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FOCO NA QUALIDADE

Chefona da Amazon ataca a Netflix: 'Não fazemos séries pelo volume'

Jan Thijs/Amazon Prime Video

Os atores Dominique McElligott e Antony Starr acenam para o público em cena da série The Boys

Os atores Dominique McElligott e Antony Starr em cena de The Boys, sucesso do Prime Video

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 10/12/2019 - 5h31

Principal rival da Netflix, o Prime Video decidiu levar a sério a expressão "guerra dos streamings" e partiu para o ataque contra a líder do setor. A presidente do Amazon Studios, Jennifer Salke, foi direta ao defender os lançamentos a conta-gotas de sua empresa e detonar a estratégia da concorrente, que estreia várias séries toda semana. "Não estamos no jogo de volume, queremos qualidade", alfinetou ela durante visita ao Brasil.

A chefona esteve em São Paulo na semana passada para apresentar as primeiras produções originais do Prime Video no Brasil. Foram anunciados apenas seis projetos, alguns deles previstos para entrar no catálogo apenas em 2021. A Netflix, só em 2019, estreou cinco séries de ficção, além de novas temporadas de 3%, O Mecanismo e Samantha!.

"Nossos clientes estão ansiosos por conteúdo de alta qualidade, e nossa curadoria quer construir um cardápio que tenha padrão elevado. Não temos o menor interesse em entrar nessa disputa de muito volume, não há nenhuma pressão para lançarmos série atrás de série. Nossa estratégia é selecionar melhor", valorizou Jennifer.

A seleção rígida é bastante óbvia para quem acompanha o streaming: em 2019, o Prime Video lançou três séries de drama (Hanna, The Boys e Carnival Row), a comédia romântica Modern Love e as coproduções The Widow, Good Omens e The Feed. Sua concorrente chega a lançar sete séries em uma única semana.

Ao Notícias da TV, a executiva explicou que produtores e roteiristas têm preferido trabalhar nesse esquema, pois se sentem mais valorizados. "Como escolhemos nossos projetos a dedo, temos tempo para desenvolver, cuidar, nutrir e divulgar melhor todas as nossas séries. Isso faz com que elas se tornem mais conhecidas pelo público e não se percam no meio da avalanche de conteúdo", disse.

Jennifer Salke, presidente do Amazon Studios, criticou Netflix por lançar séries demais (Foto: Divulgação)

De fato, a Amazon investe pesado em publicidade. A série Carnival Row, lançada no fim de agosto, ainda aparece em comerciais na TV aberta e em anúncios espalhados por grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

"Mas nossa ideia de trabalhar bem cada série com seus criadores e também na cabeça do público não é algo que fazemos apenas com projetos americanos, vale para o mundo todo", adiantou a toda-poderosa do serviço.

Com esse xaveco, o Prime Video já conquistou bons colaboradores no Brasil --e até cooptou alguns que estavam na concorrente. Sua primeira série de ficção, Dom, será uma parceria com a Conspiração --que prepara Reality Z para a Netflix. A O2, que fez Irmandade com a líder do setor, estará no serviço da Amazon com Setembro. E a Losbragas (de Samantha! e Sintonia) será a responsável pela dramédia L.OV3.

"Eu tenho um histórico profissional em desenvolvimento de ficção", contou Jennifer, que trabalhava na NBCUniversal antes de entrar para a Amazon na vaga deixada por Roy Price, demitido após ser acusado de assédio sexual. "Já passei muito tempo com escritores, produtores, a maior parte da minha equipe é desse lado criativo. Acho que conseguimos criar um lar que abraça o talento, sabe?"

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