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Cinco razões para assistir Mank, nova aposta da Netflix para levar o Oscar

Divulgação/Netflix

Amanda Seyfried e Gary Oldman conversam em cena do filme Mank

Amanda Seyfried e Gary Oldman em Mank; filme é a principal aposta da Netflix para o Oscar 2021

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 3/12/2020 - 13h59

A busca da Netflix pela sonhada estatueta do Oscar de melhor filme continua em 2021. Depois de bater na trave com Roma (2018) e fracassar com O Irlandês (2019) e História de um Casamento (2019), a gigante do streaming vira suas apostas para Mank (2020), novo longa de David Fincher (Garota Exemplar, Clube da Luta) que estreia na plataforma na sexta-feira (4).

Filmada em preto e branco, a produção surgiu de uma ideia pensada inicialmente pelo pai do cineasta, Jack Fincher (1930-2003), que escreveu o roteiro ao longo dos anos ao lado do filho. A história? Os bastidores de Cidadão Kane (1941), um dos filmes mais importantes da história do cinema.

Com o vencedor do Oscar Gary Oldman no papel principal, o filme é descrito pelos principais críticos norte-americanos da indústria como uma obra-prima de Fincher e o rotulando como o favorito na temporada de premiações do ano que vem.

Ainda é cedo para dizer se a Netflix finalmente alcançará o principal posto do cinema. As expectativas para Mank, no entanto, podem colocar a plataforma ainda mais próxima de seu sonho.

Abaixo, o Notícias da TV lista cinco razões para não deixar de conferir Mank e ficar de olho na batalha pelo maior prêmio do Oscar:

História do cinema

Dirigido pelo aclamado diretor Orson Welles (1915-1985), Cidadão Kane fez história no cinema e é até hoje citado em diversas listas dos melhores filmes de todos os tempos. Os bastidores de sua produção, no entanto, também são muito lembrados por quem acompanha a indústria cinematógrafica.

Herman J. Mankiewicz (1897-1953), papel de Oldman no longa da Netflix, foi o roteirista encarregado de escrever o filme para Welles. Conhecido como Mank, ele contava com o respeito de muitos no meio artístico, mas mantinha um incontrolável vício por álcool, além de uma personalidade excêntrica.

Temperamentais, Mank e Welles foram os protagonistas de muitas brigas dentro e fora dos estúdios de Hollywood. Através da relação conturbada dos dois gênios, o longa revisita os anos dourados do cinema americano e bebe da nostalgia de acompanhar grandes figuras importantes na história do entretenimento.

Gary Oldman

Um dos maiores atores de sua geração, Gary Oldman pode conquistar o seu segundo prêmio de melhor ator no Oscar com Mank. Ele venceu em 2017 com O Destino de uma Nação, cinebiografia do ex-primeiro ministro britânico Winston Churchill (1874-1965).

Conhecido pelo público jovem por viver o bruxo Sirius Black na franquia Harry Potter, Oldman se entregou totalmente ao papel de Mankiewicz, se destacando com uma das melhores atuações de sua carreira.

A chance de David Fincher

Assim como a Netflix, o diretor bateu na trave algumas vezes, mas nunca conquistou o principal prêmio do Oscar. Fincher já foi indicado duas vezes, primeiro por O Curioso Caso de Benjamin Button (2009), depois por A Rede Social (2010).

Com Mank, o cineasta pode coroar uma carreira recheada de sucessos, mas que nem sempre foram reconhecidos pela Academia. Fincher foi o responsável por títulos como Garota Exemplar (2015), Clube da Luta (1999) e Zodíaco (2007), longas muito elogiados mas que não passaram de nomeações no Oscar.

Elenco de alto nível

Não é apenas Gary Oldman que está sendo elogioado por Mank. Com um elenco secundário com nomes conhecidos do mercado, o filme da Netflix também pode abocanhar indicações nas categorias de melhor atriz e coadjuvantes.

Amanda Seyfried, mais lembrada por comédias românticas, interpreta Marion Davies (1897-1961), atriz do cinema mudo que se relaciona com William Randolph Hearst (1863-1951), papel de Charles Dance, o Lord Tywin Lannister de Game of Thrones (2011-2019). Mas é com Tom Burke, o responsável por viver Orson Welles, que Mank encontra o verdadeiro par à altura de Oldman.

Sob o comando de Fincher, a dupla sobra em cena, e não será estranho vê-la novamente junta no Dolby Theatre, tradicional anfiteatro onde é realizada a cerimônia do Oscar.

Guerra do streaming

Com os cinemas fechados em grande parte de 2020, restou aos serviços de streaming serem responsáveis por lançar os grandes filmes com chances de prêmios na temporada de 2021. Além de Mank, a Netflix reservou para dezembro outros grandes títulos aguardados pelos críticos: A Voz Suprema do Blues, A Festa de Formatura e O Céu da Meia-Noite.

Os executivos da plataforma já anunciaram que buscarão indicações em diversas categorias para estes quatro filmes. Como a Academia prolongou para 28 de fevereiro o período de elegibilidade para o Oscar, é provavel que outros lançamentos também apareçam na relação.

Grandes rivais do mercado, Prime Video, Apple TV+ e HBO Max também têm algumas cartas na manga para tentar impedir a primeira vitória da Netflix na principal categoria. Definitivamente, 2021 reserva grandes emoções para os amantes do cinema.

Assista abaixo ao trailer legendado de Mank:


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