SOBE E DESCE
FOTOS: REPRODUÇÃO/RECORD
Abraão (Zécarlos Machado), Massá (Marcos Winter) e Agar (Hylka Maria): alguns destaques em Gênesis
Gênesis já fez "milagre" dentro da Record ao recuperar parte do público que tinha perdido o interesse em seus folhetins bíblicos. Com a estreia adiada diversas vezes e marcada por problemas nos bastidores, a produção superou a desconfiança inicial e conseguiu se firmar na audiência. Os números "superlativos", no entanto, não são exatamente um sinônimo de sucesso para o elenco.
Com quase 400 atores distribuídos em sete fases, a novela se tornou uma espécie de loteria para os intérpretes. Escrita a seis mãos, com muitos outros dedos no meio do roteiro, um papel --que é interpretado por até três atores nas diferentes etapas da vida --pode fazer barulho durante uma etapa e, na seguinte, perder completamente a importância.
Os saltos temporais, que chegam a três dentro de um mesmo capítulo, também são um desafio para o público acompanhar a história e estabelecer uma conexão com os personagens. Em um estalar de dedos, a criança que corre pelo capítulo de segunda pode se tornar um senhor de barba grisalha e dores na coluna no de sexta.
Os protagonistas têm um pouco mais de sorte, especialmente depois de Ur dos Caldeus, quando a história estabeleceu o foco narrativo em Abraão (Zécarlos Machado) e sua família. Jacó (Miguel Coelho), à frente da sexta fase, é neto do profeta; José (Juliano Laham), que se tornará o centro das atenções na derradeira, é bisneto.
Os coadjuvantes, por outro lado, têm pouquíssimo tempo de tela para se sobressair entre os inúmeros papéis de menor destaque que fazem a história ganhar ares de cabide de emprego. Fairuza (Sura Berditchevsky), por exemplo, não resistiu dois capítulos antes de sua morte, e o marido Betuel (Roberto Bomfim) foi pelo mesmo caminho.
Veja cinco azarados da produção da Record:
Os azarados: pouco destaque
Camila Rodrigues teve a sua grande chance em Os Dez Mandamentos (2015), mas também já reclamou do cansaço de emendar uma obra bíblica atrás da outra. Depois de se dar bem na contemporânea Topíssima (2019), ela não repetiu o resultado ao voltar para a dramaturgia como Nadi --a quarta fase, Ur dos Caldeus, foi um dos pontos baixos da história.
Depois de protagonizar a minissérie José do Egito (2013), baseada justamente em um trecho de Gênesis, Ângelo Paes Leme não deu muita sorte ao voltar ao primeiro livro da Bíblia Cristã. O protagonista Terá sofreu com o desinteresse do público e ganhou ares de vilão no fim de sua história --perdendo espaço rapidamente para o filho Abrão (Vitor Novello).
Pablo Morais era visto como uma das principais apostas da Globo ao ser revelado em Suburbia (2012), mas não aconteceu na líder de audiência. Ele trocou a emissora pela Record atrás do primeiro protagonista de sua carreira, o Ninrode de Torre de Babel, mas foi eclipsado tanto pelos efeitos especiais quanto pela vilã Semíramis (Francisca Queiroz).
Felipe Roque também trocou a Globo pela Record e se deu bem com um dos poucos papéis de Jesus (2018) que realmente chamaram a atenção dos telespectadores como o mau-caráter Caius. Ele, no entanto, passou em brancas nuvens ao ser "promovido" para o rei Ibbi-Sim --nem o final sangrento repercutiu como o esperado.
O telespectador que piscou em algum dos capítulos de Jornada de Abraão perdeu boa parte da participação de Kayky Brito como o príncipe Omar. Ele ficou boa parte da história preso no calabouço de Abimeleque (Leonardo Franco), enquanto Leora (Letícia Tomazella) tomava a frente da história.
Confira os cinco sortudos do folhetim bíblico:
Os sortudos: caíram no gosto popular
As novelas bíblicas ampliaram o público de Zécarlos Machado, que vinha do destaque como o protagonista Théo nas três primeiras temporadas de Sessão de Terapia --exibidas pelo GNT. Ele já tinha feito barulho como o faraó Seti de Os Dez Mandamentos, mas "segurou a peteca" e reverteu a queda de público da quarta fase como o profeta Abraão.
Uma das revelações de Pantanal (1990), Marcos Winter chegou a reclamar do pouco espaço e de dificuldades financeiras pela falta de oportunidades em folhetins. Depois de três produções bíblicas na Record, ele viu o guerreiro Massá virar um fenômeno graças ao amor proibido por Adália (Carla Marins) --em uma das poucas tramas paralelas que realmente funcionaram na história.
Após cinco anos afastada da televisão, Francisca Queiroz agarrou com unhas e dentes a oportunidade de viver a vilã Semíramis na terceira fase de Gênesis. Ela foi uma das responsáveis pela construção da Torre de Babel e também nutria uma obsessão pelo filho Ninrode (Pablo Morais) --culminando em uma relação incestuosa que chocou o público.
Intérprete do patriarca Noé, Oscar Magrini surfou os picos de audiência do folhetim de Camilo Pellegrini, Stephanie Ribeiro e Raphaela Castro. Com poucos protagonistas na carreira, ele se deu bem ao pegar a história embalada pelos inúmeros efeitos especiais e alcançou um recorde com as sequências do dilúvio.
Hylka Maria recebeu a ingrata missão de bater de frente com a protagonista Sara (Adriana Garambone) e se deu bem na quinta fase da produção, Jornada de Abraão. A serva Agar despertou o ódio, mas também a compaixão do público --com direito a um inesperado final feliz ao lado de Bakari (Paulo Lessa).
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