Atriz de série de terror se assusta com exorcismo encenado: 'Horrível'

Protagonista da série Evil, Katja Herbers encara demônios, milagres, possessões e outros tipos de fenômenos sobrenaturais na ficção. Ela não se abala com as cenas intensas de terror, mas confessa que ficou assustada ao gravar uma sequência em que sua personagem acompanha um exorcismo. "Aquilo foi completamente horrível", desabafa.

Criada pelo casal Robert e Michelle King (de The Good Wife), Evil conta a história de David Acosta (Mike Colter), um ex-jornalista aspirante a padre que se alia à psicóloga forense Kristen Bouchard (Katja) para investigar casos que desafiam a ciência. Ele é um homem de fé, enquanto ela é totalmente cética. O embate remete às primeiras temporadas de Arquivo X (1993-2018).

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Logo no primeiro episódio da série, que vai ao ar na sexta-feira (23) no canal Universal TV, a personagem de Katja é atacada por um demônio debochado, que arranca um dos dedos da mão dela e a tortura na cama. A sequência pode chocar o público, mas foi fichinha para a atriz de 39 anos --afinal, ela conhece os bastidores desse terror todo e já desvendou essa "magia".

O exorcismo que acontece no quinto capítulo, porém, a marcou por ser realista demais. "Temos até um monsenhor no estúdio para nos certificarmos de que tudo é feito da maneira correta", conta a intérprete ao Notícias da TV.

"Karen Pittman, que é maravilhosa, interpreta uma mulher possuída, e ela foi amarrada a uma cadeira, estava sangrando e espumando pela boca. Eu achei a maneira como ela foi tratada pelos exorcistas completamente horrível! Já fiquei mal só de ver. Obviamente era tudo atuação, mas tinha algo real naquilo tudo. E o monsenhor só concordava: 'Sim, é isso que acontece mesmo, é assim que se faz um exorcismo'. E aquilo pode durar dias! Isso sim me assusta, ter de fingir que estou aterrorizada é fácil (risos)", admite.

Mulher da ciência

Sustos à parte, Katja se identifica com o lado cético de sua personagem, que duvida de tudo que pareça desafiar a lógica. A atriz, no entanto, prefere uma definição diferente para sua descrença.

"Acho que 'cética' soa negativo, e não sou negativa à opinião de ninguém, eu a respeito. A não ser que seja uma teoria da conspiração ou que negue a ciência. Dessas não gosto. Eu acredito mais na ciência do que em coisas que não podemos explicar ainda", diz a atriz.

Ao contrário de sua intérprete, Kristen vai se transformando no decorrer da temporada ao lidar com alguns casos mais intensos. "No início da série, ela não acredita em nada e busca uma explicação científica para tudo. Depois, vai mudando quando se depara com coisas que não consegue justificar. Ela se permite ter um pouco de dúvida e fica no meio do caminho entre David, que acredita em tudo, e Ben [Aasif Mandvi], que é um cético total", adianta.

Um dos destaques da atração é a dinâmica entre os dois protagonistas. Opostos que se atraem, David e Kristen se provocam o tempo todo, e fica evidente que o interesse da psicóloga no padre gato vai além do profissional.

"Acho que nossa química tem muito a ver com o fato de que nós dois brincamos um com o outro nos bastidores, estamos sempre fazendo piadas. E Mike é um ator ótimo, inteligente. Nós nos conectamos muito facilmente, o que é curioso, porque não nos conhecíamos antes disso", conta Katja.

A série foi renovada para a segunda temporada em outubro do ano passado --foi a primeira atração da leva 2019/2020 a ganhar novos episódios--, mas as gravações foram atrasadas por causa da pandemia do coronavírus. Por aqui, o Universal TV estreia a série na sexta-feira, com novos episódios toda semana às 23h. A primeira temporada está disponível no Globoplay.