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CONTRAGOLPE

Processado por Xuxa, Sikêra Jr. rebate e entra com ação contra apresentadora

REPRODUÇÃO/REDETV!

Sikêra Jr. no comando do Alerta Nacional, da RedeTV!, em 16 de abril

Sikêra Jr. no comando do Alerta Nacional; apresentador trava batalha judicial contra Xuxa Meneghel

VINÍCIUS ANDRADE e LI LACERDA

vinicius@noticiasdatv.com

Publicado em 18/4/2021 - 7h15

Sikêra Jr. e Xuxa Meneghel, desafetos declarados desde outubro do ano passado, quando começaram a trocar acusações públicas, também travam uma batalha nos tribunais. A apresentadora já havia processado o jornalista em 2020, mas o Notícias da TV teve acesso a um documento que mostra que a defesa do jornalista entrou com uma ação de reconvenção, o que também coloca a artista na condição de ré.

O caso está com a juíza Glaucia Lacerda Mansutti, da 45ª Vara Cível de São Paulo, que agora vai analisar os pedidos de Xuxa contra Sikêra --e vice-versa, tudo na mesma ação. Essa foi uma estratégia adotada pela defesa do titular do Alerta Nacional para responder as acusações feitas pela "rival" na Justiça.

Especialista em Direito Civil, a advogada Patricia de Mendonça da Silva, que não tem ligação com a disputa judicial entre os apresentadores, explica como funciona uma ação de reconvenção.

"A reconvenção é uma ação do réu [no caso, Sikêra] contra o autor [Xuxa]. Neste caso, o autor passa a, também, ser réu; assim como o réu passa a, também, ser autor. O réu utiliza o mesmo processo para fazer um novo pedido. É uma forma de ataque, não de defesa", aponta Patricia, do escritório Neves, De Rosso e Fonseca Advogados.

A especialista explica que uma única sentença decidirá sobre ambos os pedidos. Ou seja, uma das possibilidades é que os dois sejam condenados ao pagamento de indenização por danos morais na mesma decisão. Xuxa e Sikêra Jr. não comentam processos judiciais em andamento.

REPRODUÇÃO/TV GLOBO E REDETV!

Os desafetos Xuxa Meneghel e Sikêra Jr.

Entenda o caso Xuxa x Sikêra

Os ataques de Sikêra a Xuxa começaram depois que a apresentadora compartilhou um vídeo que o jornalista exibiu no Alerta Nacional, no qual aparecia um homem estuprando uma égua. Sikêra fez graça com a situação e convocou dois membros de seu programa para simularem a cena ao vivo. Xuxa apontou a apologia à zoofilia.

"Repostei fazendo a pergunta: onde está a graça? E reafirmei: zoofilia é crime. Pois bem, o tal senhor, em vez de ver o erro que fez e se desculpar com as famílias que veem seu programa, começou a me atacar, me chamando de pedófila e ex-rainha. E mais, disse que ensinava crianças a não deixarem ninguém tocá-las em certos lugares do corpo", escreveu ela em sua coluna na revista Vogue, em outubro.

Sikêra a chamou de pedófila usando como argumento o fato de a loira ter atuado no filme Amor Estranho Amor (1982), e a acusou de fazer apologia às drogas, por uma vez ela ter dito em entrevista que sua mãe, dona Alda Meneghel (1937-2018), fazia uso de maconha medicinal para amenizar sintomas de sua doença degenerativa.

O apresentador da RedeTV! também afirmou que Xuxa incentiva as crianças a "safadeza, putaria e suruba" por ter lançado recentemente o livro Maya, o Bebê Arco-Íris, que conta a história de uma garotinha que tem duas mães.

A apresentadora, então, levou o caso à Justiça e alegou que "o conteúdo exibido e prolatado pelo requerido é calunioso". Xuxa afirma que os comentários do funcionário da RedeTV! "não se tratam de liberdade de expressão, mas de abuso de direito".

Em outubro, a rainha dos baixinhos pediu, em caráter de urgência, a cassação do título de jornalista do apresentador, o fim do Alerta Nacional e que ele fosse proibido de citar o nome dela na TV. A Justiça, no entanto, negou as liminares.

No caso que está em análise pela 45ª Vara Cível de São Paulo, a defesa de Xuxa pede uma indenização de dano moral de R$ 500 mil --que ela pretende doar a instituições de caridade. Na reconvenção, os advogados de Sikêra querem provar que ele também foi alvo de ataques.


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