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DIAS MELHORES VIRÃO

Netflix derrete na bolsa dos EUA e tenta parar de queimar dinheiro em 2024

REPRODUÇÃO/NETFLIX

Imagem de Bruna Mascarenhas como a religiosa Rita em Sintonia

Bruna Mascarenhas como a religiosa Rita em Sintonia; Netflix quer parar de queimar dinheiro

Conhecida como a "gigante do streaming", a Netflix desce a ladeira na bolsa de valores dos Estados Unidos. Neste ano, a empresa amarga o pior desempenho em um dos índices do mercado financeiro norte-americano e suas ações já caíram mais de 60%. A luz no fim do túnel pode chegar em 2024, quando a companhia pretende parar de queimar dinheiro e começar a operar com resultados positivos.

"A Netflix é uma das empresas que foi mais depreciada [financeiramente], mas mostrou que está se adaptando a esse novo ambiente econômico desafiador. Eles estão fazendo a lição de casa, isso acaba agradando o mercado, mostra que a empresa não está fora da realidade e tenta se adaptar ao futuro", analisa Guilherme Zanin, estrategista de investimentos da Avenue Securities, em entrevista ao Notícias da TV.

No início do ano, as ações da Netflix estavam sendo comercializadas por US$ 597,37 (aproximadamente R$ 3,2 mil na cotação atual). Em 20 de julho, dia seguinte à divulgação do balanço do segundo trimestre de 2022, as ações foram avaliadas em US$ 216,44 (cerca de R$ 1,2 mil) --queda de 63,77%.

Com esse resultado, a plataforma de streaming foi a companhia que mais caiu neste ano no S&P 500, índice do mercado financeiro composto pelas 505 maiores empresas listadas nas bolsas norte-americanas.

"Claramente, a Netflix é uma das que mais sofreu neste momento conturbado que vemos no mercado. Não só isso, a empresa de streaming vem sofrendo um revés por causa do setor de tecnologia, que acaba sentindo o impacto negativo do aumento de juros. Tem problemas externos, econômicos, e os internos, com expectativas menores de crescimento", reforça Zanin.

Uma prova de que está fazendo a lição de casa é que a Netflix afirmou aos acionistas que pretende ser financeiramente saudável em 2024. Ou seja, a empresa ainda vai tirar dinheiro do próprio bolso para crescer e produzir novos conteúdos. Segundo as previsões da companhia, em dois anos, essa conta fechará no positivo e não será mais necessário torrar dinheiro.

O principal destaque de como eles pretendem fazer isso é que as séries e filmes originais da plataforma, que custam bastante dinheiro, conseguem ser amortizadas ao longo do tempo. O custo das produções que eles começaram a fazer anos atrás está sendo diluído agora, e eles estão podendo ter lucro sobre isso. Essa é a principal métrica que mostra que eles estão no caminho para se adequar a uma nova realidade, apresentar um balanço mais sólido.

"Além do fluxo de caixa positivo e da demissão de funcionários, eles vão procurar novas fontes de receita, como no setor de games, na parceria com a Microsoft para vender anúncios. Essa movimentação mostra ao mercado que a empresa para de ser um monoproduto, que é puramente o streaming, e começa a ter uma base de receita e valores financeiros mais diversificados", ressalta Zanin.

O balanço divulgado nesta semana também mostrou que a companhia perdeu 970 mil assinantes, sendo que ela esperava ficar sem dois milhões de clientes neste período. Para o próximo trimestre, a Netflix prevê adicionar um milhão de usuários à plataforma. Outra medida da empresa é cobrar uma taxa dos usuários que compartilham senhas.

Tuíte paga conta?

Nos balanços aos acionistas, a Netflix sempre traz dados que a favoreçam. No primeiro trimestre, a companhia mostrou um gráfico para dizer que ela liderava o tempo de consumo dos norte-americanos à frente de uma plataforma de streaming.

Segundo essa métrica, em fevereiro de 2022, 6,4% do tempo dedicado aos streamings era na Netflix e, logo atrás, o YouTube aparecia com 5,7% dessa fatia.

Dessa vez, a empresa trouxe um informe de que a primeira parte da 4º temporada de Stranger Things conseguiu movimentar mais conversas no Twitter do que minissérie Obi-Wan Kenobi, do Disney+, e o filme Top Gun: Maverick (2022), que já ultrapassou a bilheteria de Os Vingadores (2012) em toda a América do Norte.

A informação atesta o poder da companhia. Porém, fontes da reportagem no mercado financeiro contestam essa métrica e afirmam que ela não traz resultados financeiros concretos para os acionistas. 


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