1986), que fizeram muito sucesso na Manchete, nunca mais foram exibidas por aqui.

3. Na primeira temporada de Power Rangers, Rita Repulsa era vivida pela atriz japonesa Machiko Soga (1938-2006) --as cenas da vilã eram reaproveitadas da série original. Mas o sucesso da atração fez com que a Fox encomendasse mais episódios e, sem material extra, os produtores norte-americanos decidiram gravar novas sequências. Criaram o vilão Lord Zedd e fizeram Rita tentar conquistá-lo. A feiticeira intergaláctica, então, tomou uma poção de rejuvenescimento e passou a ser interpretada por Carla Perez! Mas não se engane: trata-se de uma modelo, homônima da ex-dançarina do É o Tchan.

4. O Centro de Comando, base dos Power Rangers em Alameda dos Anjos, chamava a atenção por causa de sua fachada futurista, mas não foi uma criação dos designers de produção. O prédio existe de verdade: é a House of the Book, um dos prédios do Instituto Brandeis-Bardin, universidade judaica localizada em Simi Valley, na Califórnia. O local já serviu de locação para Star Trek, The Mentalist (2008-2015) e até para um clipe de Marilyn Manson!

reprodução/reddit

O Centro de Comando existe de verdade!

5. A primeira temporada teve 60 episódios, que eram exibidos de segunda a sexta --a série vai apresentar seu capítulo de número 974 neste ano. Para dar conta do ritmo acelerado, os atores gravavam até 16 horas por dia, sem muita continuidade. Eles rodavam várias cenas do mesmo cenário de uma só vez, independentemente de em qual episódio a sequência seria exibida.

6. Com medo de que as cenas de luta assustassem o público e fizessem com que os pais boicotassem Power Rangers, os dublês tinham instruções muito claras: era proibido bater no rosto dos adversários, apenas do peito para baixo. Os heróis também só entravam em ação para defender o planeta e nunca procuravam conflitos deliberadamente.

7. Zordon (David Fielding), o mentor dos heróis, inicialmente se chamaria Zoltar. Foi com esse nome que ele apareceu no episódio piloto. Quando a produção da série foi aprovada, porém, a equipe preferiu rebatizar o personagem. Afinal, Zoltar já era o nome do boneco cartomante que transformava Tom Hanks em adulto no filme Quero Ser Grande (1988).

8. No meio da segunda temporada, Jason (Austin St. John), Trini (Thuy Trang) e Zack (Walter Jones) vão embora para uma conferência de paz na Europa e são substituídos por Rocky (Steve Cardenas), Aisha (Karan Ashley) e Adam (Johnny Yong Bosch). Nos bastidores, os três atores haviam pedido para que a série aderisse às regras do sindicato e que eles tivessem mais participação nos lucros. Os produtores os demitiram e eles sequer puderam se despedir: em seu últimos episódios, os personagens só aparecem de costas, com capacetes ou em cenas reaproveitadas de capítulos anteriores.

9. O longa de 1995 foi rodado na Austrália, mas a produção teve tantos problemas que o cronograma de filmagens atrasou. Para que os episódios inéditos não acabassem, o elenco precisou rodar o filme e a série ao mesmo tempo. Por isso, nos capítulos da segunda temporada que mostram o casamento de Rita e Zedd, os Rangers tiram férias e viajam para a Oceania.

10. O filme também quase contou com uma participação da atriz Mariska Hargitay, a Benson de Law & Order: SVU. A estrela da TV chegou a gravar várias cenas como Dulcea, guardiã alienígena que ajuda os heróis a conseguirem novos poderes. No entanto, os produtores consideraram que ela não era a pessoa certa para o papel. Jogaram todo o material no lixo e chamaram a australiana Gabrielle Fitzpatrick, que tinha sido escalada inicialmente, mas havia ficado doente e abandonado a produção.

reprodução/instagram

Mariska com Steve Cardenas (Rocky)

11. Em 1997, a temporada Turbo começou com a dupla cômica Bulk (Paul Schrier) e Skull (Jason Narvy) sendo transformada em chimpanzés. Mais do que proporcionar novas piadas, a mudança foi feita para que os atores tivessem tempo livre para gravar um spin-off em que Skull herdava um hotel. Os dois tentariam administrar o estabelecimento e se meteriam em várias confusões. Como o projeto não foi adiante, eles voltaram para Power Rangers.

12. Turbo também é considerado um ponto baixo da franquia: para manter o público infantil ligado, os produtores decidiram apresentar Justin (Blake Foster), o primeiro Ranger criança. Só que o efeito foi o contrário: o público gostava de ver jovens adultos na TV, como modelos a serem seguidos. Considerado irritante, o menino fez a audiência desabar.

13. Na temporada seguinte, Power Rangers no Espaço, os índices estavam tão baixos que os produtores acharam que a franquia seria cancelada. Decidiram, então, fazer uma história mais madura, com arcos que duravam vários episódios, vilões mais perigosos e até uma disputa entre irmãos. O público, que já estava um pouco mais velho, adorou a mudança. A audiência cresceu e, com o aumento do público, a atração ganhou sobrevida.

14. Andros (Christopher Khayman Lee), o Ranger vermelho da temporada, era um alienígena que tinha um cabelo longo e repleto de mechas descoloridas. Inicialmente, a ideia era que o ator usasse uma peruca, mas a equipe preferiu tingir os fios do astro, que fazia retoque todos os meses. O resultado? No fim das gravações, Lee estava com o cabelo detonado.

