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SEM PRECONCEITO

Globo arranca trama homofóbica para evitar cancelamento de Pantanal

JOÃO MIGUEL JÚNIOR/GLOBO

Jesuíta Barbosa veste uma blusa rosa e olha sério para a câmera, caracterizado como Joventino, em Pantanal

Jesuíta Barbosa como Jove: Globo tira tramas e falas homofóbicas que existiam em Pantanal

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 5/3/2022 - 7h00

Para evitar que o remake de Pantanal seja cancelado pelo público mais progressista, a Globo retirou passagens consideradas homofóbicas que foram escritas na versão original de Benedito Ruy Barbosa em 1990, na extinta Manchete (1983-1999). As alterações envolvem a história do protagonista Jove (Jesuíta Barbosa) e o tratamento dado a Zaqueu, mordomo gay feito por Silvero Pereira. 

Dar nova roupagem ao texto com discussões atuais e dialogar com as novas gerações é uma grande preocupação da direção da novela, comandada por Rogério Gomes, o Papinha. Tramas foram reformuladas, e até a escalação de atores teve esse cuidado por parte da produção. 

Segundo apurou o Notícias da TV, uma das tramas que foram retiradas de Pantanal é a passagem em que Jove conhece Juma (Allanis Guillen) e, ao voltar para o Rio de Janeiro com a nova paixão, o protagonista se torna alvo da vingança e uma ex-namorada, que espalha para amigos e toda a alta sociedade que ele é gay. Ou uma "bichona louca", termo usado no original.

Naquela ocasião, o papel teve o nome de Nalvinha e foi interpretado por Flávia Monteiro, conhecida do público por ter protagonizado a primeira versão de Chiquititas (1997-2001) no SBT. Essa ex-namorada ainda irá existir na versão global, mas usando um outro artifício para falar mal do antigo amor que a trocou por uma mulher do Mato Grosso do Sul.

Pantanal tirou ainda o olhar homofóbico que José Leôncio (Marcos Palmeira) tinha quando via alguns comportamentos de Jove assim que ele chegava no Pantanal após 20 anos sem ver seu filho. O climão entre os dois só se dará pelas diferenças culturais, não haverá menção à sexualidade do rapaz.

Outra atualização importante será na forma como o mordomo Zaqueu será retratado. Vivido por Silvero Pereira --que viveu a drag queen Elis Miranda em A Força do Querer (2017)--, o servente de Mariana (Selma Egrei) não vai mais sofrer com piadas homofóbicas no texto. 

Na novela, Pantanal pretende mostrar como um homem assumidamente gay como Zaqueu sofre com preconceito, mas sendo defendido na trama pelos caras que, 32 anos atrás, riam de sua cara. O preconceito será retratado através de personagens que não são do convívio do mordomo e do vilão Tenório, interpretado por Murilo Benício. 

A próxima novela das nove é cercada de expectativa e privilégios por ser a primeira grande aposta da nova direção de dramaturgia, comandada por José Luiz Villamarim e Ricardo Waddington. O remake tem a missão de elevar os números de Um Lugar ao Sol, maior fracasso da história do horário das nove.


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