HALLOWEEN
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Florence Pugh interpreta Dani em Midsommar (2019); bem-avaliado, filme não é unanimidade
As bruxas e guloseimas do Halloween foram importadas da cultura anglo-saxônica para o Brasil e não são unanimidade pelos trópicos. Até propuseram no Poder Legislativo para que 31 de outubro se tornasse o Dia do Saci-Pererê --mesmo assim, há quem não troque uma sessão de terror por uma das três adaptações do Sítio do Picapau Amarelo (1952/1977/2001).
Um dos gêneros mais antigos do cinema, o horror causa arrepios tanto nos que adoram um banho de sangue cenográfico quanto nos que o consideram uma brincadeira de mau gosto.
O certo mesmo é que os serviços de streaming já reforçaram seus catálogos com alguns clássicos e outras produções que deixam o público em um verdadeiro pé de guerra nas redes sociais. Alguns filmes, como os da lista abaixo, trazem a emoção de não se saber se terminaram como "doce" ou "travessura" no paladar do espectador.
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Toni Colette em Hereditário: em alta com críticos
Estreia de Ari Aster, Hereditário (2018) faz mais a cabeça dos críticos, que sempre torceram o nariz para o gênero, do que propriamente a do público. A história acompanha o luto de Annie (Toni Collette) diante da morte da filha Charlie (Milly Shapiro), que traz alguns segredos de família à tona --narrativa que rendeu uma aprovação de 89% no Rotten Tomatoes.
O filme brinca com alguns dos principais clichês do horror, como demônios, espíritos e tábuas de Ouija, mas causa certo estranhamento aos usuários brasileiros da Amazon Prime ou do HBO Go pela aura de mistério que envolve a religião espírita. Alguns poderão achar que Alexandre (Guilherme Fontes), de A Viagem (1994), mete mais medo do que o grande vilão.
DIVULGAÇÃO/A24
Dani (Florence Pugh) é apavorada em Midsommar
Em seu segundo filme, Aster troca os chavões do terror por uma comunidade na Suécia em que o Sol brilha durante boa parte do verão. Em meio a flores e símbolos pagãos, Midsommar (2019) enche os olhos com suas metáforas e a atuação de Florence Pugh como Dani.
Mas a falta de explicações e a narrativa arrastada fazem parte do público sequer chegar ao polêmico final na Amazon Prime.
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Thomasin (Anya Taylor-Joy): histeria em A Bruxa
Disponível na Netflix, A Bruxa resgata a figura dos peregrinos puritanos, com suas vestes pretas e fechadas, que colonizaram a costa oeste dos Estados Unidos. Thomasin (Anya Taylor-Joy) é uma jovem que, durante toda a película, suscita uma dúvida no público: ela fez ou não fez um pacto com o diabo, assim como as suas companheiras da mítica cidade de Salém?
A produção ganhou um prêmio no Festival de Sundance em 2015, voltado para filmes independentes, mas frustrou o público que procurava por respostas rápidas ou mesmo apenas alguns sustos.
divulgação/playart
Susanne Wuest em cena de Boa Noite, Mamãe
Boa Noite, Mamãe (2016) passou pelo Festival de Veneza e foi indicado pela Áustria para representar o país no Oscar, mas sem figurar entre os nominados de Hollywood. Lukas (Lukas Schwarz) e Elias (Elias Schwarz), gêmeos, desconfiam de que a mulher que voltou para casa após uma série de cirurgias plásticas não é a sua mãe --um trauma que Alberto (Igor Rickli) conhece bem em Flor do Caribe.
Entre fantasmas e paranpia, o longa também ganhou mais elogios do que o público, que pode tentar atravessar os seus cem minutos na Globoplay.
divulgação/dimension
Maika Monroe em cena de Corrente do Mal
No catálogo da Globoplay, Corrente do Mal (2015) surpreendeu ao faturar 80 vezes mais do que o seu orçamento inicial. Em meio à estética dos filmes trash dos anos 1980, o longa traz uma estranha doença venérea em que uma entidade persegue o portador, que precisa se livrar da maldição transando com outra vítima.
Alguns observaram uma metáfora para a epidemia de Aids, outros não viram nem o final. A obra é acusada de ser "arrastada".
DIVULGAÇÀO/UNIVERSAl PICTURES
Blaire (Shelley Hennig): pavor em Amizade Desfeita
Amizade Desfeita (2015) faz parte da plataforma Telecine Play. O espectador acompanha uma conversa de Skype hackeada por um estranho perfil, que levará os participantes a brincadeiras perigosas e a revelações do passado.
O estilo, no entanto, já se tornou manjado devido à pandemia de coronavírus (Covid-19) --as pessoas agora só querem o download da vacina.
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Colin Farrell em O Sacrifício do Cervo Sagrado
O diretor grego Yorgos Lanthimos mexe com o psicológico dos espectadores com uma trama sinistra encabeçada por Colin Farrell e Nicole Kidman. Considerado "perturbador" pela crítica, o filme acompanha uma família que é consumida pela presença de um estranho jovem --uma boa dose de estômago é exigida. Porém, a saga decepciona quem já assistiu Dentes Caninos (2009), do mesmo diretor.
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