PARA QUARENTENAR
Divulgação/AMC
Bob Odenkirk e Josh Fadem, com uma câmera ao fundo, na quinta temporada do drama Better Call Saul
JOÃO DA PAZ
Publicado em 12/4/2020 - 5h28
De drama com pedigree a atração italiana, o mundo das séries fechou o primeiro trimestre muito bem --crise do novo coronavírus à parte. O público viu Better Call Saul, filhote de Breaking Bad (2008-2013), superar a si mesmo e entregar uma quinta temporada impecável. E o aguardado retorno de My Brilliant Friend correspondeu às expectativas.
Essas duas atrações são, respectivamente, a primeira e a segunda no ranking das séries mais bem avaliadas do primeiro trimestre de 2020 pelos críticos norte-americanos, segundo levantamento do site Metacritic, que compila reviews dos principais veículos de imprensa dos Estados Unidos.
Veja quais outras séries, lançadas entre janeiro e março, completam o top 5 e saiba onde assisti-las no Brasil:
Com a proposta de narrar os passos iniciais da carreira do advogado do traficante Walter White (Bryan Cranston), Better Call Saul fez isso com louvores nas quatro primeiras temporadas. Na atual quinta temporada, Jimmy McGill (Bob Odenkirk) assumiu de vez a identidade do malandro Saul Goodman, deixando a série do canal americano AMC (disponível no Brasil na Netflix) melhor do que já era.
Faltam dois episódios para o quinto ano acabar. Os capítulos inéditos entram na plataforma sempre às terças. Better Call Saul está renovada para a sexta e última temporada.
Jornalistas e telespectadores americanos se renderam às legendas para não deixar de acompanhar as histórias belíssimas do drama italiano My Brilliant Friend, que está na segunda temporada (episódios inéditos vão ao ar toda segunda, às 23h, na HBO). A atração é um sucesso absoluto na Itália, com média de audiência na casa dos 6 milhões de telespectadores.
A série venceu a maldição da segunda temporada e chegou com uma leva de episódios ainda mais interessante. Com um clima de antirromance e rivalidade entre amigas, My Brilliant Friend alia uma qualidade de roteiro com uma fotografia de muito bom gosto. A série adapta uma coleção de livros lançada por Elena Ferrante (são quatro, no total, um por temporada).
divulgação/HBO
Margherita Mazzucco e Gaia Girace na segunda temporada do drama My Brilliant Friend
Batizada no Brasil de Nada Ortodoxa, a minissérie Unorthodox conquistou telespectadores ao redor do mundo por narrar uma história bem particular. A jovem Esty (Shira Haas), integrante de uma família nova-iorquina de judeus ultraortodoxos, não se conforma com um casamento arranjado e planeja uma fuga para a Alemanha, em busca de traços de sua família biológica.
Composta de quatro episódios, Nada Ortodoxa apresenta um universo estranho para muitos, o dos judeus para lá de tradicionais, que vale a pena conferir. O drama é baseado em uma história real, momentos da vida da autora Deborah Feldman descritos no livro Nada Ortodoxa: A Escandalosa Rejeição de Minhas Raízes Hassídica (de 2012), inédito no Brasil.
Cinco meses após o lançamento, o streaming da Apple (o Apple TV+) tem um catálogo magérrimo comparado aos concorrentes. Em compensação, há boas atrações, como The Morning Show e Truth Be Told. É o caso também de Little America, que em janeiro chegou com os oito episódios da primeira temporada.
Cada capítulo conta histórias reais de imigrantes nos Estados Unidos. É um olhar crítico e visceral do verdadeiro sonho americano, diferentemente do romantizado em profusão no cinema. O drama retrata os perrengues que pessoas oriundas de todas as partes da Terra, da Índia à França, passando por Uganda, enfrentam no novo país. É entretenimento, diversão e boas tramas misturadas com um choque de realidade.
Série britânica que teve um lançamento fantasma na Netflix, Feel Good é a única comédia da lista. A atração, da rede Channel 4 e distribuída internacionalmente pela gigante do streaming, tem como protagonista a comediante canadense Mae Martin, que interpreta ela mesma em uma trama baseada em sua experiência de vida.
Curtinha, com seis episódios que não passam de 25 minutos cada, Feel Good acompanha a carreira de Mae no mundo dos shows de stand-up enquanto adentra em um enrolado romance com outra mulher. Muito inteligente e bem estruturada, a comédia vale a maratona. E de brinde o telespectador verá uma participação de Lisa Kudrow, a eterna Phoebe de Friends (1994-2004).
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