15. Outra curiosidade sobre Christopher Khayman Lee? Ele é irmão da atriz Chyler Leigh, a Lexie de Grey's Anatomy. Os dois, inclusive, atuaram juntos no filme de ação Kickboxing Academy (1997). Na produção, Christopher e Chyler interpretaram um par romântico e chegaram a se beijar em uma das cenas. Vale tudo pela arte?

16. Power Rangers no Espaço também é responsável por um dos momentos mais bizarros de toda a franquia. Em um dos episódios, os heróis encontram as Tartarugas Ninja --Haim Saban estava produzindo uma série live-action com os personagens e decidiu aproveitar a vitrine para aumentar o público. Apesar de o capítulo dividir os fãs, as duas franquias já voltaram a se unir em HQs e, mais recentemente, em uma linha de bonecos.

reprodução/fox kids

As Tartarugas Ninja encontram os Power Rangers

17. Em 1999, Galáxia Perdida marcou a primeira vez que um Ranger morreu em ação. Kendrix (Valerie Vernon) é derrotada em uma das batalhas no meio da temporada. O motivo é que a atriz havia descoberto que estava com leucemia e precisou abandonar as gravações para se cuidar. 

18. Curiosamente, a palavra "morte" e suas variações são proibidas nos roteiros da franquia. Nem mesmo os vilões podem dizer "vou matar você!", optando sempre pelo verbo "destruir". Essa regra só foi quebrada em 2001, quase 400 episódios depois da estreia, na temporada Força do Tempo, quando Jen (Erin Cahill) diz que "a morte de Alex (Jason Faunt) não será em vão".

19. Em 2002, Força Animal trouxe um dos episódios mais celebrados pelos fãs: Eternamente Vermelho, uma reunião de dez Rangers vermelhos das diferentes temporadas. Um deles, porém, quase ficou de fora! Danny Slavin, o Leo de Galáxia Perdida, demorou para fechar seu contrato. Quando o ator finalmente acertou sua participação, as gravações já tinham ocorrido, então ele rodou suas cenas em um fundo verde e foi inserido digitalmente.

20. Força Animal também marcou a venda da franquia para a Disney, depois de nove anos sob o guarda-chuva da Fox (curiosamente, hoje a empresa do Mickey Mouse é dona da antiga rival). A equipe de roteiristas já havia começado a desenvolver a temporada no momento da negociação, então foi mantida até o fim --mas é claro que executivos da Disney deram (muitos) palpites no decorrer dos episódios.

21. Em 2003, já totalmente controlada pela Disney, a produção de Power Rangers mudou da Califórnia para a Nova Zelândia, onde os custos eram menores. A primeira temporada rodada lá foi Tempestade Ninja, e a ideia deu tão certo que o país virou sede da franquia durante duas décadas --Fúria Cósmica, a próxima série, gravou seus dez episódios por lá.

22. Tempestade Ninja também trouxe o primeiro Ranger vivido por um ator brasileiro. Trata-se de Dustin, o herói amarelo, interpretado por Glenn McMillan. Apesar de seu nome não indicar os laços tupiniquins, o artista nasceu em São João da Boa Vista, no interior de São Paulo, e se mudou para a Austrália quando tinha três anos.

reprodução/abc

Glenn McMillan foi o primeiro Power Ranger brasileiro

23. Depois de McMillan, outros dois brasileiros representaram o Brasil na franquia: Davi Santos, o Ranger dourado Ivan de Dino Charge (2015-2016), e Chrysti Ane, a Ranger rosa Sarah de Ninja Steel (2017-2018).

24. Chrysti é a única dos três que já trabalhou na TV brasileira: antes mesmo de fazer Power Rangers, ela havia atuado em Malhação - Casa Cheia (2013) na pele de Meg, ex-namorada gringa de Ben (Gabriel Falcão) que atrapalhava seu romance com Anita (Bianca Salgueiro).

25. Em 2005, Power Rangers viajou no tempo com a temporada S.P.D. (Super Patrulha Delta), que se passava em 2025. Ninguém da equipe imaginou que a franquia teria vida tão longa a ponto de ela alcançar o "futuro distante" apresentado na atração. Faltam só dois anos!

26. A franquia também evoluiu sua narrativa ao longo das décadas. Em 1996, o ator David Yost (intérprete de Billy, o primeiro Ranger azul) pediu demissão porque era alvo de homofobia da equipe nos bastidores --ele sairia do armário anos depois. Em 2021, Power Rangers: Dino Fúria apresentou sua primeira heroína LGBTQIA+ --Izzy, vivida por Tessa Rao.

27. Fúria Cósmica ainda promoverá a namorada de Izzy, Fern (Jacqueline Joe), ao time de heróis. Ela fará história em dose dupla: além de fazer parte do primeiro casal LGBTQIA+ a defender o universo junto, a novata será a primeira pessoa a usar o laranja como sua cor principal.

28. Ao longo da história, Power Rangers já faturou mais de US$ 8,7 bilhões (R$ 42,4 bilhões) com a venda de bonecos, HQs, DVDs, bilheteria dos filmes e outros produtos licenciados. É um valor maior do que marcas como Super Mario Bros., Velozes & Furiosos e Vila Sésamo.

29. Apesar disso, os atores lucraram pouco com sua participação. Como boa parte da série foi gravada fora das regras do sindicato, muitos deles sequer ganham pelos direitos de imagem nas reprises dos episódios. Os poucos que recebem dinheiro pelas temporadas sindicalizadas afirmam levar apenas centavos pelo trabalho.

30. Assim, os artistas faturam com presenças em convenções e outros eventos para fãs. Nos Estados Unidos, há duas feiras específicas sobre Power Rangers: a Power Morphicon e a Rangerstop. Mas os atores também aparecem em outras convenções --alguns deles já até vieram ao Brasil, para eventos como a CCXP e o Anime Friends.


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