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ALEXA MANSOUR

Estrela do 'Mulheres Ricas' latino agora mata zumbis em Walking Dead

Divulgação/AMC

Alexa Mansour, caracterizada como Hope, está deitada no compartimento de bagagem de um ônibus em cena de Walking Dead: World Beyond

Alexa Mansour em cena do primeiro episódio de Walking Dead: World Beyond; luxo ficou no passado

LUCIANO GUARALDO, de Richmond (EUA)

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 19/10/2020 - 7h00

Alexa Mansour não tem vida fácil na pele de Hope Bennett, sua personagem em The Walking Dead: World Beyond. A atriz encara lama, fumaça, sangue e mortos-vivos quase todos os dias de trabalho. Uma mudança e tanto para ela, que antes do papel na franquia zumbi tinha participado do reality show Rica, Famosa, Latina (2014-2017), espécie de Mulheres Ricas (2012-2013) para o público latino nos Estados Unidos.

Inspirado na franquia de sucesso Real Housewives, o programa acompanhava a vida de mulheres latinas bem-sucedidas em Los Angeles, e uma das estrelas era a empresária mexicana Luzelba Mansour, mãe de Alexa. Dona de frases como "deixei minha jaula de ouro, e agora o tesouro é todo meu" e "elas jogam, mas sou eu que crio as regras", Lu frequentemente dividia as cenas com sua herdeira --que agora, aos 24 anos, parece ter vergonha de seu passado como a Kim Kardashian da América Latina.

Alexa com a mãe, Luzelba, em foto promocional do reality Rica, Famosa, Latina (Divulgação/Estrella TV)

A experiência no reality, porém, acabou ajudando Alexa a encarar os "haters" da nova série do universo Walking Dead. "Eu já recebi tanto o amor quanto o ódio do público, por causa da minha mãe. Já me acostumei com esses comentários. Talvez não na dimensão de agora, mas é uma coisa que acontece e pronto. Essa é uma experiência tão incrível, então podem trazer o amor e o ódio, eu aceito tudo", minimiza ela em entrevista concedida ao Notícias da TV em Richmond, Virgínia, onde a série é gravada.

A atriz não esconde que sua vida, apesar de luxuosa, nunca foi um conto de fadas. "Eu era muito tímida quando criança, não falava com ninguém. E sofria muito bullying dos colegas, até meus 17 anos. Minha mãe achou que me colocar em aulas de atuação seria uma maneira de me abrir. E funcionou, me deixou bem mais confiante, fiz amigos fora da escola que não me tratavam como lixo. Atuar era para ser uma válvula de escape, mas eu acabei me apaixonando", lembra a artista, que também é cantora e compositora.

Angústia adolescente

Em World Beyond, Hope é uma adolescente do tipo rebelde sem causa, que vive quebrando as regras da comunidade onde cresceu. Logo no primeiro episódio, ela é pega com um estoque monstruoso de bebida alcoólica escondido. "Hope gosta de beber, mas não é uma coisa depressiva. Ela está presa naquele lugar seguro e perfeito, mas não pode fazer nada, então procura maneiras de se divertir. Como todos nós já fizemos quando tínhamos 17 anos, sabe?", provoca ela.

"Hope é o tipo de pessoa que eu descreveria como uma adolescente angustiada, que não gosta de ouvir ninguém, segue as próprias regras e não tem nenhuma esperança para o futuro do planeta. Ela não acha que nada de bom vai acontecer, então vive o presente intensamente, porque pode não estar viva amanhã. Acredito que ela até foi uma criança feliz, mas depois do apocalipse zumbi, acabou se transformando", define a intérprete.

Na estreia, Hope e seus amigos decidiram deixar a segurança da comunidade onde vivem e se aventurar pelos Estados Unidos em busca do pai dela. Porém, ao explorarem o mundo real pela primeira vez, os personagens descobrem que encarar zumbis não é tão fácil quanto nas aulas de defesa pessoal.

"Eles não sabem o quanto é perigoso do lado de fora dos muros. Então, os seis vão tentar ultrapassar todos esses obstáculos. E, acredite, eles encontram muitos obstáculos no caminho (risos). É uma jornada em que eles também vão descobrir quem são. E, para Hope, ela encontrará uma razão para estar ali, para lutar, para seguir em frente. Viver de verdade, e não apenas sobreviver."

divulgação/amc

O elenco adolescente de TWD: World Beyond

Com quatro protagonistas adolescentes e duas figuras paternais na casa dos 30 anos, World Beyond tem como foco um público mais novo. "Nas outras séries, você vê como os adultos lidam com os mortos-vivos. Agora, temos jovens que não fazem ideia de onde estão se metendo. Acho que esse pessoal vai ver e se identificar com o que vê na TV", especula.

Ela mesma, porém, não se conecta tanto com sua personagem. Se passasse por um apocalipse zumbi e tivesse a oportunidade de explorar o mundo, a atriz negaria o convite. "Eu teria ficado na comunidade (risos). Não gosto de me arriscar, prefiro agir de maneira segura. Acho que eu teria medo e raiva se fosse arrastada para essa jornada com os outros. Mas, no fim das contas, ficaria feliz de estar ali e lutaria junto com meus amigos."

E as pessoas que faziam bullying com ela no passado, como agem agora que ela é protagonista de uma série do universo Walking Dead? "Recebi mensagens carinhosas de todos, dizendo coisas como 'Eu sempre soube que você faria sucesso!'", confidencia Alexa, aos risos. O mundo dá voltas, não é?

O terceiro episódio de World Beyond vai ao nesta segunda-feira (19), às 22h, no canal AMC. Na sequência, será exibido o segundo episódio da sexta temporada de Fear the Walking Dead.


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