DJAVAN OU DÉJÀ-VU?
FOTOS: REPRODUÇÃO/RECORD
Elcana (Fernando Pavão) em Reis; ecos na história de Abraão (Zécarlos Machado) em Gênesis
A Record quer aproveitar os ventos favoráveis para levar o primeiro capítulo de Reis ao ar no próximo dia 22. Se por um lado o cenário é favorável diante dos tropeços das concorrentes, por outro a emissora tem que redobrar o cuidado para fazer os folhetins bíblicos não andarem em círculos --até porque a novela inédita repete algumas das principais tramas centrais de Gênesis (2021).
A primeira temporada, que recebeu o subtítulo de A Decepção, vai trazer um drama que já é velho conhecido da audiência. Com problemas de fertilidade, Ana (Branca Messina) sofrerá por não dar um herdeiro a Elcana (Fernando Pavão), que recorrerá a Penina (Júlia Guerra) para gerar descendência.
O hebreu só tem olhos para a primeira mulher, mas se deitará com a outra por pura pressão, num arco que lembra e muito a saga de Abraão (Zécarlos Machado). Afinal, assim como Sara (Adriana Garambone), a nova protagonista também vai comer o pão que o diabo amassou nas mãos da rival --com ares de Agar (Hylka Maria).
Em outra semelhança, Ana também será usada como instrumento de Deus para trazer um dos nomes mais importantes do Velho Testamento. Se a personagem de Adriana Garambone deu à luz Isaque (Guilherme Bortolotto), a israelita será mãe do profeta Samuel (Rafael Gevú).
Em suma, o principal desafio de Raphaela Castro e sua equipe é dar uma roupagem diferente à mesma história para manter o público interessado. Uma missão nada fácil, principalmente porque a roteirista também esteve por trás de uma das fases de Gênesis --a sétima, sobre José (Juliano Laham).
A Bíblia, por si só, já impõe uma série de dificuldades para ser transposta a outras linguagens. Ela não é um livro contínuo, mas um cânone que amarra textos que vieram do hebraico, do aramaico e do grego. Alguns com mais afinidades do que os outros.
Não à toa, a repetição é uma das características centrais da cosmogonia cristã. Em um mundo em que o papel era um artigo de luxo, e em que poucos sabiam ler, boa parte dos mitos e narrativas eram passados oralmente, e a reiteração era uma forma de fixá-los na memória do ouvinte.
Eli (José Rubens Chachá) no folhetim
Outro tema recorrente em Gênesis que estará de volta em Reis é o fruto que cai bem longe da árvore. Não faltam exemplos bíblicos de filhos que em nada lembram os pais e por isso se afastam de Deus, como Cam (Vinícius Reed) e Noé (Oscar Magrini); Simeão (Igor Cotrim) e Israel (Petrônio Gontijo); ou mesmo Ismael (Iano Salomão) e Abraão).
A cota desta vez vai ser preenchida por Hofni (Vinícius Reed) e Finéias (Edu Porto), que não puxaram o temor ao todo-poderoso do pai Eli (José Rubens Chachá). Eles são corruptos, depravados e castigados por se oporem aos desígnios divinos --assim como outra dupla do folhetim de Camilo Pellegrini, Stephanie Ribeiro e Raphaela Castro.
O segmento encontra ecos na relação tensa entre Judá (Thiago Rodrigues) com os herdeiros Onã (Caio Vegatti) e Selá (Guilherme Seta), que ainda está viva na memória dos telespectadores graças ao compilado de reprises A Bíblia.
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