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Fall Season 2020

CBS dá tiro no escuro, vai na contramão de rivais e desafia coronavírus; saiba por quê

Divulgação/CBS

Com táxis amarelos ao fundo, os atores Zeeko Zaki e Missy Peregrym caminha por uma rua de Nova York na série FBI

Zeeko Zaki e Missy Peregrym na série FBI; cenas nas ruas de Nova York devem ficar escassas pós-coronavírus

JOÃO DA PAZ

Publicado em 19/5/2020 - 18h28

A mais conservadora entre as redes americanas, a CBS tomou uma atitude arriscada, deu um tiro no escuro. A líder de audiência nos Estados Unidos anunciou sua programação para a fall season (temporada entre setembro e novembro) deste ano, que desafia o novo coronavírus (Covid-19) e vai na contramão das rivais cautelosas Fox e The CW.

Sob as ordens do presidente de entretenimento, Kelly Kahl, a CBS programou um calendário de estreias de atrações veteranas e novatas como se o mundo girasse normalmente, sem pandemia e sem uma quarentena em vigor nos EUA. Ou seja, Kahl acredita que, mesmo se as gravações de suas produções começarem em agosto, ainda será possível lançá-las no mês seguinte com tranquilidade.

É totalmente o oposto do que Fox e The CW fizeram. Mesmo alicerçada em esportes e realities, a nova Fox vem com um calendário que até terá séries na grade, mas produções de terceiros (como L.A.'s Finest) ou que já estão finalizadas (Filthy Rich, neXt). O resto vai ficar para o começo do ano que vem, pois ainda há muitas incertezas sobre quando os trabalhos em Hollywood poderão ser retomados.

Essa estratégia é parecida com a tomada pela nanica CW. A rede dos super-heróis (Flash, Supergirl, entre outras) jogou para janeiro todas as estreias de suas séries, novatas ou veteranas. Para fechar o ano, séries foram compradas. A exceção ficou por conta de Supernatural, com dois episódios a serem gravados, que a CW quer terminar ainda em 2020, marcando a despedida do drama popular.

A postura da CBS é bastante arriscada. De todas as 20 produções escaladas para o horário nobre de setembro em diante (excluindo programas jornalísticos), somente o reality Amazing Race está finalizado. Como Hollywood passa por uma crise sem precedentes, não dá para cravar que será possível voltar aos trabalhos em agosto. E, mesmo se sim, haverá barreiras e restrições a serem superadas.

O caso do canal BET, que armou um esquema para lá de elaborado para gravar duas séries, é um exemplo dessa complexidade. Esse plano só foi aprovado porque será armado um isolamento especial dentro de um único estúdio, com protocolos rigorosos de higienização e isolamento social (com direito a quartos para o elenco).

Como fazer isso com séries que dependem de externas, como as das franquias NCIS e FBI? Serão episódios de tramas policiais sem ação em que a polícia pega o bandido? Sem fuga, sem cenas na rua?

Todavia, Kahl disse que tem um plano B caso a programação anunciada não dê certo. Como houve no ano passado a fusão da CBS com a Viacom (unidas novamente), a rede americana tem a seu dispor um vasto catálogo de opções para preencher os buracos da programação, com atrações de canais diversos como Paramount Network, MTV, VH1, Comedy Central, Nickelodeon, Pop TV, entre outros.

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