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FLASHBACK

Sete musas dos filmes eróticos que passavam na Record e faziam a alegria de seu pai

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Vera Fischer em cena de filme o Anjo Loiro, atriz está com os cabelos soltos e olha fixo para algo fora do quadro

A atriz Vera Fischer em cena de Anjo Loiro (1973): a ex-Globo foi estrela de alguns clássicos do gênero

THALES DE MENEZES

Publicado em 2/8/2020 - 7h25

Entre 1979 e 1986, a Record ofereceu no fim das noites de sexta-feira a sessão Sala Especial, dedicada aos filmes eróticos brasileiros dos anos 1970 e 1980. Por lá passaram desde as chamadas pornochanchadas, comédias em que a nudez feminina era ingrediente obrigatório, até produções ousadas, com o erotismo levado mais a sério.

O público jovem pode conferir hoje os filmes e as estrelas que seus pais ou avós veneravam nos cinemas ou na Sala Especial (1979-1986). Os exemplares desse bem-sucedido cinema erótico nacional encontraram refúgio na plataforma de filmes Now. Ali, um tanto escondidas nas últimas ofertas do menu de filmes brasileiros, pérolas da pornochanchada estão disponíveis, quase todas acessíveis por R$ 6,90.

Esses filmes foram concebidos na chamada Boca do Lixo, região no Centro de São Paulo que concentrava os escritórios das produtoras do gênero nos anos 1970. Segundo os detentores dos direitos desses filmes, negociações foram iniciadas com outras plataformas de streaming, mas o Now foi o único a chegar a um acordo. O Canal Brasil às vezes exibe algum título da Boca, mas sem regularidade

Musas do cinema erótico, de Vera Fischer a Nicole Puzzi, têm vários títulos no Now. Um filme perfeito para iniciar uma apreciação desse filão é O Convite ao Prazer (1980), de Walter Hugo Khouri (1929-2003), porque reúne quatro estrelas de primeira grandeza: Helena Ramos, Sandra Bréa (1952-2000), Aldine Müller e Nicole Puzzi.

Eis uma seleção de sete atrizes lendárias que fizeram a alegria dos homens:

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Aldine Müller em A Mulher que Inventou o Amor (1979): atriz fazia o tipo brasileiro nas telonas 


Aldine Müller

Enquanto as estrelas americanas de filmes eróticos exibem seios volumosos, o físico mignon de Aldine seguia o "tipo brasileiro" perseguido pelas produções da Boca do Lixo, como definiu o diretor John Doo (1942-2012): "Mulher bonita, pequena, de pouco peito, mas com bunda".

Aldine foi uma musa do cinema erótico com real talento dramático, seguindo depois carreira em longas "sérios" e no teatro. Dois filmes com ela são obrigatórios: A Mulher que Inventou o Amor (1979) e A Fêmea do Mar (1980).

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Helena Ramos em cena de Mulher, Mulher (1979): atriz fazia papéis de personagens recatadas


Helena Ramos

Outra estrela que seguia o suposto padrão brasileiro de seios pequenos e quadril largo. Interpretando quase sempre personagens que demonstravam algum recato antes do sexo, Helena se consagrou em Mulher, Mulher (1979) e Volúpia de Mulheres (1984), que justificam seu título de musa da pornochanchada. Ela fez depois novelas na Globo e no SBT, mas sem muito destaque.

REPRODUÇÃO

Matilde Mastrangi em cena de A Noite das Taras (1982): atriz também fez novela na Globo 


Matilde Mastrangi

Loira, corpulenta e com algum talento para comédia, ela foi dançarina do programa de Silvio Santos e se tornou uma grande estrela da Boca do Lixo. Teve destaque nas colaborações com David Cardoso, em sucessos de bilheteria como Pornô (1980), A Noite das Taras (1980), Corpo e Alma de Mulher (1983) e Caçadas Eróticas (1984). Ela também participou da novela Vereda Tropical (1984), da Globo, e abriu mão da carreira depois de se casar com o ator Oscar Magrini.

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Nicole Puzzi no cena do filme O Convite ao Prazer (1980): atriz fez sucesso com o gênero


Nicole Puzzi

Sua participação em O Convite ao Prazer é pequena. Para compreender o impacto de Nicole no cinema é preciso ver Ariella (1980), um clássico erótico. O ator John Herbert (1929-2011), conhecido na TV, dirigiu esse filme com pretensões de fazer um drama pesado, na história de uma jovem descobrindo o sexo.

Mas o momento de relaxamento da censura em 1980 proporcionou um filme de cenas extremamente ousadas. Mais magra do que as estrelas do cinema erótico nacional na época, Nicole brilha na tela. E o filme tem também uma jovem e deslumbrante Christiane Torloni.

REPRODUÇÃO

Além das pornochanchadas, Sandra Bréa fez O Bem-Amado (1972) e peças de teatro musical  


Sandra Bréa

Ao contrário das outras musas dessa lista, Sandra já tinha bagagem de atriz dramática quando estrelou filmes de alta voltagem erótica. Em 1972, a novela O Bem-Amado a havia transformado em símbolo sexual.

Estrela de musicais no teatro e de ensaios fotográficos para revistas masculinas, ela atuou em filmes ousados como Amada Amante (1978) e Herança dos Devassos (1979), disponíveis no streaming. Portadora do vírus HIV desde 1993, ele morreu sete anos depois, em decorrência de um câncer.

REPRODUÇÃO/VIVO PLAY

Antes de protagonizar novelas na Globo, Vera Fischer participou de clássicos do gênero


Vera Fischer

As experiências da musa loira no cinema erótico são do início dos anos 1970, quando a censura era muito rígida. Assim, suas participações têm como maior atrativo algumas cenas em que ela veste apenas biquíni e lingerie. Mas, se falta ousadia, o esplendor da beleza jovem de Vera valoriza filmes como Anjo Loiro (1973) e Essa Gostosa Brincadeira a Dois (1974).

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

A atriz Zilda Mayo em cena do filme Excitação (1977): título pode ser visto na plataforma NOW


Zilda Mayo

Exemplar do gênero "mulherão", ela atuou em filmes marcantes com o diretor Jean Garrett (1946-1996). Dois deles estão no catálogo do NOW: Excitação (1977) e Noite em Chamas (1978). Depois que os filmes do gênero perderam espaço no cinema, na segunda metade dos anos 1980, Zilda migrou para o teatro, encenando produções eróticas que também fizeram muito sucesso.


Este texto não reflete necessariamente a opinião do Notícias da TV.

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