Dia do rala e rola
Reprodução/Netflix
Os atores Mike Colter e Krysten Ritter na primeira temporada de Jessica Jones; sexo entre heróis
JOÃO DA PAZ
Publicado em 6/9/2018 - 5h23
Mais liberado do que em novelas, o sexo está presente em todo tipo de série, de heróis (Jessica Jones) a fantasiosas (American Gods). Por isso, há um leque de variações na forma de apresentar o vuco-vuco. Existem opções para quem gosta de uma coisa mais bruta (qualquer cena com Luke Cage) ou algo mais requintado, como visto em The Girlfriend Experience.
No Dia do Sexo, o sugestivo 6 de setembro (6/9), o Notícias da TV elenca cinco séries que mostram tipos diferentes de transas:
reprodução/hbo
Alexander Skarsgård e Nicole Kidman em Big Little Lies: abusos resultavam em brutalidade
Sexo bruto
No ano passado, a HBO chocou parte de seus telespectadores com o sexo abusivo de Big Little Lies. Nicole Kidman e Alexander Skarsgård protagonizaram as cenas quentes (no banheiro, sala, quarto, cozinha) com direito a mordidas, puxão de cabelo, tapas e até estrangulamento. O que poderia ser apenas uma tara, maquiava o comportamento violento de Perry (Skarsgård) contra sua mulher, Celeste (Nicole).
Na Netflix, qualquer cena de sexo com Luke Cage (Mike Colter) envolve brutalidade. Herói com uma força descomunal, ele quebrou uma cama transando com Jessica Jones (Krysten Ritter) e acabou com o apartamento de Claire (Rosario Dawson) após sair da prisão, com o sexo atrasado, em Os Defensores. Namoradinho da enfermeira, Luke Cage deixou o corpo dela cheio de hematomas.
As cenas mais quentes de Luke Cage, contudo, são com Jessica Jones e acabaram fincando um marco na TV. Há um paradigma de que heróis não transam, tanto na TV quanto no cinema. As séries da Marvel na Netflix, com uma pegada mais adulta, desmistificaram essa ideia.
reprodução/hbo
Issa Dee (Issa Rae) levou a pior após sexo oral: foi atingida no olho e ficou com o sutiã sujo
Sexo atrapalhado
Quem nunca passou apuros na hora do sexo? É tesão indo embora na hora de colocar a camisinha, gafe ao errar o buraco, queda da cama ou do sofá, entre outros foras. Girls (2012-2017), comédia da HBO, primou ao mostrar jovens descobrindo a sexualidade, nem sempre de forma prazerosa. Constrangedor e sem estética, o sexo da série navegou entre o silencioso e o esquisito, com direito até a beijo grego.
Outra atração da HBO, Insecure não esconde sua timidez. A trama é praticamente uma Girls com negras e quebra um padrão da TV de só mostrar a vida amorosa de jovens brancas. Uma das cenas mais atrapalhadas aconteceu quando a protagonista Issa Dee (Issa Rae) foi pega de surpresa: no ápice do sexo oral, ela foi atingida no olho pela ejaculação do parceiro. Faltou entrosamento.
divulgação/showtime
Lizzy Caplan e Michael Sheen em Masters of Sex; sexo analisado com prancheta e caneta
Sexo didático
Para quem caça dicas de como melhorar a transa com o parceiro, Masters of Sex (Clarovídeo e Now) serve como uma enciclopédia. Há pitacos sobre como deixar a mulher mais excitada, como fazer o homem durar mais durante a transa, o passo a passo para melhorar as preliminares... Quem é adepto de masturbação também irá se surpreender ao descobrir que existem várias maneiras de praticá-la.
Além de ser uma excelente série, com 12 indicações ao Emmy (uma vitória), Masters of Sex ensina tudo sobre sexo ao telespectador, por retratar uma história real, o início de um trabalho pioneiro sobre a sexualidade humana feito pelo casal William Masters (Michael Sheen) e Virginia Johnson (Lizzy Caplan).
divulgação/starz
Em American Gods, a deusa Bilquis (Yetide Bataki) suga seus parceiros pelo órgão genital
Sexo pornográfico
Nas primeiras temporadas, Game of Thrones ganhou fama de ser um soft porn na HBO, rótulo bem próximo à realidade. O sexo quase pornográfico no bordel de King's Landing, com figurantes que eram atrizes pornôs, merece uma menção. Mas tem mais séries no mercado que investem forte nas relações praticamente explícitas, com nu frontal masculino e tudo o que tem direito.
Obviamente, The Deuce (HBO) entra na jogada por apresentar o nascimento da indústria pornográfica no começo dos anos 1970, em Nova York. American Gods (Amazon) tem deuses bem-dotados e uma divindade que, após marcar um encontro com um homem em um aplicativo de paquera, o suga pela vagina.
E é claro que Sense8 precisa ser citada. Desde a cinta peniana que voa melada logo no primeiro episódio às cenas de suruba, o sexo está intrínseco à série e é comemorado pelos fãs como se fosse um gol. A nudez masculina tem seu destaque, com a revelação do grande dote do alemão Wolfgang (Max Riemelt).
divulgação/starz
Na pele de uma acompanhante de luxo, Riley Keough brilhou em The Girlfriend Experience
Sexo glamouroso
Pelas lentes do cineasta Steven Soderbergh, The Girlfirend Experience (Fox Play) explora o mundo da prostituição de luxo de maneira elegante e sensual. A primeira temporada, com a neta do Elvis Presley, Riley Keough, como protagonista, recebeu o rótulo de "a melhor série do ano", pela prestigiada revista The New Yorker.
Assim como a brasileira O Negócio (2013-2018), Girlfriend Experience esbanja requinte nas cenas de sexo, sempre com bom gosto e alto teor erótico. E não há lugar pra gente feia e pobre no rala e rola de ambas as séries, que ocorrem em lugares chiques, seja em um hotel cinco estrelas ou em uma mansão.
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