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Fotos: Reprodução/HBO
A protagonista Emilia Clarke em cena de nu frontal total em Game of Thrones, série mais erótica da TV
JOÃO DA PAZ
Publicado em 2/4/2015 - 6h11
Uma das séries mais cultuadas da TV, Game of Thrones é movida a sexo e violência. Levantamento exclusivo e inédito feito do Notícias da TV revela que a produção, que volta ao ar na HBO no próximo 12, traz uma cena de sexo e nudez a cada 30 minutos, em média. Em quatro temporadas, o drama fantasioso sobre a disputa entre sete reinos já mostrou uma hora e 13 minutos de erotismo _desde "simples" nus frontais até orgias, sem discriminar gênero, etnias e graus de parentesco. Isso quer dizer que, dos 40 episódios da série mais erótica da TV da atualidade, um inteiro foi dedicado ao sexo.
Game of Thrones debutou em 2011 mostrando que não teria pudores. Logo no primeiro episódio, os irmãos Cersei (Lena Headey) e Jaime Lannister (Nikolaj Coster-Waldau) foram flagrados em plena fornicação. Um dos protagonistas, o anão interpretado por Peter Dinklage, foi apresentado rodeado de prostitutas e recebendo sexo oral. Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), a suposta herdeira que clama o trono central, estreou mostrando os seios e as nádegas e passou a temporada fazendo sexo à força.
Os irmãos Cersei e Jaime formam um dos principais casais da série. Na temporada passada, protagonizaram uma das cenas mais polêmicas de 2014: fizeram sexo ao lado do corpo do próprio filho, o rei morto Joffrey Baratheon (Jack Gleeson), dentro de um santuário. Como Cersei não consentiu com a situação, a transa teve conotação de estupro.
Nikolaj Coster-Waldau e Lena Headey em cena em que transam ao lado do filho morto
Game of Thrones têm sequências dignas dos programas eróticos das madrugadas. No sétimo episódio da primeira temporada, durante mais de cinco minutos, o dono de um bordel apareceu treinando duas prostitutas a dar prazer a um homem. Foi um festival de toques, posições sexuais e gemidos.
Nas quatro temporadas, a série apresentou 16 nus frontais femininos e cinco masculinos. Três personagens relevantes já mostraram tudo: Daenerys, a prostituta Ros (Esme Bianco) e a selvagem Osha (Natalia Tena).
“Trata-se de uma produção de excessos, seja de sexo, seja de violência. O público sabe e espera por isso”, analisa Lucas Salgado, 31 anos, crítico de séries do site AdoroCinema. A combinação entre violência e sexo é comum em outras séries da HBO, como True Blood (2008-2014). Entretanto, por mais que tenha exibido transas entre fadas e vampiros, não chega ao nível de erotismo explícito de Game of Thrones. “Em True Blood, o sexo e a nudez eram ferramentas gráficas”, explica Salgado. Para o crítico, o sexo em Game of Thrones tem uma importância narrativa. "Não me parece que toda a nudez na série seja sem propósito", pondera.
Dos 40 episódios das quatro temporadas, Game of Thrones só não teve cenas de sexo em dez deles. Isso porque a produção é fiel aos livros As Crônicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin, e segue seus acontecimentos. E os livros de vez em quando dão um descanso para seus atletas sexuais.
Will Tudor (à esq.) reage ao ser apalpado no pênis por Pedro Pascal, na quarta temporada
Sexo na medida certa
A primeira série com teor sexual da HBO foi Sex and the City (1998-2004). Porém, a comédia debatia o tema com poucas cenas eróticas. Mesmo sendo em um canal pago, em que há mais liberdade, a série ousou pouco nesse quesito. O drama Mistresses, atualmente na rede aberta ABC, com temática semelhante, é mais picante do que Sex and the City.
Em The Sopranos (1999-2007), a HBO inseriu o sexo de uma forma natural. "A partir daqui o sexo foi utilizado para dar apoio à característica principal ao protagonista de uma trama", diz o jornalista Paulo Gustavo Pereira, 56, autor do livro Almanaque dos Seriados, referindo-se ao mafioso Tony Soprano (James Gandolfini).
A mesma harmonia entre sexo e o roteiro ocorre em Girls, que acaba de ter a quarta temporada exibida. Embora existam transas jogadas no meio da história, elas fazem sentido no desenvolvimento dos personagens. “O sexo em The Sopranos e Girls é retratado de forma eficiente”, define Lucas Salgado.
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